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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Olho para vós com complacência

 

Olho para vós com complacência

Festa de Nossa Senhora de Lourdes.

- Filhos prediletos,

sois chamados a desempenhar hoje

uma grande missão que vos foi preparada,

em todos os seus pormenores,

pela vossa Mãe Imaculada.

- Há anos que vos tracei o caminho.

A proteção da Mãe

- Tomei-vos pela Mão e

conduzo-vos,

sustentando-vos e

ensinando-vos

a dar um passo a seguir o outro,

tal como faz a mãe com as suas crianças.

- Quantas vezes vos recolhi nos Braços,

depois de cada queda;

quantas vezes enfaixei as vossas dolorosas feridas

e dei força a vossa grande fraqueza.

- Quantas vezes intervim pessoalmente,

sem que vós vos désseis conta sequer,

para vos subtrair as perigosas insídias

que o Meu e vosso adversário

vos arma todos os dias.

- Olho para vós agora com complacência de Mãe,

que Se vê refletida e vivida pelas suas crianças.

O Meu Exército está pronto

- O Meu Exército está pronto;

a Minha Hora chegou;

a Minha Batalha já está chegando a sua última fase (...).

O Perfume da Vida de Deus

- Caminhai nesta Luz de Pureza.

- Deveis difundir a vossa volta

só o Perfume do Meu Filho Jesus

e da vossa Mãe Celeste,

que nunca conheceu o Pecado.

- Esteja em vós o Perfume da própria Vida de Deus:

da Graça que vos reveste,

da Sabedoria que vos ilumina,

do Amor que vos conduz,

da Oração que vos sustenta,

da Mortificação que vos purifica.

A Virtude da Pureza

- Não vos perturbeis

por causa dos assaltos do Meu Adversário,

que se lança com raiva

para vos roubar a Preciosa Virtude da Pureza,

que é Minha e que Eu comunico,

como Sinal de Completa Pertença a Mim,

aos filhos que Me respondem

e que se Consagram ao Meu Coração Imaculado.

- Ninguém vos arrancará do Meu Celeste Jardim,

no qual vos recolhi com tanto cuidado.

- Nele,

cresceis cada dia mais belos e mais puros,

para cantar a todos a Glória do Pai,

que Se reflete em vós com complacência,

do Filho,

que quer ser perfeitamente revivido por vós, e

do Espírito Santo,

que se doa a vós com inexaurível abundância.

- Assim,

muitos dos Meus pobres filhos,

hoje tão necessitados

de Graça e de Pureza,

poderão acorrer

a Fonte do Meu e do vosso Amor Imaculado

para se lavarem.

MSM-Movimento Sacerdotal Mariano | Padre Stefano Gobbi | 11.02.1981

A Minha Batalha

Eu serei a vencedora

Pelo poder dos pequeninos

(Com a Força do Espírito Santo, que tudo queima e renova, o Reino de Deus virá a vós pelo Caminho da Pequenez e da Humildade. | Se o vosso coração for cândido, poder-se-á abrir ao Espírito Santo, que vem testemunhar na Glória o Triunfo do Meu Filho Jesus. | Se a vossa mente for dócil, então poderá compreender e corresponder a este convite.)

O Sepulcro da vossa escravidão

(Sábado Santo: É o dia da Minha Dor Imaculada. | É o primeiro dia da Minha Maternidade Espiritual. | Por isso, desde os tempos mais antigos, se estabeleceu na Igreja o costume de dedicar este dia a uma Minha Especial Veneração. | Hoje quero-vos Comigo, numa Contínua Vigília de Oração e de Amor, junto ao Sepulcro em que jaz o Corpo sem vida de Jesus.)

O Espírito Santo virá

(Com Seu Amor Divino, abrirá as portas dos corações e Iluminará todas as Consciências.

Cada homem ver-se-á a si próprio no Fogo Abrasador da Verdade Divina.

Será como um Pequeno Juízo.

Depois, Jesus Cristo trará o seu Reino Glorioso ao mundo.)

 

“Senhor, que vosso Amor, Sofrimento,

Sangue derramado e Morte na Cruz,

não tenha sido em vão pelas nossas almas e

pelas almas dos Vossos Sacerdotes,

Filhos Prediletos de Nossa Senhora.”

“Senhor, sou teu servo, filho de Tua Serva.”

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Dareis a Paz do coração

 

Dareis a Paz do coração

Festa da Assunção de Maria ao Céu:

- Olhai para a vossa Mãe Celeste elevada a Gloria do Paraíso também com o Corpo.

- Hoje faço descer uma Chuva de Graças sobre todos vós, Meus filhos.

- A Luz do Meu Corpo Glorioso

ilumina-vos e indica-vos o Caminho que deveis seguir.

- É o Caminho 

da Pureza, do Amor, da Oração, do Sofrimento, da Santidade.

- É o Caminho 

de uma vida intimamente unida a Jesus.

- Assim, também, vós, embora vivendo ainda sobre esta terra,

podereis ser iluminados e envolvidos pela Luz que resplandece aqui no Paraíso.

