Mostrando postagens com marcador Desejo Santo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Desejo Santo. Mostrar todas as postagens

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Cristo, Ama-lo na Eucaristia

1. Nosso Salvador, sabendo ter chegado a hora de partir deste mundo, antes de morrer por nós, quis deixar-nos a maior prova possível de seu amor. Foi precisamente este dom do Santíssimo Sacramento. Diz S. Bernardino: “As provas de amor que se dão na hora da morte ficam mais firmemente na memória e se prezam mais”. Dai o costume de os amigos, ao morrer, deixarem algum presente, uma peça de roupa, um anel, às pessoas que amaram na vida, como recordação de sua amizade.
- Mas vós, Jesus, partindo deste mundo, o que nos deixastes em memória de vosso amor?
Não uma veste, um anel, mas o vosso corpo, o vosso sangue, a vossa alma, a vossa divindade, vós mesmo, todo, sem reservas. “Deu-se todo não reservando nada para si” diz S. João Crisóstomo.

2. Neste dom da Eucaristia –Diz o Concilio de Trento- Cristo quis derramar todas as riquezas do amor que reservava para os homens. Ele quis fazer esse presente aos homens precisamente na noite em que os homens lhe preparavam a morte. Como diz S. Paulo: “Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e depois de dar graças, partiu-o e disse: isto É o meu corpo que é entregue por vós” (ICor 11, 23-24).
- Diz S. Bernardino de Sena que Jesus Cristo, abrasado de amor por nós e não satisfeito de preparar-se para dar sua vida pela nossa salvação, foi constrangido pelo excesso de seu amor a fazer uma obra maior: dar-nos, como alimento o seu próprio corpo.

3. S. Tomás chama este sacramento “Sacramento de amor, prova de amor”.
- Sacramento de amor, porque só o amor o levou a dar-se todo nele.
- Prova de amor para que nós, se alguma vez duvidarmos de seu amor, tenhamos neste sacramento uma prova.
- É como se nos dissesse o Redentor quando nos deixava este dom:
            Homens, se algum dia duvidarem de meu amor, eis que eu lhes deixo a mim mesmo neste sacramento. Com tal garantia na mão, não podem ter dúvidas de que eu os amo e os amo muito!
- S. Bernardo chama este sacramento: “Amor dos amores”. É que este dom compreende todos os outros que o Senhor nos fez: a criação, a redenção, o destino ao céu.
- A Eucaristia não é só garantia do amor de Jesus Cristo, mas é também garantia do paraíso que ele nos quer dar... no qual, nos é dada a garantia da glória futura, diz a Igreja.
- Por isso S. Felipe Neri não sabia chamar a Jesus Cristo na Eucaristia senão com o nome de “amor”. Quando lhe foi levado o viático, ouviram-no exclamar: “Eis o meu amor, dai-me o meu amor”.

Invenções de Deus
4. O Profeta Isaias queria que se manifestassem a todos s invenções encontradas por Deus para fazer-se amar pelos homens (12,4). E quem teria imaginado se ele mesmo não o tivesse feito, que o Verbo Encarnado se esconderia sob as espécies do pão para se fazer nosso alimento? Não parece uma loucura, diz S. Agostinho, dizer: comei minha carne, bebei o meu sangue?
- Quando Jesus Cristo revelou a seus discípulos esse sacramento, que nos queria deixar, eles não puderam acreditar. Retiraram-se dizendo: “Como pode ele nos dar a comer sua carne? Esta palavra é dura; quem pode escuta-la? (Jo 6, 53.61)
- Mas o que os homens não podiam pensar nem acreditar, pensou-o e o fez o grande amor de Jesus Cristo. “Tomai e comei” –disse aos discípulos e por eles a todos nós, antes de morrer!
- “Tomai e comei!” Mas que alimento será esse, ó Salvador do mundo, que, antes de morrer nos quereis dar?
- “Depois de dar graças, partiu-o e disse: isto É o meu corpo, que é entregue por vós”. Este alimento não é terreno, sou eu mesmo que me dou todo a vós!

