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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Desejo Santo



Desejo Santo de Santa Catarina
- Desejando conhecer e seguir mais virilmente a Verdade, aquela serva elevou a Deus quatro pedidos: por si mesma, pela Igreja, pelo mundo e por um caso particular.
- O ardor era grande, contínuo. E aumentou ainda mais, quando a Verdade Primeira lhe revelou as necessidades do mundo, mostrando-lhe sua confusão e pecados.
- Tudo isso lhe acendia a chama do DESEJO SANTO, num misto de tristeza pelos pecados e de alegria pela esperança de que Deus haveria de dar solução a tantos males. 1.3

A culpa é reparada pelo amor
- Filha, fiz-te ver que a culpa não é reparada neste mundo pelos sofrimentos, suportados unicamente como sofrimentos, mas sim pelos sofrimentos aceitos com amor, com DESEJO SANTO -da glória divina e salvação dos homens-. 2.2
- Então Deus Pai, deixando-se levar pelas lágrimas e reter pelos laços do DESEJO SANTO daquela serva, olhou misericordiamente para ela e queixou-se nestes termos: Filha muito amável, tuas lágrimas me coagem, porque estão unidas a mim e são derramadas por amor; prendem-me os teus sofrimentos íntimos. 4.1
- Há um remédio, capaz de aplacar minha ira. São os meus servidores, quando se esforçam por coagir-me ao perdão com suas lágrimas, por reter-me com os laços do amor. Com essa corrente tu me amarraste! Dei tais servidores a ti, porque desejava ser misericordioso para com o mundo. É por tal motivo que infundo neles o ardor e o DESEJO de glorificar-me, bem como de salvar os homens.
- Quero ser coagido pelas suas lágrimas, diminuir a violência da minha justiça... é assim que realizarei o teu DESEJO. 4.4

Glória de Deus e Salvação dos homens
- Impulsionada pelo DESEJO SANTO, afervorou-se mais ainda e na fé pôs-se a refletir sobre o amor de Deus. Ela compreendia experimentalmente quanto somos obrigados a DESEJAR e promover a Glória Divina e a Salvação da humanidade. 9

Felicidade dos santos
- O homem justo, ao encerrar sua vida terrena no amor, já não poderá progredir na virtude. Para sempre continuará a amar no grau de caridade que atingiu ao chegar até mim. Também será julgado na proporção do amor.
- Continuamente me DESEJA, continuamente me possui; suas aspirações não caem no vazio.
- Ao DESEJAR, será saciado; ao saciar-se, sentirá ainda fome; distanciando-se, assim, do fastio da saciedade e do sofrimento da fome.
- Os bem aventurados continuam no céu, eternamente, aquele mesmo amor com que encerraram a vida terrena. Conformam-se inteiramente a minha vontade, só DESEJAM o que Eu DESEJO. Chegando ao momento da morte em estado de graça, seu livre arbítrio fixa-se no amor e eles não pecam mais. Seus DESEJOS estão saciados. 14.4
- Sou um Deus imutável, livre da acepção de pessoas, unicamente atento ao DESEJO SANTO.
- A felicidade dos santos é possuir a vontade satisfeita em todas as suas aspirações. Ao DESEJAR-ME, possuem-me. Só DESEJAM o que Eu DESEJO.
- Separando-se do corpo, a vontade dos bem aventurados realiza-se: ao DESEJO de ver-me corresponde a visão, e com ela, a beatitude. Vendo, conhecem-me; conhecendo, amam-me; amando, saboreiam-me; saboreando realizam-se quanto ao DESEJO de me ver e conhecer.
- DESEJANDO, possuem; possuindo, DESEJAM.
- Como disse o sofrimento está distante do DESEJO e o fastio da saciedade. Como vês, meus servidores são felizes, especialmente na visão celeste. Ela satisfaz seus DESEJOS, sacia suas vontades.
- Neste sentido afirmei que a vida eterna consiste na posse das coisas que a vontade DESEJA, isto é, conhecer-me, ver-me. 14.9

Ilusão do pecado
- O demônio convida os homens para a água morta, a única que lhe pertence, cegando-os com prazeres e satisfações do mundo. Usa o anzol do prazer e fisga-os mediante a aparência de bem. Sabe ele que por outros caminhos nada conseguiria; sem o vislumbre de um bem ou satisfação, os homens não se deixam aprisionar.
- Quando o homem decide suportar as tentações, parece-lhe difícil a quem DESEJA seguir a estrada da Verdade. Há sempre luta entre a consciência de um lado e a sensualidade do outro.
- Mas quando a pessoa virilmente renega a si mesma e se decide dizendo: "Quero seguir Cristo crucificado", então ela quebra aqueles espinhos e descobre inestimável doçura. A doçura será maior ou menor conforme a boa disposição e o esforço pessoal. 14.8

