Meditação das ‘atitudes corporais’ de Santa Faustina
“Jesus veio hoje à portaria na
figura de um jovem pobre. Esse miserável jovem, com as vestes terrivelmente
rasgadas, descalço e de cabeça descoberta, todo a tiritar, porque o dia era
chuvoso e frio. Pediu algo de quente para comer. Fui a cozinha e nada encontrei
para os pobres; mas depois de procurar melhor, achei um pouco de sopa, que
esquentei, ajuntei um pedaço de pão e ofereci ao pobre, que a tomou. No momento
em que estava me entregando o prato, deu-me a conhecer que era o Senhor do céu
e da terra. Logo que vi quem era, desapareceu dos meus olhos. Entrando na casa
refleti sobre o que tinha sucedido na portaria, e ouvi estas palavras na alma:
- Minha filha, chegaram aos meus ouvidos as bênçãos dos pobres, que,
afastando-se da portaria, Me bendizem, e gostei dessa tua caridade nos limites
da obediência e por isso desci do Trono para saborear o fruto da tua
misericórdia.”§1312
“Hoje veio visitar-me certa
pessoa leiga que me causou grandes dissabores, que abusou de minha bondade,
mentindo em muitas coisas. Essa pessoa me pediu um copo de água e mais duas
outras coisas, no que de boa vontade a satisfaço. Contudo, se não fosse a graça
de Deus, não teria condições de proceder assim com ela. Quando saiu, agradeci a
Deus pela graça que então me fortaleceu.” §1694
“Quando vêm à portaria os mesmos
pobres, trato-os com maior bondade e não lhes dou a conhecer que já estiveram
uma vez, para deixá-los a vontade, e eles então me falam abertamente dos seus
sofrimentos e necessidades.
Embora uma das irmãs me diga que
não procede assim com mendigos e, na minha presença, lhes feche bruscamente a
porta na cara, sempre que ela não está trato-os como o meu Mestre o faria.
Algumas vezes se dá mais não dando nada do que dando muito, mas de maneira
rude.” 1282
“Uma vez fui visitar uma
irmãzinha doente; tinha já 84-anos e distinguia-se por muitas virtudes.
Perguntei-lhe: ‘Certamente a irmã já está
pronta para se apresentar diante do Senhor’ Respondeu-me que se preparou a
vida toda para essa última hora e disse-me estas palavras: ‘A idade não dispensa a luta’ §517
“Quando perguntei a Nosso Senhor
como pôde suportar tantos delitos e diversos crimes e não os castigar,
respondeu-me o Senhor:
‘Para castigá-los tenho a
eternidade, e agora prolongo-lhes o tempo da misericórdia, mas ai deles se não
conhecerem o tempo da minha visitação. Minha filha, secretária da minha
misericórdia, não apenas estás obrigada a escrever e divulgar a minha
misericórdia, mas também pedir a graça, para que também eles bendigam a minha
misericórdia” §1160
“Desejo que a festa da
misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os
pecadores. Nesse dia, estão abertas as entranhas da minha misericórdia. Derramo
todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da minha
misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas
e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais
fluem as graças.” §699
“Quando faleceu a Irmã Dominika,
por volta da uma hora da noite, veio ter comigo e deu-me a conhecer que havia
falecido. Rezei ardentemente por ela. De manhã disseram-me as irmãs que já
estava morta. Respondi que sabia, porque tinha vindo falar comigo. Multipliquei
as minhas orações por ela.” §1382
Diário de Santa Faustina
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