Disposições e Efeitos
12. O Concilio de Trento nos ensina que a comunhão é o remédio que nos livra dos pecados veniais e nos preserva dos mortais: “Remédio pelo qual somos livres das falhas cotidianas e preservados dos pecados mortais”
- Diz-se que somos livres das falhas cotidianas porque, segundo S. Tomás, por meio deste sacramento, o homem é estimulado a fazer atos de amor e por eles se apagam os pecados veniais. Somos preservados dos pecados mortais, porque a comunhão confere o aumento da graça que nos preserva das culpas graves. Por isso escreveu Inocêncio III:
“Jesus Cristo com sua Paixão nos livrou do poder do pecado,
mas com a Eucaristia nos livra do poder de pecar”.
13. Além disso, este sacramento inflama de modo especial as pessoas no amor de Deus: “Deus é amor”. 
- É fogo que consome todos os afetos terrenos em nossos corações: “É fogo devorador”.
- O Filho do Homem veio precisamente acender este fogo de amor em cada um de nós. “Vim trazer fogo a terra, e que DESEJO, senão que ele se acenda?” (João 4,8). Que chamas de amor acende Jesus Cristo em todo aquele que devotamente o recebe neste sacramento!
- S. Catarina de Sena imaginava Jesus Sacramentado nas mãos do sacerdote como se fosse um globo de fogo e a santa admirava-se de não ficarem abrasados e consumidos todos os corações dos homens.
- S. Rosa de Lima, depois da comunhão impressionava a todos que dela se aproximavam por sua grande piedade e recolhimento.
- Conta-se também que S. Venceslau ao visitar as Igrejas, onde estava o Santíssimo Sacramento, transformava-se exteriormente a ponto de chamar atenção de quem o seguia. Por isso diz S. João Crisóstomo: “O Santíssimo Sacramento é o fogo que nos inflama  de modo que, retirando-nos do altar, espargimos tais chamas de amor que nos tornam terríveis ao inferno.”

14. Dizia a esposa em Cânticos: “Ele me introduziu numa adega”. Escreveu S. Gregório de Nissa que a comunhão é exatamente essa adega de vinho em que a pessoa fica inebriada do amor de Deus, de tal modo que esquece e perde de vista todas as coisas criadas. É aquele morrer de amor mencionado em Cânticos: Estou enferma de amor” (2, 4.5)
- Não comungo com frequência, dirá alguém, porque me vejo frio no amor de Deus. Responde Gerson: Porque você se sente frio, tanto mais você deve se achegar a este sacramento, se é que tem verdadeiro DESEJO de amar a jesus Cristo!
- S.Boaventura escreve: Ainda que friamente, aproxime-se confiando na misericórdia de Deus. Tanto mais uma pessoa precisa do médico, quanto mais se sente doente. Também dizia São Francisco de Sales: “Duas espécies de pessoas devem comungar com frequência: os perfeitos, para se conservarem na perfeição, e os imperfeitos para chegarem a perfeição.
- Mas, para comungar frequentemente é preciso, ao menos ter um grande DESEJO de fazer-se santo e crescer no amor a Jesus Cristo. “Quando você for comungar, DESEJE todo aquele amor que jamais um coração teve para comigo, e eu receberei este seu amor como você gostaria que fosse; é o que nos diz o Senhor (S. Matilde).

A Prática de amor a Jesus Cristo Cap II– Santo Afonso Maria de Ligório

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Sacramentos, disposições da alma

- Diretamente para a alma, deixei na Santa Igreja, os Sacramentos, eles são alimentos para a alma:
* Enquanto espirituais, os Sacramentos, se destinam a alma;
* Quando são recebidos apenas materialmente, não produzem a vida da graça.

- Os Sacramentos supõem que o homem os receba com disposições espirituais e desejo santo:
* O desejo santo não provem do corpo, mas da alma;
* Embora ministrados através do corpo, quem os recebe é o desejo da alma.