Riquezas
- As almas DESEJOSAS de grande perfeição, desprezaram o ouro, afetiva e efetivamente; estes são os que seguem os conselhos evangélicos quanto ao DESEJO e quanto a prática, conforme o legado de Cristo.
- Outros, na posse de bens, seguem os conselhos evangélicos somente pelo DESEJO não na vida prática.
- Como os conselhos evangélicos estão ligados aos mandamentos, ninguém vive estes últimos se não segue os conselhos, senão efetivamente, pelo menos quanto ao DESEJO. Em outras palavras: o cristão que possui bens, deve fazê-lo na humildade, sem orgulho, como coisa emprestada, não própria.
- O afeto do coração deve estar em mim, não nas coisas externas; elas não pertencem aos homens, são dadas em empréstimo.
- Não tenho preferência por pessoas ou posições sociais; somente pelos DESEJOS do coração. 14.11

Remorso
- Quanta ilusão produz o remorso; como se martiriza quem DESEJA vingar-se! O homem DESEJOSO de vingança se corrói e morre antes mesmo de matar o inimigo. O primeiro morto é ele mesmo. Mata-se com o punhal do ódio. 14.12

Adversidades
- Venham de onde vierem, as adversidades são instrumentos meus que fazem meus servidores padecer no corpo; perseguidos pelo mundo, nada sofrem no espírito. Identificaram-se com a minha vontade e até se alegram em tolerar males por mim.
- Quanto aos pecadores sofrem externe e internamente. Sobretudo internamente! Seja pelo medo de perder quanto amam, seja por DESEJAR o que não conseguem adquirir. 14.13

Perseverança
- Quem não persevera, jamais realiza seus DESEJOS, levando a termo o que começou. 14.14


 O Diário | Santa Catarina de Sena

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Humildade

Humildade
            Quanto a humildade, não devemos nos envaidecer com as riquezas, honras, nobreza, talentos, nem com nenhuma outra vantagem natural e muito menos ainda com vantagens espirituais, lembrando-nos que tudo é dom de Deus. Devemos, pelo contrário, considerar-nos como os mais indignos dos homens e, consequentemente, gostar de nos ver desprezados sem fazermos como os que se dizem os piores de todos e querem ser mais bem tratados que os outros.
            Aceitemos as correções com humildade, sem nos desculpar, mesmo quando repreendidos sem razão, contanto que não estejamos obrigados a nos defender para evitar um escândalo.

            Guardemo-nos do desejo de aparecer e procurar honras humanas. Tenhamos sempre diante dos olhos a sábia máxima de São Francisco: “Somos na realidade o que somos diante de Deus”. Pior ainda seria procurar na vida religiosa cargos honrosos ou de superioridade. A honra de um religioso é ser o mais humilde de todos; e mais humilde é aquele que abraça as humilhações com mais alegria.


A Prática de amor a Jesus Cristo | Santo Afonso Maria de Ligório

terça-feira, 10 de junho de 2014

Purificação Interior

Purificação interior
Quando uma alma tem certeza moral de estar na graça de Deus, embora despojada dos prazeres do mundo e dos dons de Deus, está contente sabendo que ama a Deus e é amada por ele.
Mas o que faz Deus, querendo vê-la mais purificada e despida de toda a satisfação sensível, para uni-la toda a si por meio de seu puro amor?
- Coloca-a na prova da desolação que causa uma dor pior do que todos os sofrimentos interiores e exteriores que uma alma pode sofrer. Priva-a do conhecimento de estar na graça e a deixa em densas trevas, de modo a pensar que não mais encontrará a Deus. As vezes Ele permite que seja assaltada por fortes tentações dos sentidos, tentações contra a castidade, pensamentos de desconfiança, de desespero e até mesmo de ódio a Deus.
            Parece-lhe que o Senhor a rejeitou e já não escuta as suas orações. De um lado as tentações são fortes e a concupiscência se faz sentir, de outro lado, a alma se vê em tão grande escuridão, que, embora resista com a vontade, não distingue bem se está resistindo como deve as tentações ou se nelas está consentindo.
            Com isso cresce-lhe o temor de perdido a Deus, e de que Deus, pelas suas infidelidades nesses combates, justamente a tenha abandonado de todo. Parece-lhe ter chegado a extrema ruina, de não mais amar a Deus e de ser odiada por ele.
- Santa Tereza experimentou essa provação. Diz ela que em tal estado, a solidão já não a consolava mas lhe era um tormento, e quando ia rezar, parecia-lhe encontrar um inferno.

