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domingo, 15 de agosto de 2021

Ao lado de todos vós

 

Ao lado de todos vós

Festa da Assunção de Nossa Senhora ao Céu:

- Filhos prediletos, olhai hoje com alegria para o Esplendor do Meu Corpo Glorioso,

elevado a Glória do Paraíso.

- A Santíssima e Divina Trindade é hoje Glorificada pela vossa Mãe Celeste.

- O Pai contempla em Mim a Obra-prima da Sua Criação e

Se compraz em ver-Me envolvida no Esplendor da Sua Glória e do Seu Poder Divino.

- O Filho Me vê com alegria ao Seu Lado

e associa-Me ao Seu Poder Real sobre todo o Universo.

- O Espírito Santo é Glorificado pela Sua Esposa,

que é exaltada acima de todas as criaturas terrenas e celestes.

- Neste dia, reflito sobre vós os Raios do Meu Esplendor e

peço-vos que caminheis na Luz da Minha Presença Materna

ao lado de todos vós.

- É justamente pelo privilégio da

Minha Assunção Corpórea ao Céu

que Eu posso estar sempre

ao lado de todos vós,

Meus pobres filhos ainda peregrinos sobre a terra.

- Estou ao lado da Minha Igreja,

sofredora e dividida, crucificada e imolada,

que vive as Horas Dolorosas 

do Seu Martírio e 

do Seu Calvário.

- Estou ao lado de toda a Humanidade,

redimida por Jesus,

mas atualmente tão afastada do Seu Senhor,

e que percorre os Caminhos 

do mal e 

do pecado, 

do ódio e 

da iniquidade.

- Estou ao lado dos Meus filhos perdidos,

para conduzi-los pelo Caminho 

da Conversão e do Retorno ao Senhor;

dos doentes para lhes dar Conforto e para os Curar;

de todos os Afastados para os conduzir a Casa do Pai Celeste,

que os espera com tanto amor;

dos desesperados, para lhes dar Esperança e Confiança;

dos Moribundos para lhes abrir a Porta da Felicidade Eterna.

- Estou particularmente ao lado:

do Meu Papa João Paulo II,

que é conduzido e imolado por Mim Mesma;

dos Bispos e dos Sacerdotes,

para lhes dar a coragem e a força de Caminhar pela estrada do Testemunho Heroico de Jesus e do Seu Evangelho;

dos Religiosos,

para os ajudar a seguir Jesus obediente, pobre e casto, até o Calvário;

de todos os fiéis,

para lhes dar a Graça de manter,

em todas as circunstâncias,

as suas Promessas Batismais.

- Agora que a Grande Prova chegou,

sentir-Me-eis de maneira extraordinária

ao lado de todos vós,

para ser o Grande Sinal 

de Consolação e 

de Segura Esperança,

Nestes Últimos Tempos 

da Purificação e 

da Grande Tribulação.

MSM-Movimento Sacerdotal Mariano / Padre Stefano Gobbi / 15.08.1993

Clique aqui e veja também:

Sob o Meu Manto Imaculado

Renovação das Promessas do Batismo 

(Renovar no dia do seu aniversário de Nascimento e Batismo)

O Tempo da Grande Prova

Sinal de Segura Esperança

Angustioso Apelo

 “Vinde, Espírito Santo,

vinde por meio da poderosa intercessão

do Imaculado Coração de Maria,

vossa amadíssima esposa”

“Senhor, sou teu servo, filho de Tua Serva.”

segunda-feira, 12 de julho de 2021

A coroa dos povos Eslavos


A coroa dos povos Eslavos

Festa da Natividade da Bem-aventurada Virgem Maria:

- Hoje Eu te quis aqui para celebrar o Dia da Minha Natividade 

num Cenáculo que realizas neste importante Santuário de Velehrad / Boêmia, 

onde sou venerada juntamente com os dois grandes Apóstolos Eslavos: 

São Cirilo e São Metódio.

- Encontras-te aqui com muitos Sacerdotes e fiéis, 

vindos também de longe,

para passar este dia em Oração Contínua com a Mãe Celeste e

para renovardes juntos a vossa Consagração ao Meu Coração Imaculado.

- Traz-Me, como Dom Filial,

ao redor do Berço onde estou deposta no Dia do Meu Nascimento,

a Coroa dos Povos Eslavos.

- Com ela, ornamenta e perfuma de Amor e de Confiança este dia do Meu Natal.

- Deste Meu Venerado Santuário, abençoo-vos hoje, ó Povos Eslavos,

que sois particularmente amados e protegidos por Mim,

especialmente Nestes Tempos, em que estive perto de vós.