(O Diálogo-Santa Catarina de Sena, pg320)

OS SACRAMENTOS:
- São forças que saem do Corpo de Cristo, sempre vivo e vivificante;
- São ações do Espírito Santo operante no Corpo de Cristo, que é a igreja;
- São obras primas de Deus na Nova e Eterna Aliança. CIC 1116;1127;1129
Destinam-se:
- A santificação dos homens;
- A edificação do Corpo de Cristo;
- Ao culto a ser prestado a Deus;
- A instrução. CIC 1123
É:
- Sinal rememorativo daquilo que antecedeu – A Paixão de Cristo;
- Sinal demonstrativo daquilo que em nós é realizado pela Paixão de Cristo, a Graça;

- Sinal prenunciador da Glória futura. CIC 1130

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Vontade de Deus

Vontade de Deus
- Todos os que nascem e vivem neste mundo passam por fadigas corporais e espirituais. Sim, também os meus servidores padecem nos seus corpos; mas em seus espíritos não, porque suas vontades estão identificadas com a minha.
- O que faz o homem sofrer é a vontade.
- Sabe qual é a grande felicidade dos santos? É possuir a vontade satisfeita em todas as suas aspirações:
Ao desejar-me, possuem-me, tendo deixado o peso do corpo que produzia a lei que luta contra o espírito.
- Na vida terrena, o corpo impedia o perfeito conhecimento da Verdade e minha visão face a face. Separando-se do corpo, a vontade dos bem-aventurados realiza-se: ao desejo de ver-me corresponde a visão, e com ela, a beatitude:
Vendo, conhecem-me; conhecendo, amam-me; amando, saboreiam-me; saboreando, realizam-se quanto ao desejo de me ver e conhecer.
Desejando, possuem; possuindo, desejam.
- O sofrimento está distante do desejo e o fastio da saciedade. Como vês, meus servidores são felizes, especialmente na visão celeste. Ela satisfaz seus desejos, sacia suas vontades. Neste sentido afirmei que a vida eterna consiste na posse das coisas que a vontade deseja, isto é, conhecer-me, ver-me.
- Já a partir desta vida meus servidores gozam da eternidade, ao saborearem a causa de sua felicidade.
- E qual é tal causa? Respondo: é a certeza da minha presença em suas vidas, é o conhecimento da minha Verdade. Tal conhecimento se realiza na inteligência, que é o olho da alma; pupila de tal olho é a fé.
- Pela iluminação da fé, eles distinguem, conhecem e seguem a estrada mensagem do Verbo encarnado. Sem a fé, ninguém reconhece tal estrada, à semelhança daquele que possuísse o olho, mas coberto por um pano. Sim a pupila deste olhar é a fé; nada verá quem cobrir sua inteligência com o pano da infelicidade, por causa do egoísmo. Tal pessoa terá a inteligência, mas não a luz para conhecer.
- Portanto, tais pessoas vendo, conhecem; conhecendo, amam; amando, afogam e destroem a vontade própria; tendo-a destruído, revestem-se da minha vontade, a qual deseja unicamente a vossa santificação.
- Neste sentido meus servidores não padecem no espírito, mas somente no corpo.
O querer sensível já morreu, ele que é a fonte de sofrimento e dor para o homem.

- Destruída essa ‘vontade’ sensível, o sofrimento desaparece e meus servidores tudo passam a tolerar com respeito. Consideram como graça as dificuldades que permito, só desejam o que eu desejo. Quando deixo que os demônios os atormentem com tentações para provar suas virtudes eles as superam com a intervenção da vontade, por mim fortalecida. Humilham-se, consideram-se indignos de sossego e merecedores de castigo. Vivem, pois, na alegria, sem sofrer.
- Nas perseguições e adversidades provenientes dos homens, na pobreza ou rebaixamento de posição social, na morte de filhos e pessoas amadas –espinhos produzidos pela terra depois do pecado de Adão- meus servidores tudo suportam com discernimento e fé. Confiam em mim, Bondade Suprema, certos de que somente quero o bem e para o seu bem tudo permito com amor.

O Diálogo-Santa Catarina de Sena , pg105

sábado, 16 de novembro de 2013

Reescrever minha história


O sonho de Deus
- Desde o começo, Deus tinha um sonho.
- Seu sonho era restaurar o homem à plena comunhão com Ele, o seu Criador.
- Jesus foi a resposta a esse sonho.
- Todos os homens piedosos que, ao longo dos séculos, escreveram a Bíblia, registraram vislumbres desse sonho, incluindo-os em seus escritos.
- Por isso, em toda a Bíblia –desde a criação até o nascimento de Jesus- podemos ver os autores bíblicos se referindo a esse sonho messiânico.