Combater o bom combate
            Acontecendo isso a uma alma que ama a Deus, não deve ficar ela aborrecida nem o diretor espiritual ficar assustado. Tais movimentos dos sentidos, as tentações contra a fé, a desconfiança, os impulsos que a movem a odiar a Deus, são temores e tormentos da alma, esforços do inimigo, mas não são atos voluntários e por isso não são pecados.
            A pessoa que ama de verdade a Jesus Cristo resiste bem a esses combates e não consente em tais sugestões. Envolvida pelas trevas, não sabe distinguir o seu estado e se perturba. Vendo-se afastada da presença da graça, teme e se aflige. Bem se pode ver, nessas almas assim provadas, que tudo é medo e apreensão, mas não realidade. Perguntai-lhes se, enquanto se encontram abandonadas assim, cometeriam um só pecado venial conscientemente. Resolutamente responderiam estar prontas a sofrer, não uma, mas mil mortes, antes de deliberadamente dar um desgosto a Deus.

Unir-se a vontade de Deus
Devemos distinguir:
- Uma coisa é fazer um ato bom, como vencer a tentação, confiar em Deus, amar e querer o que Deus quer.
- Outra coisa é conhecer que, de fato, fazemos esse ato bom.
- Conhecer que fazemos um ato bom traz-nos consolação. O proveito não nos vem de conhecer que praticamos uma boa ação, mas de a praticarmos.
            Deus contenta-se com o ato feito e priva a alma do conhecimento. Assim ele lhe tira toda a satisfação própria que, na verdade, nada acrescenta ao ato praticado. O Senhor quer mais o nosso proveito do que a nossa satisfação.
            Consolando uma pessoa aflita, São João da Cruz escreveu-lhe:
“Nunca estiveste em melhor estado do que este, porque nunca estiveste tão humilhada e desapegada do mundo. Nunca te reconheceste tão miserável como agora, nem despojada e longe de procurar a ti mesma”
            Não creiamos, enfim, ser mais amados de Deus quando sentimos as consolações espirituais, pois, a perfeição não consiste nisso, mas em mortificar a nossa vontade e uni-la a vontade de Deus.

Perseverança na desolação
            Nessa desolação a alma não deve dar ouvidos a tentação que sugere Deus tê-la abandonado, nem deixar a oração, pois é isso que o demônio pretende para jogá-la no precipício. Diz Santa Tereza:
“O Senhor prova com aridez e tentações aqueles que o amam.
Ainda que a aridez dure toda a vida, não deixe a alma a oração; tempo virá em que tudo lhe será bem pago”.
            Em tal estado de sofrimento, a alma deve humilhar-se, julgando-se merecedora de ser assim tratada pelas ofensas feitas a Deus. Humilhar-se e resignar-se inteiramente a vontade divina, dizendo-lhe:
“Aqui estou, Senhor. Se me quereis assim desolada e aflita durante toda a minha vida ou mesmo por toda a eternidade, dai-me a vossa graça, fazei que eu vos ame; depois disponde de mim como for do vosso agrado”.

Manter-se em estado de graça
            Querer a alma ter a certeza de estar na graça de Deus, ou de que isto é provação e não abandono de Deus, será inútil e talvez causa de maior inquietação pois Ele não quer que ela saiba.
Não o quer para maior bem, para que a alma se humilhe mais e multiplique as orações e atos de confiança na sua misericórdia.
A alma quer ver e Deus não quer que veja.
            Além disso, São Francisco de Sales diz: A resolução de não consentir em nenhum pecado, por pequeno que seja, nos assegura que estamos em estado de graça”.
            Mas, quando a alma se encontra em grande desolação, nem isso conhece claramente. Ela não deve pretender sentir o que deseja, basta-lhe querer com a limitação de sua vontade. Dessa forma, deve abandonar-se toda nos braços da bondade divina. Oh! Como agradam a Deus esses atos de confiança e de resignação no meio das trevas da desolação! Confiemos no Senhor que, como diz Santa Tereza, nos ama mais do que nós amamos a nós mesmos”.

A Prática de amor a Jesus Cristo Cap XVII– Santo Afonso Maria de Ligório

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Felizes os humildes (Santo Afonso)

10. “Quem é verdadeiramente humilde, vendo-se humilhado, mais se humilha” diz S.Joana Chantal. Sim, porque a pessoa humilde nunca se julga tão humilhada quanto merece. Os que fazem assim são chamados por Cristo de ‘felizes’. Os que são estimados, honrados e louvados por sua nobreza, ciência e poder não são chamados ‘felizes’ por Cristo.
Mas uma grande recompensa será dada no céu aos que são amaldiçoados pelo mundo, perseguidos e caluniados pelos homens, se sofrerem tudo isso com paciência: “Bem aventurados sois vós, quando vos injuriarem e vos perseguirem e mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus” Mt5, 11-12.