- A Luz do Meu Corpo Glorioso

resplandece para vós de maneira cada vez mais forte,

especialmente Nestes Tempos tão difíceis e dolorosos,

para vos consolar e encorajar em todas as vossas dificuldades cotidianas.

- Hoje sois chamados a viver as Horas Sangrentas da Purificação,

porque os Grandes Acontecimentos que Eu vos predisse Nestes Anos já chegaram.

- Tendes, então, necessidade da Minha Consolação Materna para não desanimar.

- Olhai para o Paraíso,

para onde a vossa Mãe Celeste foi elevada em Corpo e Alma

e sereis Consolados por Mim.

- Vivei com o coração e a alma no Paraíso,

onde Jesus já preparou um lugar para cada um de vós 

e nada perturbará a vossa Paz.

- A Luz do Meu Corpo Glorioso

vos atrai para a onda do Meu Suavíssimo Perfume.

- É o Perfume de todas as Virtudes 

que adornaram o Jardim da Minha Existência Terrena;

é o Aroma Celeste de toda a Minha Beleza Imaculada.

- Hoje quero derramar sobre todos vós o Suave Perfume:

da Pureza,

da Humildade,

da Simplicidade,

do Silêncio,

da Oração,

da Docilidade,

da Obediência,

da Contemplação.

- Então também vós difundireis o Perfume de Céu da vossa Mãe Imaculada.

- Assim, dareis a todos a Paz do Coração e tornar-vos-eis, hoje, 

instrumentos da Minha Paz.

- Porque vós sois os filhos prediletos da vossa Mãe,

elevada a Glória do Céu e que deseja ser invocada, 

Nestes Tempos,

por todos como Rainha da Paz.

MSM-Movimento Sacerdotal Mariano / Padre Stefano Gobbi / 15.08.1986

Clique aqui e veja também:

Dois Exércitos

O Cálice do conforto

Oferecidos a Glória de Deus

Espera do Seu Glorioso Retorno

Oração:

- Se vos peço Amor, não o recuseis:

é tão fácil amar Aquele que é o próprio Amor.

- Se exijo alguma coisa que custe a vossa natureza,

dou-vos ao mesmo tempo a graça e a força necessária para vos vencerdes.

- Deixai-Me pois, entrar em vossa alma e,

se nada tendes que seja digno de Mim,

dizei com humildade e confiança:

Senhor, conheceis as flores e os frutos de meu jardim.

Vinde e dizei-me o que devo fazer para que desde já cresça a flor que desejais.

- A alma que assim Me falar com verdadeiro desejo de Me dar provas de seu amor,

Eu responderei:

- Alma caríssima,

se queres que teu jardim produza a flor de que gosto:

Deixa que Eu próprio o cultive,

deixa-Me lavrar essa terra,

deixa-Me arrancar as raízes que Me estorvam e que tu não tens coragem para tirar.

- Se te peço sacrificares:

teus gostos ou teu caráter,

tal ato de caridade, de paciência ou de abnegação,

tal prova de zelo, de obediência ou de mortificação,

isso é o adubo que fertilizará o solo, permitindo-lhe produzir flores e frutos.

- A vitória que alcançares sobre ti mesma:

dará luz a um pecador.

- Um aborrecimento suportado com alegria:

cicatrizará as feridas que ele Me causou, reparará sua ofensa e expiará sua falta.

- Uma observação aceita com paz e até com alegria:

obterá para as almas, cegas pelo orgulho, a graça de deixarem penetrar luz em si e de pedirem humildemente perdão.

- Farei isto em tua alma se nela me deixares em liberdade.

- Então, nela crescerão flores, rapidamente, e serás o consolo de Meu Coração.

- Estou a busca de consolo e quero encontra-lo em Minhas Almas Escolhidas.

 “Senhor, sou teu servo, filho de Tua Serva.”

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

O deserto onde Me retiro

 


O deserto onde Me retiro

- Hoje Eu te quis aqui, em Fátima para concluir os Cenáculos que pudeste realizar durante este ano em todas as partes da Europa.

- Acolhi a vossa generosa resposta que Me destes em toda a parte, filhos.

- Esta é a minha hora.

- É também a hora da vossa batalha, porque se tornará cada vez mais manifesta a ação vitoriosa da Celeste Comandante, “A Mulher vestida de sol”.

- Mas devo permanecer retirada no Deserto ainda pela “metade de um tempo”.

- Aqui Eu opero os maiores prodígios, no silêncio e no escondimento.

- O Deserto onde Me retiro sois vós, filhos consagrados ao Meu Coração Imaculado,

é o vosso coração, tornado árido por causa de tantas feridas, num mundo em que se alastra a rebelião contra Deus e contra a Sua Lei, marcado pelo ódio e pela violência que se estende de maneira ameaçadora.

- O vosso coração que se tornou árido, as vossas almas sedentas, filhos:

eis o lugar onde a Mãe Celeste põe agora o seu refúgio.

- Graças a minha presença, este Deserto transforma-se em jardim, cultivado por Mim com particular cuidado.

- Todos os dias rego a aridez do vosso coração com a ternura do meu amor imaculado,

a aridez das vossas almas com a Graça de que estou repleta porque, como Mãe, devo distribui-la a todas as minhas crianças.