- Estive sempre ao vosso lado

nos longos anos da vossa dura e sangrenta escravidão.

- O Dragão Vermelho exerceu sobre vós todo o seu poder,

marcando de lágrimas e sangue, por toda a parte, o seu cruel domínio.

- Mas Eu obtive do Senhor a Grande Graça da vossa libertação.

- Estive sempre ao vosso lado

nos momentos decisivos em que o Comunismo era derrotado por vós para sempre

e intervim pessoalmente para que esta passagem se realizasse 

sem lutas fraticidas, 

sem derramamento de sangue e ulteriores destruições.

- Estou agora particularmente ao vosso lado

para vos ajudar a percorrer o Caminho da Verdadeira Liberdade,

no cumprimento fiel das Promessas Batismais,

num empenho cotidiano de seguir Jesus pelo Caminho 

da Graça de Deus,

do amor, 

da pureza, 

da comunhão e 

da fraternidade.

- Fechem-se para sempre as feridas do passado e 

abri-vos aos Tempos Novos que vos esperam.

- Toda a Europa deve tornar-se uma só e Grande Família,

fiel a Cristo e a Sua Igreja, 

num esforço de Conversão e de Retorno ao Senhor,

a fim de que possa ser derrotado por vós o mais perigoso inimigo:

o Ateísmo prático,

o Hedonismo,

a Impureza e

a Impiedade.

- Tal como os vossos Grandes mestres e patronos, 

São Cirilo e São Metódio,

vos trouxeram a Primeira Evangelização,

assim todos vós, Meus prediletos e filhos a Mim Consagrados,

sois agora chamados a ser os Apóstolos desta Segunda Evangelização.

- Permanecei na Paz, na Alegria;

vivei na Confiança e numa Grande Esperança.

- Eu estou sempre convosco.

- Deste lugar, juntamente com os Santos Cirilo e Metódio,

abençoo hoje todos os Povos Eslavos

e esta Nova Europa, completamente renovada,

que Formo cada dia no Jardim Celeste do Meu Coração Imaculado.

MSM-Movimento Sacerdotal Mariano / Padre Stefano Gobbi / 08.09.1991

Clique aqui e veja também:

Quando o Filho do Homem voltar

Porque me abandonaste?

Eu sou consolada por vós

Mãe da Segunda Evangelização

Oração:

- Se vos peço Amor, não o recuseis:

é tão fácil amar Aquele que é o próprio Amor.

- Se exijo alguma coisa que custe a vossa natureza,

dou-vos ao mesmo tempo a graça e a força necessária para vos vencerdes.

- Deixai-Me pois, entrar em vossa alma e,

se nada tendes que seja digno de Mim,

dizei com humildade e confiança:

Senhor, conheceis as flores e os frutos de meu jardim.

Vinde e dizei-me o que devo fazer para que desde já cresça a flor que desejais.

- A alma que assim Me falar com verdadeiro desejo de Me dar provas de seu amor,

Eu responderei:

- Alma caríssima,

se queres que teu jardim produza a flor de que gosto:

Deixa que Eu próprio o cultive,

deixa-Me lavrar essa terra,

deixa-Me arrancar as raízes que Me estorvam e que tu não tens coragem para tirar.

- Se te peço sacrificares:

teus gostos ou teu caráter,

tal ato de caridade, de paciência ou de abnegação,

tal prova de zelo, de obediência ou de mortificação,

isso é o adubo que fertilizará o solo, permitindo-lhe produzir flores e frutos.

- A vitória que alcançares sobre ti mesma:

dará luz a um pecador.

- Um aborrecimento suportado com alegria:

cicatrizará as feridas que ele Me causou, reparará sua ofensa e expiará sua falta.

- Uma observação aceita com paz e até com alegria:

obterá para as almas, cegas pelo orgulho, a graça de deixarem penetrar luz em si e de pedirem humildemente perdão.

- Farei isto em tua alma se nela me deixares em liberdade.

- Então, nela crescerão flores, rapidamente, e serás o consolo de Meu Coração.

- Estou a busca de consolo e quero encontra-lo em Minhas Almas Escolhidas.

 “Senhor, sou teu servo, filho de Tua Serva.”

quarta-feira, 26 de março de 2014

Consagração a Jesus Cristo por Maria

Consagração a Jesus Cristo pelas mãos de Maria

- Ó Sabedoria Eterna e Encarnada.

- Ó amabilíssimo e adorável Jesus,

verdadeiro Deus e verdadeiro homem,

Filho Unigênito do Pai Eterno e da sempre Virgem Maria.