11. Devemos praticar a humildade principalmente quando somos repreendidos por alguma falta pelos nossos superiores ou por outra pessoa qualquer.
Alguns fazem como ouriços: quando não são atacados, parecem calmos e cheios de mansidão. Mas quando um superior ou amigo o toca lembrando-lhes alguma coisa mal feita, arrepiam logo os espinhos. Respondem com azedume dizendo que não é verdade, ou que tiveram motivos para o fazer, ou que não tinham cabimento aquela admoestação. Em resumo, quem os repreende torna-se seu inimigo. Fazem como aqueles que se zangam com o médico porque os faz sofrer dores quando realiza os curativos de suas feridas.
Diz S.João Crisóstomo: “A pessoa santa é humilde, quando é repreendida, arrepende-se da falta que fez. Ao contrário, quem é orgulhoso fica magoado quando é corrigido. Fica magoado por ver descoberto o seu defeito e por isso responde e indigna-se com quem o adverte.”
S.Felipe Neri dá esta regra a quem é acusado sem motivo: “Quem quer ficar verdadeiramente santo nunca desse se desculpar, nem que seja falso o que lhe atribuem”. A única exceção acontece quando é necessário defender-se para evitar escândalo. Quando merecimento perante Deus tem uma pessoa que é repreendida, até mesmo sem razão, e se cala e não se desculpa!
S.Tereza: “Uma pessoa caminha mais para Deus quando deixa de desculpar-se do que ouvindo dez sermões. Não se desculpando, começa a adquirir a liberdade interior e a não se preocupar se dizem dele bem ou mal”.


A Prática de amor a Jesus Cristo Cap IX– Santo Afonso Maria de Ligório

sexta-feira, 28 de março de 2014

Humildade (Santo Afonso)

Quem ama a Jesus Cristo não se envaidece de suas qualidades
1. O orgulhoso é como um balão cheio de vento que se sente grande diante de si mesmo. Na verdade, toda a sua grandeza se reduz a um pouco de ar que se esvai rapidamente, quando o balão se rompe.
- Quem ama a Deus é verdadeiramente humilde. Não se orgulha vendo em si algumas boas qualidades. Sabe que tudo quanto possui é dom de Deus; de seu, só tem o nada e o pecado. Por isso, conhecendo os dons concedidos por Deus, mais se humilha, sentindo-se indigno e tão favorecido por Deus.

            2. S.Tereza falando das graças especiais concedidas a ela por Deus, diz: “Deus faz comigo como se faz com uma casa prestes a cair, sustenta-as com escoras.”
- Quando alguém recebe uma visita de Deus, sentindo em si a força extraordinária do amor divino que o leva até a emoção e a uma grande ternura de coração, não se julgue favorecido ou recompensado pelo Senhor por ter feito alguma obra boa. Humilha-se ainda mais, entendendo que Deus acaricia, para que não o abandone. Mas se tais graças lhe inspiram alguma vaidade, sentindo-se mais favorecido porque é mais fiel a Deus do que os outros, tal defeito fará com que Deus o prive de suas graças. Para conservar uma casa, duas são as coisas mais necessárias: o alicerce e o telhado. Na casa da nossa santificação, o alicerce é a humildade, reconhecendo que nada somos e nada podemos. O telhado é a proteção de Deus na qual unicamente devemos confiar.

            3. Quando nos vemos mais favorecidos por Deus, ais devemos ser humildes. Quando S.Tereza recebia uma graça procurava pôr diante de seus olhos todas as suas faltas e assim o Senhor mais se unia a ela. Quanto mais uma pessoa se acha indigna de graças, mais Deus a enriquece delas.
- S.Taís era uma pecadora e depois se tornou uma santa. Humilhava-se tanto na presença de Deus, julgando-se até indigna de dizer: “Meu Criador, tende piedade de mim” .
- S.Jerônimo diz ter visto um lugar especial no céu para ela por tal humildade.

- Um caso semelhante se lê na vida de S.Margarida de Cortona: Sentindo com ternura o amor de Deus, dizia: “Senhor, já esquecestes do que eu fui? Como me pagais com favores a tantas ofensas que vos fiz?”
- Deus então a fez sentir que, quando uma pessoa o ama e se arrepende de coração por tê-lo ofendido, ele se esquece das faltas recebidas. “Se no entanto, o homem mau renuncia a todos os seus erros... não lhe será tomada em conta qualquer das faltas cometidas” Como prova disso, mostrou-lhe no céu um lugar glorioso que lhe estava  preparado entre os anjos. Oh, se pudéssemos compreender o valor da humildade! Vale mais um ato de humildade do que a conquista de todas as riquezas do mundo.