Jesus, então, é o tema central da Bíblia.
  • Abraão viu seu reflexo em Melquizedeque, Rei de Salém, ou Rei da Paz.
  • Jacó o chamou de Silo, o enviado.
  • Para Moisés Ele foi o Cordeiro da Páscoa, Aquele que seria levantado.
  • Para Josué Ele foi o Capitão da nossa Salvação.
  • Rute O viu como o Parente Resgatador.
  • Samuel O retratou como Nosso Rei.
  • Davi O chamou de Leão de Judá e Bom Pastor.
  • Para Salomão Ele é o Amado.
  • Esdras e Neemias O viram como o Restaurador.
  • Para Ester Ele é o nosso Advogado.
  • disse que Ele era o seu Redentor.
  • Isaías O descreveu como o Servo Sofredor.
  • Jeremias O viu como O Grande Oleiro.
  • Ezequiel O chamou de Filho do Homem.
  • Daniel O chamou de Príncipe e Pedra.
  • Oséias O comparou a um marido restaurando Sua esposa caída.
  • Para Joel Ele era o Restaurador.
  • Amós O viu como o Lavrador Celestial.
  • Para Abadias Ele era o Salvador.
  • Jonas O retratou como a Ressurreição e a vida.
  • Miquéias O chamou de Testemunha.
  • Para Naum Ele era Fortaleza no dia da angústia.
  • Habacuc O chamou de Deus da Minha Salvação.
  • Para Sofonias Ele era o Senhor Zeloso.
  • Ageu disse que Ele era o Desejado das nações.
  • Zacarias O denominou Renovo de Justiça.
  • Malaquias O chamou de Sol de Justiça.
  • João Batista, por fim, proclamou:
“Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.

- Estes acontecimentos foram refletidos e aprofundados.
- Os pais contavam a seus filhos, de geração a geração.
- Aos poucos, começaram a escrever; a Bíblia começou a ser formada.
- Aos poucos estes escritos foram colecionados; assim, hoje, temos um livro que nos conta a descoberta de Deus pelo povo da Bíblia.

- Temos na Bíblia a revelação de Deus. Deus nos fala por meio dela.
- A Bíblia ilumina os acontecimentos de hoje e nos ajuda a interpretá-los.
- A Bíblia foi escrita por muitas pessoas diferentes e há muito tempo, mas ela é sempre a Boa Nova, sempre o livro atual, seja no passado, presente ou futuro.

- Tudo o que se passou conosco está escrito em nosso livro de vida. Não podemos apagar nada. Talvez, até aqui não tenhamos escrito nada valoroso, apenas alguns rabiscos, mas nada profundo.
- Precisamos assumir: temos sido maus escritores e é necessário reescrever nossa história sem receio de assinar embaixo.
- Perdoar-nos por ter escrito a história da nossa própria vida de forma errada.

- A Bíblia nos ensina a reescrever nossa história, pois no tempo de nossa ignorância de conhecimento de Deus ficamos dispersos e fomos levados pelos “...joguetes das ondas, agitados por todo vento de doutrina, presos pela artimanha dos homens e da sua astúcia que nos induz ao erro.
MAS, seguindo a verdade em amor, cresceremos em tudo em direção àquele que é a cabeça, Cristo”.(Efésios 4,14s)

Colocando em prática
- É realmente surpreendente, até mesmo misterioso, considerar que o Deus transcendente do céu e da terra queira comunicar-se comigo, um minúsculo grão de areia neste imenso universo.
- Por mais incrível que pareça, é verdade.
- Deus quer falar conosco, especialmente através de Sua Palavra.
- Ele não grita, nem nos força a parar em nossa vida cheia de pressa.
- Ele apenas nos convida a reescrever nossa história n’Ele e com Ele:
“Levá-lo-ei ao deserto e falarei ao seu coração” (Oséias 2,16)

