Mostrando postagens com marcador Pecado. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Pecado. Mostrar todas as postagens

sábado, 21 de dezembro de 2013

Inferno

O Pecado e sua consequência: o Inferno
 “ Hoje, fui conduzida por um Anjo, fui levada às profundezas do Inferno.
È um lugar de grande castigo, e como é grande a sua extensão.
Tipos de tormento que vi:
- O primeiro é a perda de Deus;
- O segundo é o continuo remorso de consciência;
- O terceiro é que este destino não mudará nunca;
- O quarto é o fogo, que atravessa a alma, mas não a destrói; é um tormento terrível, é um fogo puramente espiritual, aceso pela ira de Deus;
- O quinto é a contínua escuridão, um horrível cheiro sufocante e, embora haja escuridão, os demônios e as almas condenadas vêem-se mutuamente e vêem todo o mal dos outros e o seu;
- O sexto é a contínua companhia do demônio;
- O sétimo tormento, o terrível desespero, ódio de Deus, maldições, blasfêmias.

- São tormentos que todos os condenados sofrem juntos, mas não é o fim dos tormentos. Existem tormentos especiais para as almas, os tormentos dos sentidos (audição, visão, olfato, paladar e tato).

- Cada alma é atormentada com o que pecou, de maneira horrível e indescritível. Existem terríveis prisões subterrâneas, abismos de castigo, onde um tormento se distingue do outro. Eu teria morrido vendo esses terríveis tormentos, se não me sustentasse a Onipotência de Deus.

- Que o pecador saiba que será atormentado com o “sentido” com que pecou, por toda a eternidade.

- Estou escrevendo isso por ordem de Deus, para que nenhuma alma se escuse dizendo que não há Inferno, ou que ninguém esteve lá e não sabe como é.

- Eu, Irmã Faustina, por ordem de Deus, estive nos abismos do Inferno para falar às almas e testemunhar que o Inferno existe... percebi, no entanto, uma coisa: o maior número das almas que lá estão, é justamente daqueles que não acreditavam que o Inferno existisse.”
(O Diário de Santa Faustina §741)


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Virtudes e Tentações


 Virtudes x Tentações  
- Aos homens que caminham pela estrada da mentira resta apenas, qual fruto, a ‘água morta’ para onde o demônio os convida. Tendo perdido a iluminação da fé, quais cegos e loucos sem entendimento seguiram-no, como se ele dissesse: ‘quem tem sede de água morta, venha a mim, que eu lhe darei’.
- Sirvo-me do demônio qual instrumento de minha justiça para atormentar os que me ofendem. Nesta vida o coloquei qual tentador, molestando os homens. Não para que sejam vencidos, mas para que conquistem a vitória e o prêmio pela comprovação das virtudes.
- Ninguém deve temer as possíveis lutas e tentações do demônio. Fortaleci os homens, dei-lhes energia para a vontade no Sangue de Cristo.
Demônio e criatura alguma conseguem dobrar a vontade.
Ela vos pertence, é livre.
Vós, pelo Livre Arbítrio, é que escolheis o querer ou não querer alguma coisa.
- A vontade, todavia, pode ser entregue como arma nas mãos do diabo, que pode usa-la para vos ferir e matar. Se a pessoa não lhe dá essa arma, se não consente ante as tentações e lisonjas do maligno, jamais pecará por tentação. Sairá dela até fortalecido e compreenderá que permito as tentações unicamente para vos conduzir ao bem e comprovar vossa virtude.
A caminhada para o bem passa pelo conhecimento de si e de Deus.
- Este duplo conhecimento aumenta no tempo da tentação, no sentido de que o homem toma consciência da própria nulidade, percebe que não consegue evitar as dificuldades indesejáveis, reconhece minha presença a fortalecer sua vontade para não consentir nos maus pensamentos, entende que a tentação é permitida por mim, vê que o demônio é fraco e nada pode além daquilo que lhe permito. Aliás, é por amor, não por maldade, que permito as tentações; desejo a vossa vitória, não a derrota. Quero que me conheçais e vos conheçais, atingindo uma virtude provada, pois o bem é comprovado em seu contrário.
O Inferno
- Como vês, os demônios são encarregados por mim de atormentar os condenados ao inferno e de provar a virtude dos que se acham nesta existência. Tal não é a intenção dos demônios, pois nada fazem por amor. Desejariam privar-vos da virtude, mas não conseguem. A menos que queirais.
- Vê como é grande a tolice humana, cedendo justamente onde tornei o homem mais forte e consignando-se nas mãos do diabo.
Esforça-te por entender: é voluntariamente que os condenados se entregam ao demônio na hora da morte.
Disse ‘voluntariamente’, já que ninguém os pode obrigar a isso.
- Sem aguardar qualquer julgamento, logo depois do ultimo suspiro, os pecadores julgam-se a si mesmos pela própria consciência e se põem sob o perverso domínio do maligno. Desse modo, desesperados, condenam-se. No instante supremo, com muito ódio, encaminham-se para o abismo; e antes mesmo de chegar a ele, voluntariamente o escolhem como paga, junto aos demônios, seus senhores.
O Céu
- Aqueles que morrem na caridade perfeita, quando atingem o derradeiro instante, após ter vivido na perfeita iluminação da fé, na fé e na esperança do Sangue do Cordeiro, contemplam o prêmio que lhes preparei; com amor, o acolhem; apertam-me com os laços da afeição, qual Bem sumo e terno. Antes de deixar o corpo, antes de morrer, já gozam da vida eterna.
O Purgatório
- Outros, que haviam passado a vida na ‘caridade comum’ e atingem o ultimo momento sem essa perfeição, também acolhem o prêmio eterno com a nossa fé e esperança, mas de modo imperfeito. Sentem-se culpados, mas reconhecem que minha misericórdia é maior que seus pecados.
Os pecadores não agem assim. Ao divisar o lugar que lhes toca, recebem-no com ódio. Uns e outros, nem esperam o julgamento. Logo que deixam esta vida, cada um vai para o seu lugar, pressentido e aprendido antes mesmo de deixar o corpo na morte:
  • Os condenados, para o inferno, com ódio e desespero;
  • Os perfeitos, com amor , fé e esperança;
  • Os imperfeitos, com fé no perdão, vão para o purgatório.