Quem ama a Jesus Cristo é humilde
            4. S.Tereza: “Não acrediteis ter progredido na perfeição, se não vos julgardes piores de todos e se não DESEJAIS ser tratados como os últimos.” Assim fazia S.Tereza e todos os outros santos.
- S.Francisco Assis, S.Maria Madalena Pazzi e outros julgavam-se os maiores pecadores do mundo. Admiravam-se de que a terra os sustentasse e não se abrisse debaixo de seus pés. Afirmavam isso com verdadeira sinceridade. Achando-se perto da morte, S.João Ávila, que teve uma vida santa desde a juventude, veio assisti-lo um sacerdote que lhe dizia coisas muitos sublimes, tratando-o como uma grande servo de Deus e  como um grande sábio, o que era de fato. Mas João lhe disse: “Padre, peço-te que recomende a minha alma como se faz a um malfeitor, condenado a morte; porque eu sou isso” É isto o que sentem os santos!

            5. Façamos também assim, se queremos salvar-nos e conservar-nos na graça de Deus até a morte, colocando toda nossa confiança somente em Deus. O soberbo confia nas próprias forças e por isso cai. O humilde, embora seja assaltado pelas mais fortes tentações, resiste e não cai, porque só confia em Deus: “Tudo posso naquele que me conforta” Fl 4,13.
- O demônio ora nos tenta de presunção, ora de desconfiança. Quando ele diz que para nós não há perigo de cair, então temamos mais porque, se por um instante Deus não nos ajuda com sua graça, estamos perdidos. Quando nos tenta a desconfiar, voltemo-nos para Deus e digamo-lhe com grande confiança: “Em vós, Senhor, eu esperei; não seja eu confundido para sempre” Sl30,2. Meu Deus, coloquei em vós minhas esperanças; espero que jamais me veja confuso e afastado de vossa graça. Estes atos de desconfiança em nós e de confiança em Deus, devemos fazê-los até o ultimo momento de nossa vida, pedindo sempre ao Senhor que nos dê sai santa humildade.

O medo de ser humilhado
            6. Para ser humilde não basta ter um baixo conceito de si e da própria fraqueza.
- Tomás Kempis: o verdadeiro humilde é aquele que reconhece seu nada e se alegra nas humilhações. Isso é o que o Senhor nos recomendou fazer, segundo seu exemplo: “Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração” Mt11,29
- Quem diz ser o maior pecador do mundo e fica irritado quando o desprezam, mostra que é humilde da boca para fora, mas não de coração.
- S.Tomás: quando alguém, vendo-se desprezado, fica ressentido, mesmo se fizesse milagres, pode-se ter certeza que está ainda bem longe da perfeição. “A humildade consiste em alegrarmo-nos com tudo o que nos leva a reconhecer nosso nada”. Notemos bem ‘alegrarmo-nos. Se nossos sentimentos se ressentem com os desprezos recebidos, ao menos em nosso espírito devemos nos alegrar.

            7. Como poderá uma pessoa que ama a Jesus Cristo deixar de aceitar os desprezos, vendo seu Deus suportar escarros e tapas como sofreu na sua paixão? “E cuspiram-lhe no rosto, bateram-lhe com murros e deram-lhe tapas”
- Nosso Divino Redentor quis ser representado e exposto sobre os altares, não sob o aspecto glorioso, mas crucificado, para termos sempre diante de nós seus desprezos. Vendo-o assim, os santos também se alegravam quando desprezados na terra. Esta foi a oração de S.João Cruz a jesus Cristo que se lhe apresentava com a cruz as costas: “Senhor, quero padecer e ser desprezado por amor de vós”. Senhor, vendo-vos desprezado por meu amor outra coisa não vos peço, senão me fazerdes sofrer e ser desprezado por amor a vós.

O alicerce da humildade
            8. S.Francisco Sales: “Suportar os desprezos é pedra de toque da humildade e da verdadeira virtude. Uma pessoa que se apresenta como religiosa, reza, comunga frequentemente, jejua, pratica a mortificação, mas que depois não pode suportar uma injúria, uma palavra picante, mostra ser o que?
- Mostra que não passa de um pau oco, sem humildade e sem virtude. E que sabe fazer uma pessoa que ama a Jesus Cristo, se não é capaz de sofrer um desprezo por amor dele, que tanto sofreu por seu amor?
- Tomás kempis: “Já que te aborreces tanto em ser humilhado, é sinal de que não estás morto para o mundo, não tens humildade, não tens Deus como tudo na vida. Quem não tem Deus como tudo, perturba-se com toda a palavra de critica que escuta” Não podemos suportar bofetadas e ferimentos por Deus? Ao menos, suportemos alguma palavra mais dura!