- Depois enfaixo as vossas feridas com o bálsamo celeste, torno a limpar-vos ajudando-vos a libertar-vos cada vez mais dos pecados, dos vossos numerosos defeitos e apegos desordenados.

- Deste modo, preparo e torno fecundo o terreno do meu jardim.

- Em seguida, semeio nele o amor pelo meu Filho Jesus, para que possa germinar e florescer de maneira cada vez mais perfeita e luminosa;

e no seu Espírito de Amor, abro-vos ao sol da complacência do Pai, de maneira que a Santíssima Trindade possa resplandecer e refletir-Se na celeste morada, construída no Meu Coração Imaculado.

- Cresceis assim cultivados por Mim como pequenas flores que se abrem para cantar só a glória de Deus e difundir por toda a parte o esplendor do seu amor.

- Dou-vos também as cores e o perfume das minhas virtudes:

A oração,

A humildade,

A pureza,

O silêncio,

A confiança,

A pequenez,

A obediência e

O perfeito abandono.

- Vós cresceis e vos desenvolveis, enquanto transformo cada dia o vosso deserto no jardim mais belo, guardado ciosamente por Mim.

MSM-Movimento Sacerdotal Mariano / Padre Stefano Gobbi / 29.06.1980

Clique aqui e veja também:

Virtudes e tentações

Aridez espiritual - Consolações

“Vinde, Espírito Santo,

vinde por meio da poderosa intercessão

do Imaculado Coração de Maria,

vossa amadíssima esposa”

“Senhor, sou teu servo, filho de Tua Serva.”

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Atitudes que salvam


- Toda Atitude que Deus exige de nós obtêm-se um mérito, seja para nós mesmos, seja para as almas que estão no perigo de perderem-se.
- Toda ação tem uma reação.

Abandono
- O primeiro dos tesouros é um grande abandono a tudo que Eu te pedir direta ou indiretamente, confiando, sem cessar, na Bondade de Meu Coração que toma sempre cuidado de ti.
  • Assim repararás o orgulho de tantas almas que duvidam do Meu Amor.

Humildade
- O segundo destes tesouros é uma humildade profunda que consistirá em reconheceres que não és nada, em te abaixares diante de todas as Irmãs, e quando Eu te disser, em pedires também a tua Madre que te humilhe.
  • Repararás assim o orgulho de muitas almas.

Mortificação
- O terceiro é o tesouro de uma grande mortificação em tuas palavras e ações.
- Quero que te mortifiques corporalmente tanto quanto a obediência te permitir e que recebas com verdadeiro desejo os sofrimentos que Eu mesmo te enviar.
  • Assim repararás a imortificação de grande número de almas e Me consolarás de algum modo pelas ofensas que Me causam tantos pecados de sensualidade e tantos prazeres maus.
27.dezembro.1920 a 09.janeiro.1921.


Dou-vos Graça e Força para vencerdes a natureza
- Se vos peço Amor, não o recuseis: é tão fácil amar Aquele que é o próprio Amor.
- Se exijo alguma coisa que custe a vossa natureza, dou-vos ao mesmo tempo a graça e a força necessária para vos vencerdes.

- Escolhi-vos para encontrar em vós consolo.
- Deixai-Me pois, entrar em vossa alma e, se nada tendes que seja digno de Mim, dizei com humildade e confiança:
  • Senhor, conheceis as flores e os frutos de meu jardim. Vinde e dizei-me o que devo fazer para que desde já cresça a flor que desejais.
- A alma que assim Me falar com verdadeiro desejo de Me dar provas de seu amor, Eu responderei:
  • Alma caríssima, se queres que teu jardim produza a flor de que gosto:
    • deixa que Eu próprio o cultive,
    • deixa-Me lavrar essa terra,
    • deixa-Me arrancar as raízes que Me estorvam e que tu não tens coragem para tirar.
  • Se te peço sacrificares teus gostos ou teu caráter, tal ato de caridade, de paciência ou de abnegação, tal prova de zelo, de obediência ou de mortificação, isso é o adubo que fertilizará o solo, permitindo-lhe produzir flores e frutos:
    • A vitória que alcançares sobre ti mesma dará luz a um pecador.
  • Um aborrecimento suportado com alegria:
    • cicatrizará as feridas que ele Me causou, reparará sua ofensa e expiará sua falta.
  • Uma observação aceita com paz e até com alegria:
Obterá para as almas, cegas pelo orgulho, 
a graça de deixarem penetrar luz em si 
e de pedirem humildemente perdão.
- Farei isto em tua alma se nela me deixares em liberdade.
- Então, nela crescerão flores, rapidamente, e serás o consolo de Meu Coração.
- Estou a busca de consolo e quero encontra-lo em Minhas Almas Escolhidas.
06.março.1923

“Apelo ao Amor” A mensagem do Coração de Jesus ao Mundo e Sua Mensageira Irmã Josefa Menéndez da Sociedade do Sagrado Coração.


sábado, 29 de abril de 2017

Jesus as Almas Consagradas


Apelo de Jesus as Almas consagradas
- Quero dirigir-Me agora as minhas Almas consagradas, a fim de que possam dar-Me a conhecer aos pecadores e ao mundo inteiro.
- Dirijo-me também as Almas comuns.
- Muitas dessas almas ainda não sabem aprofundar os Meus sentimentos.
- Tratam-Me como alguém de quem vivem afastadas, como alguém que conhecem pouco e em quem não depositam bastante confiança.
- Quero que reanime a sua fé e o seu amor, e vivam de confiança e de intimidade com Aquele a quem amam e que as ama.