O Diálogo-Santa Catarina de Sena , pg100

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Virtude e Pecado


Toda virtude é praticada no próximo
-Toda pessoa que vive longe de mim (Deus) prejudica o próximo; e a si, dado que cada um é o primeiro próximo de si mesmo.
- Acontece uma desordem geral porque sois obrigados a amar os demais como a vós mesmos. De que maneira?
  • Socorrendo espiritualmente pela oração,
  • dando bom exemplo,
  • auxiliando quanto ao corpo e quanto ao espírito, conforme as necessidades.
- No caso de alguém nada possuir, pelo menos há de ter o desejo de auxiliar!
- Quem não me ama, também não ama os homens; por isso não os socorre.
- Quem despreza a vida da graça, prejudica antes de tudo a si mesmo, mas prejudica também os outros, deixando de apresentar diante de mim –como é seu dever- orações e aspirações em favor deles.
Todo e qualquer auxilio prestado ao próximo deve provir do amor que se tem por aquela pessoa, mas como consequência do amor que se tem por mim (Deus).
- Da mesma forma, todo mal se realiza no próximo, e quem não me ama, também não tem amor pelos outros.
- A origem dos pecados está na ausência da caridade para comigo e para com o homem.
Para fazer o mal, basta que se deixe de fazer o bem.
- Contra quem se age, a quem se prejudica na prática do mal? Primeiramente contra si mesmo; depois, contra o próximo. A mim não prejudica.
- Eu não posso ser atingido, a não ser no sentido de que considero feito a mim o que se faz ao homem.
- Será um prejuízo que leva a culpa com privação da graça e, nesse caso, coisa pior não poderia acontecer; / ou será uma recusa de afeição e amor, obrigatórios e que exigem o socorro pela oração e súplicas diante de mim.
- Tudo isso é auxilio de ordem geral, porque é devido aos homens em comum.

- O auxilio de ordem pessoal consiste na colaboração prestada a pessoas com quem convivemos, pois existe a obrigação aos homens de se ajudarem mutuamente com bons conselhos, ensinamentos, bons exemplos e qualquer outra boa obra de que se necessite.
- O bom conselho há de ser desinteressado, como se fosse dado a si mesmo, sem segundas intenções egoístas.
- Quem não me ama, certamente não agirá convenientemente e prejudicará os demais. Nem serão apenas prejuízos por omissão do bem, mas ações más e danos até repetidos.