A Prática de amor a Jesus Cristo Cap IX– Santo Afonso Maria de Ligório

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Maduros na fé


Os 30 'quês' de uma pessoa madura na fé
- Renovados que estamos e ao voltarmos para casa, para os ambientes em que vivemos apliquemos em nossos relacionamentos o que aprendemos e renovamos.
- Estamos num mundo completamente pluralista, por isso precisamos nos tornar verdadeiros especialistas em matéria de fé e conversão. Se não for dessa forma, os cristãos “mais ou menos” não vão resistir; daí a necessidade de um amadurecimento real e concreto na fé.

- O Projeto Nacional de Evangelização diz que é preciso ter e levar os outros ao encontro pessoal com Jesus, pois só assim vamos nos tornando maduros na fé, que nada mais é do que sermos crianças nas mãos de Deus.

- Livres da maturidade somente humana que questiona tudo, vamos a caminho de sermos verdadeiros cristãos com coluna vertebral.

- Textos-base para um aprofundamento e um exame de consciência a respeito da nossa fé:
1 Cor 3, 1-9; Heb 5, 12-14; Ef 4, 11-15.

A pessoa que tem uma fé vivida de forma madura com Deus é uma pessoa:
01 – Que escolhe inteiramente por Deus.
02 – Que sabe discernir a Vontade de Deus.
03 – Que faz a Vontade de Deus até o fim.
04 – Que vive o Evangelho sem questionamentos.
05 – Que é livre em Deus.
06 – Que sabe obedecer.
07 – Que sabe reconhecer os sinais do tempo.
08 – Que vive uma individualidade e não um individualismo.
09 – Que é capaz de viver a alteridade.
10 – Que vive uma fé com obras.

A pessoa que tem uma fé vivida de forma madura com o próximo é uma pessoa:
01 – Que pergunta, sem duvidar do próximo.
02 – Que vive a fé com o próximo.
03 – Que consegue se adaptar com o diferente.
04 – Que se alegra com o crescimento do próximo.
05 – Que reconhece o outro por também ser um filho de Deus.
06 – Que sabe o seu papel na sociedade.
07 – Que contagia o próximo com a santidade.
08 – Que tem como única competição amar mais o próximo.
09 – Que ama com caridade.
10 – Que é original na fé e na opinião.

A pessoa que tem uma fé vivida de forma madura consigo mesma é uma pessoa:
01 – Que tem autonomia na fé.
02 – Que é perseverante, mesmo no sofrimento.
03 – Que se engaja e se compromete.
04 – Que é especialista no que faz.
05 – Que é como pára-raios na intercessão.
06 – Que conhece a própria verdade.
07 – Que assume as experiências vividas.
08 – Que sabe receber elogios e também as críticas.
09 – Que sabe falar, mas também escutar.
10 – Que se deixa trabalhar no temperamento pelo Espírito de Deus.
 Padre Anderson Marçal

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Deus por Pai, Maria por Mãe

§30. Como na geração natural e corporal há um pai e uma mãe, assim também na geração sobrenatural e espiritual há um pai, que é Deus, e uma mãe, que é Maria.
- Todos os verdadeiros filhos de Deus e predestinados têm a Deus por pai e a Maria por mãe; e quem a não tem por mãe, não tem Deus por Pai.
- Eis porque os réprobos, como os heréticos, os cismáticos etc., que odeiam ou olham com desprezo ou com indiferença a Santíssima Virgem, não têm Deus por pai, ainda que disto se gloriem, porque não têm Maria por mãe. Pois se a tivessem por mãe, honrá-la-iam e amá-la-iam como um verdadeiro e bom filho ama e honra naturalmente sua mãe, que lhe deu a vida.
- O sinal mais infalível e indubitável para distinguir um herético, um homem de má doutrina, um réprobo de um predestinado, é que o herético e o réprobo não têm senão desprezo ou indiferença pela Santíssima Virgem. Com suas palavras e exemplos, abertamente ou às ocultas, esforçam-se por lhe diminuir o culto e o amor, e isso por vezes sob belos pretextos.
Ah! Deus Pai não disse a Maria para habitar com eles, porque são Esaús.

§31. Deus Filho quer ser formado e, por assim dizer, encarnar todos os dias por intermédio de sua muito amada Mãe, nos Seus membros, e diz-lhe: “Recebe Israel por herança” (Eclo 24, 13). É como se dissesse: Meu Pai deu-me por herança todas as nações da Terra, todos os homens, bons e maus, predestinados e réprobos. Conduzirei uns com vara de ouro e outros com vara de ferro.
Serei Pai e Advogado de uns, Justo Vingador de outros e Juiz de todos.
- Mas Vós, minha Mãe, não tereis por herança e posse senão os predestinados, de quem Israel é figura. - Como sua boa mãe os dareis à luz, os alimentareis e educareis; como sua soberana os conduzireis, governareis e defendereis.