- Numa família, em geral é o filho mais velho quem melhor conhece os sentimentos e os segredos de seu pai. É nele, com efeito, que o pai confia mais completamente, visto como os mais novos ainda não são capazes de se interessar pelos negócios sérios, nem ver mais do que a superfície das coisas. Por isso é ao mais velho que compete transmitir aos seus irmãos mais novos os desejos e as vontades do pai, quando este vem a morrer.

- Na Minha Igreja, Eu tenho filhos mais velhos: são almas que escolhi para Mim. Consagradas pelo Sacerdócio ou pelos Votos religiosos, são elas que vivem mais perto de Mim, que participam das Minhas graças de eleição e a quem Eu confio os Meus segredos, Meus desejos e Meus sofrimentos, também! São elas que Eu encarrego, por meio do Santo Ministério, de velar pelos meus filhinhos, seus irmãos, e, direta ou indiretamente, de os instruir, de os guiar e de lhes transmitir os Meus desejos.

- Se estas almas escolhidas Me conhecem bem, facilmente poderão tornar-Me conhecido, e se Me amam me farão amar.
- Mas, que hão elas de ensinar aos outros, se pouco Me conhecem?
- Pode amar-se muito Aquele que se conhece mal?
- Falar com verdadeira intimidade Aquele de quem vivemos afastados?
- Que temos pouca confiança?

- Eis precisamente o que quero recordar as Minhas Almas de eleição.
- Não lhes digo nada de novo, mas tem ela necessidade de reanimar a sua fé, o seu amor e a sua confiança.
- Quero que elas me tratem com maior intimidade, que Me procurem dentro de si mesmas, pois sabem que a alma em estado de graça é morada do Espírito Santo. E, ali devem ver-Me tal como sou, isto é, como Deus de amor.
- Tenham mais amor que temor, creiam que Eu as amo e nunca o esqueçam. Muitas com efeito, sabem perfeitamente que Eu as escolhi porque as amei. Mas quando as suas misérias, talvez mesmo as suas faltas, as confundem, então a tristeza as invade, porque pensam que o Meu Amor já não é o mesmo que foi antes.

- Essas almas não Me conhecem.
- Essas almas não compreendem o que o Meu Coração Divino é.
- São precisamente as suas misérias e as suas faltas que inclinam a Minha Bondade para elas.
- E, quando, reconhecendo a sua impotência e a sua fraqueza, se humilham e vem a Mim com toda a confiança, é então que Me glorificam muito mais do que antes de haverem caído.
- O mesmo acontece quando oram por si mesmas ou pelos outros:
- Se hesitam e duvidam de Mim, não honram o Meu Coração; mas quando esperam com certeza o que Me pedem, sabendo que não lhes posso recusar senão o que não convém ao bem estar de sua alma, então glorificam ao Meu coração.
- Quando o Centurião veio suplicar-Me a cura de seu servo, disse-Me com profunda humildade:
  • “Não sou digno de que entreis na minha morada...”
- Mas cheio de fé e de confiança, acrescentou:
  • “Todavia, Senhor, dizei uma só palavra e o meu servo será curado.”
- Este homem conhecia Meu coração.
- Sabia que não posso resistir a suplica duma alma que espera tudo de Mim.
- Este homem deu-Me grande glória, porque a humilhação juntou firme e inteira confiança.
- Sim, este homem conhecia Meu Coração.
- E, no entanto, Eu não Me tinha manifestado a ele como Me manifesto as minhas almas escolhidas.
- Pela confiança é que alcançarão copiosíssimas graças, não somente para si mesmas mas também para os outros.
- É o que Eu quero que compreendam a fundo, porque desejo que revelem o Meu Coração as pobres almas que não Me conhecem.

- Torno a repetir: o que estou dizendo agora nada é de novo. Mas assim como a chama tem necessidade de alimento para não se apagar, também as almas precisam de novo impulso que as mova a avançar e de novo calor que as reanime.

- Entre as almas que Me são consagradas, poucas são as que tem em Mim confiança verdadeira, porque poucas vivem em união intima comigo.
- Quero que saibam que amo as almas tais quais são.
- Sei que sua fragilidade as levará a cair mais de uma vez.
- Sei que em muitas ocasiões não cumprirão o que Me prometem.
- Mas a sua determinação Me glorifica, o ato de humildade que fizeram depois da queda, a confiança que em Mim depositam Me honram tanto que Meu coração derrama sobre elas torrentes de graças.