A Liturgia Diária é o ‘caminho ao deserto’; além dela poderá também exercitar-se nesta Palavra durante 7-dias:
  • 1º dia- Isaias 55, 1-3.10.11 A Palavra que sair de minha boca não voltará a mim sem fazer seu efeito.
  • 2º dia- Jeremias 7, 1-15-Enquanto Eu vos falava...vós não me escutastes.
  • 3º dia- Jeremias 23, 16-29 Não é Minha Palavra como fogo e como martelo?
  • 4º dia- Oséias 6, 1-6 Palavra punidora de Deus que quer amor e não sacrifícios.
  • 5º dia- Sabedoria 18, 14-16 Do alto do céu, a Vossa Palavra onipotente.
  • 6º dia- Salmo 8 Senhor, nosso soberano, quão admirável o Vosso Nome.
  • 7º dia- Salmo 19 Narram os céus a glória de Deus.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Orar sem cessar

O que é oração?
“A oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria”. (Santa Terezinha do Menino Jesus)
“A oração é a elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus dos bens convenientes” (São João Damasceno)

A vida de oração
- A oração é a vida do coração novo e deve nos animar a cada momento.
- Nós, porém, esquecemo-nos daquele que é nossa Vida e nosso Tudo. Por isso os Padres espirituais insistem na oração como "recordação de Deus", como um despertar frequente da "memória do coração":
"E preciso se lembrar de Deus com mais frequência do que se respira".
- Mas não se pode orar "sempre", se não se reza em certos momentos, por decisão própria: são os tempos fortes da oração cristã, em intensidade e duração.
- A oração não se reduz ao surgir espontâneo de um impulso interior:
para rezar é preciso querer.
- A Igreja propõe aos fiéis ritmos de oração destinados a nutrir a oração continua.

Orar sem cessar ou jaculatórias
"A oração mental, a meu ver, é apenas um relacionamento íntimo de amizade em que conversamos muitas vezes a sós com esse Deus por quem nos sabemos amados" (Santa Teresa de Jesus).
- A oração mental busca "aquele que meu coração ama". É Jesus e, nele, o Pai. Ele é procurado porque desejá-lo é sempre o começo do amor, e é procurado na fé pura, esta fé que nos faz nascer dele e viver nele. Na oração, podemos ainda meditar; contudo, o olhar se fixa no Senhor.
- A meditação mobiliza:
·         o pensamento,
·         a imaginação,
·         a emoção
·         e o desejo.
- Essa mobilização é necessária para:
  • aprofundar as convicções de fé,
  • suscitar a conversão do coração e
  • fortificar a vontade de seguir a Cristo.
- A oração cristã procura meditar de preferência "os mistérios de Cristo", como na "lectio (leitura) divina" ou no Rosário. Esta forma de reflexão orante é de grande valor, mas a oração cristã deve procurar ir mais longe: ao conhecimento de amor do Senhor Jesus, à união com Ele.

- Em nosso dia a dia e a cada batida de nosso coração é possível ‘orar sem cessar’ para que nossa vida esteja, em todas as circunstancias, mergulhada no mistério de Cristo. Eis alguns exemplos:
- Ao acordar (Salmo 117,24):
“Este é o dia que o Senhor fez, exultemos e alegremo-nos nele.”
- Pedindo o Espírito Santo (MSM-Movimento Sacerdotal Mariano):
“Vinde Espírito Santo, vinde por meio da poderosa intercessão do Imaculado Coração de Maria Vossa amadíssima esposa” 3x

- Ao deitar-se (Santa Josefa):
“Senhor, tomai e recebei: minha liberdade, minha vontade, minha memória e minha inteligência”, pois se sou ou tenho alguma coisa foi de vós que recebi.