§32. Um homem e um homem nasceu d'Ela” (Sl 86, 5), diz o Espírito Santo. Segundo a explicação de alguns Santos Padres, o primeiro homem que nasceu de Maria foi o Homem-Deus, Jesus Cristo; o segundo é um homem impuro, filho de Deus e de Maria por adoção.
- Se Jesus Cristo, cabeça dos homens, nasceu d'Ela, todos os predestinados, membros desta cabeça, também d'Ela devem nascer, por uma consequência necessária.
- A mesma mãe não pode dar à luz a cabeça ou o chefe sem os membros, nem os membros sem a cabeça: isso seria uma monstruosidade da natureza.
- Do mesmo modo, na ordem da graça, a cabeça e os membros nascem também duma só mãe. Se um membro do Corpo Místico de Jesus Cristo, quer dizer, um predestinado, nascesse de outra mãe que não fosse Maria, que gerou a Cabeça, não seria um predestinado nem um membro de Jesus Cristo, mas sim um monstro na ordem da graça.

§33. Além disso, Jesus Cristo é hoje, como aliás sempre, o fruto de Maria, como o Céu e a Terra lho repetem mil e mil vezes por dia: “... bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus”.
- Por isso é certo que Jesus Cristo é tão realmente o fruto e a obra de Maria para cada homem em particular, que o possui, como para todo o mundo em geral. De maneira que, se algum fiel tem Jesus Cristo formado no seu coração, pode dizer ousadamente:
Graças a Maria! O que eu possuo é fruto e obra sua, e sem Ela não o teria”.
- Podem aplicar-se à Santíssima Virgem, com mais verdade ainda do que São Paulo as aplicava a si próprio, estas palavras: “Filhinhos meus, por quem eu sinto de novo as dores do parto, até que Cristo se forme em vós” (Gl 4, 19): Todos os dias dou à luz os filhos de Deus, até que meu Filho Jesus Cristo seja neles formado em toda a plenitude da sua idade.
- Santo Agostinho, ultrapassando-se a si mesmo e a tudo o que eu acabo de dizer, afirma que os predestinados, para se tornarem conformes à imagem do Filho de Deus, vivem neste mundo escondidos no seio da Santíssima Virgem. Lá são guardados, alimentados, sustentados e criados por esta boa Mãe, até que Ela os gere para a glória depois da morte. Este é propriamente o dia do seu nascimento, pois é assim que a Igreja chama a morte dos justos.
Ó Mistério de graça, escondido aos réprobos e tão pouco conhecido dos predestinados!

§34. Deus Espírito Santo quer formar n'Ela e por Ela eleitos, e diz-lhe: “Lança raízes entre os meus escolhidos” (Eclo 24, 13).
- Ó minha bem-amada e minha esposa, lança as raízes de todas as tuas virtudes nos meus eleitos, a fim de que eles cresçam de virtude em virtude e de graça em graça. Tive tanta complacência em Ti, quando vivias na Terra, praticando as mais sublimes virtudes, que desejo encontrar-te ainda na Terra, sem que deixes de estar no Céu. Reproduze-te, para isso, nos meus eleitos: que Eu possa ver neles, com agrado, as raízes da tua fé invencível, da tua humildade profunda, da tua mortificação universal, da tua oração sublime e ardente caridade, da tua firme esperança e de todas as tuas virtudes. Tu continuas a ser minha esposa tão fiel, tão pura e tão fecunda como nunca. Que a tua fé me dê fiéis; dê-me virgens a tua pureza, e a tua fecundidade, eleitos e templos.

§35. Depois de lançar as suas raízes numa alma, Maria opera nela maravilhas de graça que só Ela pode produzir, pois só Ela é a Virgem Fecunda que tem sido e será sempre sem igual em pureza e fecundidade. Maria produziu, com o Espírito Santo, a maior maravilha de quantas existiram ou existirão: o Homem-Deus.
- Produzirá ainda, consequentemente, as coisas mais admiráveis que hão de existir nos últimos tempos.
- A formação e educação dos grandes santos, que hão de vir no fim do mundo, estão-lhe reservadas, pois só esta Virgem Singular e Miraculosa pode produzir, em união com o Espírito Santo, coisas singulares e extraordinárias.