- Quero que todas as almas saibam quanto desejo, se reanimem e renovem nesta vida de união e intimidade.
- Não devem contentar-se com falar-Me só quando estão ao pé do Tabernáculo. Estou lá, é certo, mas também vivo nelas e apraz-Me viver em união com elas.
- É preciso que Me falem de tudo! Consultem-Me em tudo! Tudo Me peçam!
- Vivo nas almas para ser a sua vida, moro nas almas para ser sua força.
- Sim, repito, não esqueçam que Me agrada ficar unido a elas, lembrem-se que estou nelas. Ali as vejo, as ouço, as amo. Ali espero que correspondam ao Amor que lhes tenho.

- Há muitas almas que, todas as manhãs, fazem oração. Mas esta é mais uma fórmula do que uma entrevista de amor... Ouvem ou celebram Missa e recebem-Me na comunhão; mas saídas do Lugar Santo, não se deixam elas absorver pelas suas ocupações, a tal ponto que mal pensam em Me dirigir uma palavra no resto do dia?

- Estou nessa alma como num deserto, ela nada Me diz, nada Me pede... E quando tem necessidade de consolação, o mais das vezes vai pedi-la a uma criatura que tem de ir procurar, e não a Mim, Seu Criador, que estou e vivo nela!
- Não é isto falta de união, falta de vida interior ou, o que dá no mesmo, falta de amor?

- Quero também repetir as almas que Me estão consagradas, como Eu as escolhi de modo especial para que, vivendo em intima união comigo, Me consolem e ofereçam reparações por todos aqueles que Me ofendem.
- Quero recordar-lhes que devem estudar o Meu Coração, a fim de partilharem os seus sentimentos e realizarem os seus desejos, tanto quanto lhes for possível.

- Quando um homem trabalha no campo que lhe pertence, aplica-se a arrancar todas as ervas daninhas e não se poupa nem a trabalhos, nem a fadigas, até que consiga. Assim Eu quero que as minhas almas escolhidas, desde que conheçam os Meus desejos, trabalhem com zelo e ardor no seu cumprimento, não recuem diante de nenhum esforço, de nenhum sofrimento, para aumentar a Minha Glória e reparar as ofensas do mundo.

- Chamo-as todas: Meus Padres, Minhas Religiosas, Meus Religiosos, a viverem em intima união comigo.
- A estas almas pertence conhecer os Meus desejos e participar das Minhas alegrias e das Minhas tristezas.
  • A elas, cumpre trabalhar pelos Meus interesses, sem se pouparem a esforços nem a sofrimentos.
  • A elas, compete reparar, com as suas orações, trabalhos e penitências, as ofensas de tantas e tantas almas!
- Devem, sobretudo redobrar sua união comigo e fazer-Me companhia... e não Me deixar só! Ah! Muitas não compreendem isto e esquecem-se de que lhes compete fazer-Me companhia e consolar-Me!
- Devem, enfim, formar uma liga de Amor e, unindo-se todas no Meu Coração, implorar para as almas o conhecimento da Verdade, a luz e o perdão.
- E quando, cheias de dor, a vista das ofensas que recebo de todos os lados, elas, as minhas almas escolhidas, se oferecem para reparar e para trabalhar na Minha Obra, é necessário que todas elas tenham inteira confiança, porque Eu não poderei resistir as suas suplicas e as despacharei da maneira mais favorável.
- Apliquem-se, pois, todas a estudar o Meu Coração e aprofundar os Meus sentimentos. Esforcem-se por viver unidas comigo, por Me falar, e por Me consultar.

- Sejam as suas ações revestidas dos Meus Méritos e cobertas do Meu Sangue.
- Consagrem a sua vida a Salvação das almas e ao aumento da Minha Glória.
- Não se diminuam, considerando a si mesmas. Mas dilatem o coração, vendo-se revestidas do poder do Meu Sangue e dos Meus Méritos.
- Porque, se trabalharem sozinhas, nunca poderão fazer grande coisa.
Mas, se trabalharem Comigo, em Meu Nome e para Minha Glória, então serão poderosas.
- Reanimem as minhas almas consagradas o seu desejo de reparar, e peçam confiadamente que se erga sobre o mundo o Dia do Divino Rei, isto é, o Dia do Meu Reino Universal!
  • Não temam, esperem em Mim, confiem em Mim.
  • Devore-as o zelo e a caridade pelos pecadores!
  • Tenham compaixão deles, orem por eles e tratem-nos com mansidão!
- Narrem ao mundo inteiro a Minha Bondade, o Meu Amor e a Minha Misericórdia!
- Em seus trabalhos apostólicos, armem-se de oração, de penitência e sobretudo de confiança, não em seus próprios esforços, mas no Poder, na Bondade do Meu Coração que os acompanha!
  • “Em Vosso Nome, Senhor, farei isto e sei que serei poderoso”.
- Esta foi a oração dos meus Apóstolos, homens pobres e ignorantes, mas ricos e sábios de Riqueza e Sabedoria Divinas!
- Peço três coisas as minhas almas consagradas:
  • Reparação: quer dizer, vida de união com o Reparador Divino: Trabalhar por Ele, com Ele, nEle, em espírito de reparação, em estreita união com os Seus sentimentos e com os Seus Desejos.
  • Amor: quer dizer, intimidade com Aquele que É todo Amor e que se põe ao nível das suas criaturas para lhes pedir que não O deixem só e que Lhe deem amor.
  • Confiança: isto é, segurança
    • Naquele que é Bondade e Misericórdia,
    • Naquele com quem vivo dia e noite... que Me conhece e que eu conheço... que me ama e que eu amo,
    • Naquele que, chama de maneira especial suas almas escolhidas, a fim de que, vivendo com Ele e conhecendo Seu Coração, tudo esperem Dele.
- Josefa, por que Me amas?
- Senhor, porque sois Bom.
- Sim, bem dizes: Sou Bom!
- Para compreende-lo só falta uma coisa as almas: união e vida interior.
- Se minhas almas escolhidas vivessem mais unidas a Mim, haveriam de Me conhecer melhor.
- Senhor, -responde Josefa ingenuamente- é difícil... porque as vezes elas tem tanto que fazer para Vós!
- Sim, bem sei, e é por isso que, quando se afastam, procuro-as para as aproximar de Mim.
- Eis nosso trabalho do alto do céu:
  • Ensinar as almas a viverem unidas a Mim, não como se Eu estivesse longe delas, mas nelas, pois pela graça vivo dentro delas e durante o tempo da comunhão, minha Santa Humanidade, por assim dizer, nelas se encarna.
- Se as minhas Almas escolhidas assim vivessem unidas a Mim e Me conhecessem em verdade, que bem não poderiam fazer a tantas pobres almas que vivem longe de Mim e não Me conhecem.
- Quando as minhas Almas escolhidas se unirem estreitamente ao Meu Coração, compreenderão os Meus Sentimentos. Então, Me consolarão, repararão e, cheias de confiança em Minha Bondade, pedirão perdão e obterão graça para o mundo!