É no homem que se ama a Deus
- Todos os pecados são cometidos através do próximo, no sentido de que eles são ausência da caridade, que é a forma de todas as virtudes.
- No mesmo sentido, o egoísmo, que é a negação do amor ao próximo, constitui-se como razão e fundamento de todo o mal. Ele é a raiz dos escândalos, do ódio, da maldade, dos prejuízos causados aos outros.
O egoísmo envenenou o mundo inteiro.
- As virtudes se fundamentam no amor pelos outros; é da caridade que as virtudes recebem a vida. Sem ela, nenhuma virtude existe, pois as virtudes se adquirem no puro amor por mim.
- Consciente da minha benevolência, o homem me ama direta e indiretamente.
- Diretamente, não pensando em si mesmo ou em interesses pessoais; indiretamente, através da prática da virtude.
- Toda virtude é concebida no intimo do homem por amor de mim:
deverá ter ódio ao pecado e amor a virtude, não existe maneira de me agradar e de se chegar até mim (Deus).
- Depois de ter concebido interiormente a virtude, a pessoa a pratica no próximo. Aliás, tal modo de agir é a única prova de que alguém possui realmente uma virtude.
Quem me ama, procura ser útil ao próximo.
- Nem poderia ser de outra maneira, dado que o amor por mim e pelo próximo são uma só coisa. Tanto alguém ama o próximo, quanto me ama, pois de mim se origina o amor do outro.
- O PRÓXIMO, eis o meio que vos dei para praticardes e manifestardes a virtude que existe em vós. Como nada podeis fazer de útil para mim, deveis ser de utilidade ao homem.
- Esta é a prova de que estou presente em vós pela graça:
  • se auxiliais os outros com orações numerosas e humildes,
  • se desejais minha glória e a salvação dos homens.
Quem se apaixona por mim, jamais cessa de trabalhar pelos outros.
É na dificuldade que se provam as virtudes
- Todas as virtudes revelam sua existência e são exercitadas no próximo, da mesma forma como é nele que os maus cometem seus pecados:
  • a paciência ao ser injuriado pelos outros;
  • a humildade, quando se acha diante do orgulhoso;
  • a diante do infiel;
  • a esperança, na presença de quem nada espera;
  • a mansidão e a benignidade, ante o irascível;
- É diante da soberba que aparece a humildade. O homem humilde vence o orgulho, pois o orgulhoso é incapaz de prejudicar quem é humilde.
- Do mesmo modo o descrente –que não ama a Deus, nem N’Ele espera- não faz diminuir a fé do homem fiel ou a esperança daqueles que a possuem no coração por meu amor. Ao contrário, até as faz crescer e manifestar-se mediante o amor altruísta (sentimento de bondade desinteressada, que coloca outra pessoa acima de si próprio).

- A virtude da justiça não diminui diante das injustiças; evidencia-se até, pois a justiça se revela na paciência.
- Também a benignidade e a mansidão são evidenciadas pela doce paciência no tempo do ódio; e o amor caridoso, todo cheio da sede e desejo de salvação alheia, torna-se visível diante da inveja, do desprezo e ódio.

- Além de provar que são virtuosas, pagando o mal com o bem, tais pessoas frequentemente atiram brasas (Rm 12,20) de amor, as quais consumirão a raiva e o rancor do coração do irascível, levando-o a passar da ira a benevolência.
- Tudo isso acontece graças a caridade e perfeita paciência daquele que suporta a raiva e demais defeitos do malvado.

- Relativamente as virtudes da fortaleza e perseverança, elas são comprovadas mediante os longos sofrimentos, as ofensas, as difamações daqueles que procuram afastar o servidor fiel do caminho verdadeiro, seja com atrativos, seja com ameaças.
- Quando o servidor fiel possui a fortaleza interior, mostra-se realmente forte e perseverante, dando prova disso no contato com os homens.
Quando alguém não resiste no tempo das contradições,
é sinal de que não possuía uma virtude verdadeira.

Texto extraído do Livro “O Diálogo 2.6-2.8” de Santa Catarina de Sena