- Adoro-Vos profundamente,

no seio e nos esplendores do Vosso Pai, durante toda a eternidade, e

no seio virginal de Maria, Vossa Mãe digníssima, no tempo da Vossa Encarnação (Nota 1).

- Dou-Vos graças por Vos terdes aniquilado a Vós mesmo,

tomando a forma de escravo,

para livrar-me da cruel escravidão do demônio.

- Eu Vos louvo e glorifico por Vos terdes querido submeter em tudo a Maria,

Vossa Mãe Santíssima,

a fim de, por Ela, tornar-me Vosso fiel escravo.

- Entretanto, ai de mim, criatura ingrata e infiel.

- Não guardei os votos e promessas que tão solenemente Vos fiz no meu Batismo (Nota 2).

- Não cumpri as minhas obrigações;

não mereço ser chamado Vosso filho, nem Vosso escravo;

e, como nada há em mim que não mereça a Vossa repulsa e a Vossa cólera,

não ouso aproximar-me por mim mesmo da Vossa Santíssima e Augustíssima Majestade.

- Recorro, pois, à intercessão e à misericórdia de Vossa Mãe Santíssima,

que me destes por medianeira junto de Vós.

É por intermédio d’Ela que espero obter de Vós:

a contrição e o perdão dos meus pecados,

a aquisição e conservação da Sabedoria.

 

- Ave, pois, ó Maria Imaculada,

Tabernáculo Vivo da Divindade,

onde a Eterna Sabedoria escondida quer ser adorada pelos anjos e pelos homens.

- Ave, ó Rainha do Céu e da Terra,

a cujo Império é submetido tudo o que há abaixo de Deus.

- Ave, ó Seguro Refúgio dos pecadores,

cuja misericórdia a ninguém despreza.

- Atendei ao Desejo Santo que tenho da Divina Sabedoria,

e recebei, para isso,

os votos e ofertas apresentados pela minha baixeza.

 

- Eu ........, infiel pecador, renovo e ratifico hoje, nas Vossas mãos, as promessas do meu Batismo:

- Renuncio para sempre a satanás, às suas pompas e suas obras, e

- Dou-me inteiramente a Jesus Cristo, a Sabedoria Encarnada,

para o seguir,

levando a minha cruz,

todos os dias da minha vida.

- E para lhe ser mais fiel do que até agora tenho sido:

- Escolho-Vos hoje, ó Maria,

na presença de toda a Corte Celeste, por minha Mãe e Senhora.

- Entrego-Vos e consagro-Vos, na qualidade de escravo:

  o meu Corpo (com os sentidos: audição, visão, olfato, paladar e tato);

  a minha Alma (com as potências: inteligência, memória, vontade);

 os meus Bens Interiores (orações, méritos, graças, virtudes e satisfações);

   e meus Bens Exteriores (família, trabalho, casa, renda);

  e o próprio valor das minhas obras passadas, presentes e futuras.

- Deixo-Vos pleno e inteiro direito de dispor de mim e de tudo o que me pertence,

sem exceção alguma,

segundo o Vosso agrado e para maior Glória de Deus,

neste tempo,

no Tempo da Prova Dolorosa e Sangrenta da Purificação,

da Grande Tribulação e do Castigo e por toda a Eternidade.

- Recebei, ó Benigníssima Virgem, esta pequenina oferta da minha escravidão:

em união e em honra à submissão que a Sabedoria Eterna quis ter à Vossa Maternidade;

em homenagem ao poder que ambos tendes sobre este vermezinho e miserável pecador;

em ação de graças pelos privilégios com que largamente Vos favoreceu a Trindade Santíssima.

- Protesto que quero,

de hoje em diante e firmemente,

como Vosso verdadeiro escravo,

buscar a Vossa honra e obedecer-Vos em todas as coisas.

- Ó Mãe Admirável,

apresentai-me ao Vosso amado Filho na condição de escravo perpétuo,

a fim de que,

tendo-me resgatado por Vós,

por Vós também me receba propiciamente.

- Ó Mãe de Misericórdia,

concedei-me a graça de obter a Verdadeira Sabedoria de Deus,

e de colocar-me, para isso, entre o número daqueles que:

amais, ensinais, guiais, sustentais e protegeis como filhos e escravos Vossos.

- Ó Virgem Fiel,

tornai-me em tudo um tão perfeito discípulo,

imitador e escravo da Sabedoria Encarnada,

Jesus Cristo, Vosso Filho,

que eu chegue um dia,

por Vossa intercessão e a Vosso exemplo,

à plenitude da sua idade na Terra e da Sua glória no Céu.

Amém.

Assim seja.

Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem Maria
São Luis Maria Grignion de Monfort

Nota 1:
Culto especial ao Mistério da Encarnação
§243. Quarta prática de devoção. Terão especial devoção ao grande mistério da Encarnação do Verbo, celebrado no dia 25 de março. É o mistério próprio desta Devoção, visto que ela foi inspirada pelo Espírito Santo:
1º. Para honrar e imitar a inefável dependência que o Filho de Deus quis ter de Maria, para glória de seu Pai e para nossa salvação. Esta dependência manifesta-se duma maneira particular neste mistério, em que Jesus Cristo está cativo e escravo no seio de Maria Santíssima, e onde depende d'Ela em todas as coisas.
2º. Para agradecer a Deus as graças incomparáveis que deu a Maria e, particularmente, por a ter escolhido para sua tão digna Mãe, escolha que se realizou neste mistério.
- Estes são os dois fins principais da escravidão de Jesus Cristo em Maria.



Nota 2:
Uma Perfeita Renovação dos Votos do Santo Batismo
§126. Como disse, a “Verdadeira Devoção A Santíssima Virgem Maria” podia muito justamente chamar-se uma “Renovação perfeita dos votos ou promessas do Santo Batismo”.  Todo cristão:
  • Antes do Batismo, era escravo do demônio, pois lhe pertencia.
  • Depois de receber o Batismo renunciou solenemente, pela própria boca ou pelas de seu padrinho e sua madrinha, a satanás, às suas pompas e às suas obras. Assim tomou a Jesus Cristo por seu Mestre e Soberano Senhor, a fim de depender d'Ele na qualidade de escravo de amor.
- É o que se faz pela presente Devoção:
  • renuncia-se (como está expresso na fórmula da consagração), ao demônio, ao mundo, ao pecado e a si mesmo, dando-se inteiramente a Jesus Cristo pelas mãos de Maria. E ainda se faz mais, porque no Batismo fala-se habitualmente pela boca de outra pessoa, isto é, do padrinho e da madrinha. A entrega a Jesus Cristo é feita por intermediários. Mas nesta Devoção damo-nos por nós mesmos, voluntariamente, com conhecimento de causa.
Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem Maria 
São Luis Maria Grignion de Monfort

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Renovação dos Votos do Batismo

Uma Perfeita Renovação dos Votos do Santo Batismo
§126. Como disse, esta Devoção podia muito justamente chamar-se uma renovação perfeita dos votos ou promessas do Santo Batismo.
- Todo cristão, antes do Batismo, era escravo do demônio, pois lhe pertencia.
- Ao receber este sacramento renunciou solenemente, pela própria boca ou pelas de seu padrinho e sua madrinha, a satanás, às suas pompas e às suas obras. Assim tomou a Jesus Cristo por seu Mestre e Soberano Senhor, a fim de depender d'Ele na qualidade de escravo de amor. É o que se faz pela presente Devoção:
  • renuncia-se (como está expresso na fórmula da consagração), ao demônio, ao mundo, ao pecado e a si mesmo, dando-se inteiramente a Jesus Cristo pelas mãos de Maria. E ainda se faz mais, porque no Batismo fala-se habitualmente pela boca de outra pessoa, isto é, do padrinho e da madrinha. A entrega a Jesus Cristo é feita por intermediários. Mas nesta Devoção damo-nos por nós mesmos, voluntariamente, com conhecimento de causa.
- No Batismo não nos damos a Jesus Cristo pelas mãos de Maria, ao menos de maneira expressa, e não damos a Jesus Cristo o valor das nossas boas obras. Ficamos, depois de recebido o sacramento, com plena liberdade de aplicar aquele valor a quem quisermos ou de o reservarmos para nós. Por esta Devoção, porém, damo-nos expressamente a Nosso Senhor pelas mãos de Maria, e consagramos-lhe o valor de todas as nossas ações.

§127. Diz Santo Tomás: “Os homens fazem no Batismo voto de renunciar ao demônio e às suas pompas”. E, segundo Santo Agostinho, é este o maior e mais indispensável dos votos, em que prometemos permanecer em Cristo. O mesmo dizem os canonistas:
“O principal voto é aquele que fazemos no Batismo”.
- No entanto, quem é que guarda este grande voto? 
- Quem cumpre fielmente as promessas do Santo Batismo? 
- Não é verdade que quase todos os cristãos quebram a fidelidade prometida a Jesus Cristo no seu Batismo? 
- Donde provirá este desregramento universal, senão do esquecimento em que se vive das promessas e compromissos do Batismo, e do fato de que quase ninguém ratifica por si mesmo o contrato de aliança que fez com Deus por meio de seus padrinhos!