“Apelo ao Amor” A mensagem do Coração de Jesus ao Mundo e Sua Mensageira Irmã Josefa Menéndez da Sociedade do Sagrado Coração. 01 a 09.dezembro.1923

sábado, 4 de março de 2017

Conhecimento da Verdade




"Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da Verdade" ITimóteo 2,4

Conhecimento da Verdade
7. O conhecimento da Verdade tem três graus.
- A verdade buscamo-la em nós, no próximo e em si mesma:
·         em nós, julgando-nos a nós mesmos;
·         no próximos, compadecendo-nos de seus males;
·         em si mesma, contemplando-a com coração limpo.

- Assinalei-te o número dos graus; observa agora sua ordem. Gostaria, antes
de tudo, de que a própria Verdade te ensinasse por que ela deve ser buscada antes nos próximos que em si mesma. Entenderás, depois, por que deves buscá-la antes em ti que nos próximos.
- Ao pregar as bem-aventuranças, com efeito, o Senhor antepôs os misericordiosos aos limpos de coração (Mt 5, 7-8). É que os misericordiosos logo descobrem a verdade nos próximos: dirigem-lhes seus afetos e adaptam-se de tal modo, que sentem como próprios os bens e os males dos outros:
·         Com os doentes, adoecem; com os que se escandalizam, abrasam-se (II Cor 11, 29). “Alegrai-vos com os que estão alegres, chorai com os que choram” (Rm 12, 15).
- Purificados já no íntimo de seu coração pela mesma caridade fraterna, deleitam-se em contemplar a verdade em si mesma, por cujo amor toleram os males dos outros.
- Os que no entanto não se consociam assim com seus irmãos, senão que ofendem aos que choram, menosprezam aos que se alegram, ou não entendem em si mesmos o que se passa com os outros, por não sentir afetos semelhantes aos seus, nunca poderão descobrir a verdade nos próximos. A estes, adequa-se perfeitamente o tão conhecido ditado: “Nem são sente o que sente o doente, nem o saciado o que sente o faminto”. O doente e o faminto, com efeito, são os que melhor se compadecem dos doentes e dos famintos, porque o vivem igualmente.
- A verdade pura não a compreende senão o coração puro; e ninguém sente tão vivamente a miséria do irmão do que o coração que assume sua própria miséria.
- Para que sintas na miséria de teu irmão teu próprio coração de miséria, precisas conhecer antes tua própria miséria:
·         só assim poderás viver em ti seus males, e surgirão em ti iniciativas de ajuda fraterna.
- E, com efeito, foi assim que agiu o nosso Salvador:
·         quis sofrer para saber compadecer-se; fez-se miserável para aprender a ter misericórdia.
- E, assim como dele se escreveu: “Aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hb 5, 8), assim também soube o que é a misericórdia. Isso, naturalmente, não quer dizer que Aquele cuja misericórdia é eterna ignorasse a misericórdia, senão que aprendeu no tempo pela experiência o que por sua natureza sabia desde a eternidade.

13. Se o que não era miserável se fez miséria para experimentar o que já sabia previamente, quanto mais não deves tu, não digo fazer-te o que não és, mas atender ao que és, porque, com efeito, és miserável? Aprenderás assim a misericórdia, e só assim a podes aprender.
- Porque, se consideras o mal de teus próximos e não atendes ao teu, sentir-se-á movido não à compaixão, mas à indignação; tendemos, com efeito, a julgar, não a ajudar; a destruir furiosamente, não a instruir com brandura. “Vós, que sois espirituais”, diz o Apóstolo, “admoestai-o com espírito de mansidão” (Gl 6, 1). O conselho e preceito do Apóstolo consiste em que ajudes ao irmão enfermo com a mesma mansidão que queres que te ajudem a ti quando te enfermas; e consiste ainda em que entendas quanta mansidão deves ter no trato com o pecador: “refletindo cada um sobre si mesmo”, diz ainda o Apóstolo, “não caia também em tentação”.