§36. Tendo-a encontrado numa alma, o Espírito Santo, seu Esposo, voa para lá, entra plenamente e comunica-se a essa alma abundantemente e na mesma medida em que ela dá lugar a Maria.
- Uma das grandes razões por que o Espírito Santo não opera agora maravilhas retumbantes nas almas é que não encontra nelas uma união bastante íntima com a sua fiel e indissolúvel esposa. Digo inseparável esposa porque desde que este Amor substancial do Pai e do Filho desposou Maria para produzir Jesus Cristo, Cabeça dos eleitos, e Jesus Cristo nos eleitos, nunca mais a repudiou, porque Ela foi sempre fiel e fecunda.
Quando o Espírito Santo, seu Esposo, encontra Maria numa alma,
voa para ela, entra nela com plenitude e comunicasse-lhe tanto mais abundantemente quanto maior lugar esta alma dá à sua Esposa.
Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem Maria

São Luis Maria Grignion de Monfort

sábado, 16 de novembro de 2013

Cerco de Jericó, Intenção.


Nossa Intenção: Pela saúde de ...........
- Quando Jesus viveu sobre a terra, curou muitos doentes.
- Vinham a Ele, e, na sua bondade e poder infinitos, sarava-os.
- Fez milagres em favor de muitos e prometeu que seus discípulos os fariam; mas não prometeu que os hospitais se despovoariam, e que não haveria mais doenças.
- Não iria impedir o curso da vida, traçado pela liberdade do homem desde a sua criação.
- Mas poria a paz à disposição de quem a quisesse procurar, a paz, condição de sanidade interior e o melhor dos dons.
“Vinde a mim todos os que trabalhais e vos achais carregados, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave, e o meu peso, leve” Mt 11, 28-29

Examinando as curas operadas por Jesus, vemos nelas um propósito:
* Primeiramente, Ele as faz porque quer: está nas suas mãos fazê-las:
“Quero, sê curado” Mt8, 3; Mc1, 41
* Cura para provar a sua autoridade, o seu poder, manifestar as obras de Deus e dar-lhe Glória: Mt 9, 6; 14, 36; 15, 31; Mc 1, 31; 2, 10; Jo 9, 3
* Também para melhor capacitar ao serviço, como se deu com a sogra de Pedro:
“..e ela levantou-se e pôs-se a servi-los” Mt 8, 15; Mc 1,31
* E para se afirmar, como Deus que é, Senhor da Lei, pois “o Filho do homem é Senhor também do sábado”Lc 6, 59; 13, 15 ; Mt 12,10; Mc 3,4
* Finalmente, para enaltecer a fé e salientar o seu valor.

- O poder de Deus não diminuiu e ele continua operando milagres de cura física, quando lhe apraz, e quando isso coincide com o maior bem do homem e os seus desígnios de amor sobre ele.
- Atende às súplicas dos fiéis, tantas vezes pela intercessão dos seus santos, e, sobretudo, por Maria que nos santuários de Lourdes, Guadalupe, Fátima e outros, continua a obter de Deus comprovados milagres de cura.
- Mas é-nos difícil entender por que Deus não atende a todas as súplicas, quando pedimos com fé e confiança.
- É que o caminho de Deus não são os nossos caminhos, nem os nossos pensamentos são os seus Isaias 65,8-9.
“Todas as obras do Senhor são boas e cada uma delas,
chegada a sua hora, fará o seu serviço.
Não se pode dizer: isto é pior do que aquilo;
porque todas as coisas serão achadas boas a seu tempo.
E agora, de todo o coração e com a boca,
louvai todos juntos e bendizei o nome do Senhor” Eclo 30,39-41

O que Ele dá é sempre o melhor para nós:
- É principalmente na cura interior – a cura da mente e do coração – que vemos a ação do Espírito mais frequentemente, em toda a sua eficácia, pois “a saúde da alma, que consiste na santidade da justiça, vale mais do que todo o ouro e prata” Eclo 30,15
- Ele dá a paz, a alegria, o perdão e a força de perdoar, de vencer obstáculos, de aceitar as circunstâncias da vida com as cruzes que lhe são próprias, vindas do nosso temperamento, ou de fatores alheios à nossa pessoa.
- Sobretudo, ele nos ajuda a repudiar o pecado, o maior dos males.
- E assim ele saneia, limpa; e esse saneamento é muitas vezes o único necessário para uma cura total.

Como obter essa cura interior?
* Pedindo-a, abrindo o coração à ação do Espírito Santo, fogo que purifica, água viva que lava e fertiliza.
* Pedindo com simplicidade e a confiança das crianças, e isso pelos meios fortes que a fé põe à nossa disposição.

- Queremos ver, nestes dias de benção, quais as áreas do nosso mundo interior que necessitam de cura ou libertação, para que ela se realize.
- É o que estamos pedindo por este Cerco de Jericó de preparação amorosa a uma nova efusão do Espírito na vida de:
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“Quão grande é Deus!
É o nosso Deus, eternamente e para sempre: Ele nos guiará” Salmo 47,15


Cerco de Jericó em favor da saúde de ..................
Inicio:      01 de novembro de 2013 as 00:00 horas
Término: 08 de novembro de 2013 as 00:00 horas
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