§128. Isto é muito verdade. O Concílio de Sens foi convocado por ordem de Luís, o Bondoso, para remediar as grandes desordens dos cristãos. Ora, este concílio entendeu que a principal causa dessa corrupção de costumes provinha do esquecimento e da ignorância em que se vivia das promessas do Batismo. E não encontrou melhor meio para remediar tão grande mal que o de levar os cristãos a renovar os votos e promessas do Santo Batismo.

§129. O Catecismo do Concílio de Trento, fiel intérprete das intenções deste santo concílio, exorta os párocos a fazer o mesmo:
“Levem os seus fiéis a recordar e crer que estão ligados e consagrados a Nosso Senhor Jesus Cristo como escravos ao seu Redentor e Senhor”.

§130. Ora, os concílios, os Padres da Igreja e até a experiência mostram-nos que o melhor meio para remediar os desregramentos dos cristãos é lembrar-lhes as obrigações do seu Batismo e fazer-lhes renovar os votos que nele emitiram.
- Portanto, não é bastante razoável que o façamos agora duma maneira perfeita, mediante esta Devoção e consagração a Nosso Senhor por meio de sua Mãe Santíssima? Digo duma maneira perfeita porque, ao consagrarmo-nos a Jesus Cristo, nos servimos do mais perfeito de todos os meios, que é a Santíssima Virgem.

Respondendo a algumas objeções
§131. Não se pode objetar que esta Devoção seja nova ou indiferente.
- Não é nova, pois os concílios, os Padres e vários outros autores, antigos e modernos, falam desta Devoção a Nossa Senhora, ou renovação dos votos do Batismo, como de coisa praticada antigamente, e que aconselham a todos os cristãos.
- Não é indiferente ou sem importância, porque a principal fonte de todas as desordens, e logo, da condenação dos cristãos, vem do esquecimento e do abandono desta prática.

§132. Poderá alguém dizer que esta Devoção, fazendo-nos dar a Nosso Senhor, pelas mãos da Santíssima Virgem, o valor de todas as nossas boas obras, orações, mortificações e esmolas, nos impossibilita de socorrer as almas de nossos parentes, amigos e benfeitores.

- Em primeiro lugar, respondo que não é de crer que os nossos amigos, parentes ou benfeitores sejam prejudicados pelo fato de nos termos dedicado e consagrado sem reservas ao serviço de Nosso Senhor e da sua Santa Mãe. Pensá-lo seria fazer uma injúria ao poder e à bondade de Jesus e Maria, que saberão muito bem socorrer os nossos parentes, amigos e benfeitores com o nosso pequeno tesouro espiritual, ou por outros meios.

- Em segundo lugar, esta prática não impede que se reze pelos outros, quer sejam vivos ou mortos, embora a aplicação das nossas boas obras dependa da vontade da Santíssima Virgem.
- Mas, pelo contrário, levar-nos-á a orar com mais confiança, precisamente como uma pessoa rica que tivesse entregado toda a sua fortuna a um grande príncipe, para o honrar melhor, suplicaria com mais confiança a este príncipe que desse esmola a algum dos seus amigos que lha pedisse.
- Daria até prazer ao príncipe por proporcionar-lhe assim ocasião de mostrar seu reconhecimento para com uma pessoa que se despojou para o revestir, e que se fez pobre para o honrar.
- O mesmo se deve dizer de Nosso Senhor e da Santíssima Virgem: nunca se deixarão vencer em gratidão.

§133. Dirá talvez outro, se dou à Santíssima Virgem todo o valor das minhas ações para que o aplique a quem quiser, será talvez preciso que sofra muito tempo no Purgatório.
- Esta objeção, que nasce do amor próprio e da ignorância acerca da liberalidade de Deus e da Virgem destrói-se por si mesma.
- Uma alma fervorosa e generosa, que preza mais os interesses de Deus que os seus; que dá a Deus, sem reservas, tudo o que tem, sem poder dar mais; que só anseia pela glória e pelo Reino de Jesus por Maria; que se sacrifica inteiramente para o conseguir; essa alma generosa e liberal haverá de ser castigada no outro mundo por ter sido mais liberal e mais desinteressada do que as outras?
- De modo algum: é para com essa alma, como veremos mais adiante, que Nosso Senhor e sua Santa Mãe são mais liberais neste mundo e no outro na ordem da natureza, da graça e da glória.

§134. É necessário vermos agora, o mais brevemente possível, os motivos que nos devem tornar recomendável esta Devoção, os maravilhosos efeitos que produz nas almas fiéis, e as suas práticas.
Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem Maria / São Luis Maria Grignion de Monfort