14. Importa considerar com que perfeição o discípulo da verdade segue a ordem estabelecida pelo Mestre. Nas bem-aventuranças a que me referi mais acima, com efeito, os misericordiosos precedem aos limpos de coração, e os mansos aos misericordiosos (Mt 5, 4.7-8). O Apóstolo, ao exortar os espirituais a que instruam os carnais, acrescenta: “com espírito de mansidão”.
- A instrução dos irmãos certamente corresponde aos misericordiosos; fazê-lo com brandura, aos mansos. É como se dissesse: não pode contar-se entre os misericordiosos aquele que não é manso em si. Veja como o Apóstolo mostra claramente o que mais acima prometi demonstrar:
·         a verdade, com efeito, havemos de buscá-la antes em nós mesmos que nos próximos “Refletindo cada um sobre si mesmo”, isto é, sobre quão fácil é tentado e quão propenso é a pecar: por esta consideração, far-se-á manso e poderá aproximar-se dos outros para socorrê-los “com espírito de mansidão”.
- E, se não és capaz de escutar o discípulo que te aconselha, teme ao menos o Mestre que te acusa:
·         “Hipócrita, tira primeiro a trave de teu olho, e então verás para tirar a aresta do olho de teu irmão” (Mt 7, 5).

- A soberba da mente, com efeito, é essa trave grande e grossa no olho, que por sua corpulência vã, não sã, inchada, não sólida, obscurece o olho da mente, e escurece a verdade. Se chegar a ocupar tua mente, já não poderás ver-te nem sentir-te como és ou como podes ser, mas como te queres, como pensas que és, ou como esperas vir a ser.
- Que é a soberba senão, como a define Santa Teresa de Ávila, o amor da própria excelência?
- E podemos dizer que, pelo contrário, a humildade é o entendimento da própria excelência, que o humilde não ama desordenadamente a própria excelência, mas sabe reconhecê-la em si, quando é real, sem jamais perder de vista que ela é, antes e acima de tudo, um dom de Deus.

- Nem o amor nem o ódio conhecem o juízo da verdade.
- Queres ouvir o juízo da verdade?
·         “Julgo segundo o que ouço” (Jo 5, 30): não segundo odeio, nem segundo amo, nem segundo temo.
- Há um juízo do ódio, como este:
·         “Nós temos uma lei, e segundo a lei [Ele] deve morrer” [Jo 19, 7].
- Há um também do temor, como este:
·         “Se o deixamos assim, crerão todos nele; e virão os romanos, e destruirão nossa cidade e nossa nação” [Jo 11, 48].
- Mas o juízo do amor é como o de Davi com respeito ao filho parricida:
·         “Trata bem”, diz ele, “ao jovem Absalão” [II Sm 18, 5].

- Há uma norma segundo as leis humanas que se observa tanto nas causas eclesiásticas como nas civis:
·         está disposto que os amigos íntimos dos litigantes nunca devem ser convocados a juízo, para que, levados pelo amor dos amigos, não enganem nem se deixem enganar.
- E, se o amor que professas a teu amigo influi em teu critério como atenuante ou ausência de culpa, quanto mais o amor que te professas a ti mesmo não te enganará quanto emitas um juízo contra ti?

15. Por conseguinte, o que cuida de conhecer a verdade de si mesmo deve tirar a trave de sua soberba, porque ela impede a seus olhos a luz, e terá de dispor-se a ascender no coração, observando-se a si mesmo em si mesmo, até alcançar, com o décimo segundo grau da humildade (Temor a Deus), o primeiro da verdade:
·         “Rememorar a própria pequenez e a degradação dos pecados cometidos, fazendo tudo não mais pelo temor do inferno, mas por amor a Cristo” (Regra de São Bento Capitulo VII)
- Quando pois tiver encontrado em si mesmo a verdade, ou melhor, quando se tiver encontrado a si mesmo na verdade e puder dizer:
·         “Eu fiei-me, e por isso falei; eu estou pois extremamente humilhado” [Sl 116, 10], ascenda mais então o homem no coração, para que a verdade seja exaltada, e alcance o segundo grau, e diga em seu arroubo: “Todos os homens são mentirosos” [Sl 116, 11].
- Pensas que Davi não seguiu esta mesma ordem? Pensas que o profeta não advertiu o que o Senhor, o Apóstolo e eu entendemos seguindo seu exemplo? Diz ele:
·         “Eu fiei-me” na Verdade, que dizia: “O que me segue não anda nas trevas” [Jo 8, 12]. “Fiei-me”, pois, seguindo-a, “e por isso falei” confessando.
- Que confessei?
·         A verdade que conhecia na fé. E, depois que “me fiei” para a justiça e “falei” para a salvação, “estou extremamente humilhado” – ou seja, perfeitamente.
- É como se dissesse:
·         já que não me envergonhei confessando contra mim mesmo a verdade que conheci em mim, cheguei à perfeição da humildade.
- “Extremamente”, portanto, pode entender-se por “perfeitamente”, como aqui:
·         “Compraz-se extremamente em seus mandatos” [Sl 112, 1].
- Se todavia alguém sustenta que “extremamente” significa aqui “muito” e não “perfeitamente”, por ser tal o significado que lhe dão os expositores, tal tradução não discordaria do sentido do Profeta, como se se dissesse:
·         Eu, com efeito, quando ainda não conhecia a verdade, considerava-me algo, ainda que não fosse nada. No entanto, desde que me fiei em Cristo, ou seja, desde que imitei sua humildade, passei a conhecer a verdade: ela foi enaltecida em mim, por causa de minha mesma confissão.
- Mas “eu estou extremamente humilhado”, isto é:

·         a mesma consideração de mim suscitou-me grande desprezo.

27. Há pois um caminho para cima e outro para baixo. Um caminho leva ao bem, enquanto o outro ao mal. Esquiva o mau caminho, e escolhe o bom. Se porém te sentes incapaz disso, suplica com o profeta dizendo: “Da via da iniquidade, afasta-me” [Sl 118, 29].
De que modo?
“E concede-me o favor de tua lei” [Sl 118, 29], ou seja, da lei que deste aos que delinquem no caminho, aos que deixam a verdade. Um destes sou eu, que caí da verdade. Mas, então, o que cai já não poderá levantar-se?
Por isso elegi o caminho da verdade, para ascender até à cúspide de onde caí por causa de minha soberba.
Ascenderei e cantarei: “Foi bom para mim, Senhor, que me humilhasses; melhor para mim é a lei de tua boca que milhares de moedas de ouro e de
prata” [Sl 118, 71-72].

- Pode parecer-te, sim, que Davi propõe dois caminhos; mas presta atenção e verás que não é senão um, ainda que com dois nomes:
Chama-se iniquidade para os que descem,
e verdade para os que sobem.
·          Os degraus são os mesmos tanto para os que ascendem ao trono como para os que descem.
·          Um só, com efeito, é o caminho tanto para os que se aproximam da cidade como para os que a deixam; e
·          Uma só é a porta tanto para os que entram na casa como para os que saem dela.
- Jacó viu em sonho que por uma mesma e só rampa subiam e desciam anjos (Gn 28, 12). Que quer dizer isso? Que, se queres voltar à verdade, não precisas buscar um novo e desconhecido caminho:
- Basta-te o mesmo pelo qual desceste. Já o conheces. E, desandando o mesmo caminho, sobe humilhado os mesmos degraus que desceste ensoberbecido.
- Desse modo, o que é o:
·         décimo segundo degrau da soberba (O costume de pecar) para o que desce,
o   esse mesmo degrau há de ser o primeiro da humildade (O Temor a Deus: nos sentidos, na vontade e na inteligência) para o que sobe;
·         o décimo primeiro da Soberba (Liberdade de pecar) para o que desce,
o   o segundo da Humildade (A negação dos próprios desejos) para o que sobe;
·         o décimo da Soberba (Rebelião) para o que desce,
o   o terceiro da Humildade (Prática da obediência) para o que sobe;
·         o nono da Soberba (Confissão simulada) para o que desce,
o   o quarto da Humildade (Suportar o desprezo e a injustiça dos homens) para o que sobe;
·         o oitavo da Soberba (Escusa dos pecados) para o que desce,
o   o quinto da Humildade (Confiar a consciência ao Diretor Espiritual) para o que sobe;
·         o sétimo da Soberba (Presunção) para o que desce,
o   o sexto da Humildade (Renunciar a qualquer conforto externo) para o que sobe;
·         o sexto da Soberba (Arrogância) para o que desce,
o   o sétimo da Humildade (Renunciar ao reconhecimento dos méritos pessoais) para o que sobe;
·         o quinto da Soberba (Singularidade) para o que desce,
o   o oitavo da Humildade (Renunciar ao desejo de governar a qualquer tipo de mando) para o que sobe;
·         o quarto da Soberba (Jactância) para o que desce,
o   o nono da Humildade (Exercitar o silêncio) para o que sobe;
·         o terceiro da Soberba (Alegria tola) para o que desce,
o   o décimo da Humildade (Ser circunspecto e evitar o riso fútil) para o que sobe;
·         o segundo da Soberba (Ligeireza de espírito) para o que desce,
o   o décimo primeiro da Humildade (Ser discreto) para o que sobe;
·         o primeiro da Soberba (Curiosidade) para o que desce,
o   o décimo segundo da Humildade (Rememorar a própria pequenez e a degradação dos pecados cometidos, fazendo tudo não mais pelo temor do inferno, mas por amor a Cristo) para o que sobe.
(Resumo esquemático Regra de São Bento Capitulo VII)
- Quanto houveres encontrado, ou melhor, reconhecido em ti tais degraus
da soberba, já não terás de laborar para encontrar o caminho da humildade.

Os Graus da Humildade e da Soberba-São Bernardo de Claraval-Editora Concreta