- Medo do futuro, envolvido demais com as coisas do mundo e com os contra valores cristãos propostos pelo mundo (Efésios 4,14; CIC 2726s) como:
- Consumismo (tendência a comprar exageradamente ou além da necessidade);
- Corrupção (cuidados com o mundo e a sedução das riquezas terrenas sufocando a Palavra Mt 13);
- Hedonismo (considerar o prazer como objetivo de vida-msm080989);
- Relativismo (ato de afirmar que as verdades que cremos –morais, religiosas, etc-.variam conforme a época, lugar, grupo social ou indivíduos).
- Permissivismo (tudo posso, faço, ouço e vejo tudo o que quero, tudo experimento em minha vida. Contrario a Palavra de Deus que diz: “Tudo posso, mas nem tudo me convém”)
“Senhor, salva-nos, estamos perecendo” (Mateus 8,25)

- Nas necessidades, angustias, fraquezas e impotências (2ªCor 12, 1-10):
“Quando sou fraco, então que sou forte”

- Quando for rezar por um doente (João 11, 3):
“Senhor, aquele que amas está doente”

- Quando faltar humildade (Lucas 18, 9-14):
“Kyrie Eleison!” = “Senhor, tende piedade de mim, sou pecador”
- Para aumentar a confiança em Deus [terço da misericórdia (Santa Faustina)]:
“Jesus, eu confio em Vós”

“Oh Sangue e água que jorrastes do coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós, eu confio em Vós”

“Deus santo, Deus forte, Deus imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro”

- Ato Incessante de amor (Santa Consolata):
“Jesus, Maria, amo-Vos, salvai almas.”

- Exorcismo (se possível aspergindo água benta no local ou objeto):
“Levanta-te Deus, intercedendo a Bem Aventurada sempre Virgem Maria, São José seu castíssimo esposo, São Miguel Arcanjo e todas as milícias celestes e sejam dispersos todos aqueles que vos odeiam.
Em nome do Pai do Filho e do Espirito Santo.”

“Ave Maria, virgem poderosa, Imaculada Conceição, Rainha das vitórias, que vossas lágrimas de sangue destruam os poderes do inferno, assim seja.

- Pedindo a vinda do Senhor (Apocalipse 22, 20):
Maranatha = “Vem, Senhor Jesus!”

- Rezar por aqueles que não conhecem o amor de Deus (Do Anjo aos Pastorinhos de Fátima: Francisco, Jacinta e Lúcia)
“Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu Vos adoro profundamente; e vos ofereço o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, presente em todos os Sacrários da terra em reparação pelos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido.
E pelos merecimentos infinitos do seu Santíssimo Coração e pela intercessão do Imaculado Coração de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.
- Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos; peço-Vos perdão por aqueles que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam, amém.


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Impureza

- É dever dos meus ministros ficar junto a cruz de Cristo pelo desejo santo, trabalhando pela minha glória e pela salvação dos homens.
- Embora se trate de uma obrigação geral dos cristãos, com maior razão a isso devem dedicar-se aqueles que escolhi para ministrar o Sangue de Cristo Crucificado pelo exemplo de uma vida santa, pelo trabalho a favor dos homens segundo o exemplo de Meu Filho, conformados nos sofrimentos e no desejo santo.
- Os pecados cometidos ultrapassam aqueles da fraqueza natural, que a razão pode dominar quando a vontade o quer. Esses infelizes, não somente não refreiam tal tendência, mas fazem algo de muito pior e caem no vicio contra a natureza.
- São cegos e estúpidos, cuja inteligência obnubilada não percebe a baixeza em que vivem. Desagrada-me este ultimo pecado, pois SOU A PUREZA ETERNA.
- Ele me é tão abominável, que somente por sua causa fiz desaparecer cinco cidades (Conforme Sabedoria 10,6; Gênesis 19). Minha justiça não mais consegue suportá-lo. Esse pecado, aliás, não desagrada somente a mim. É insuportável aos próprios demônios, que são tidos como patrões por aqueles infelizes. Os demônios não toleram esse pecado. Não porque desejam a virtude; por sua origem Angélica, recusam-se a ver tão hediondo vício. Eles atiram as flechas envenenadas de concupiscência, mas voltam-se no momento em que o pecado é cometido.

(O Diálogo-Santa Catarina de Sena, pg258)

Pureza completa


- Desejas chegar a pureza completa?
- Desejas livrar-te das preocupações, de modo que teu espírito em nada se escandalize?
- Procura sempre estar unida a mim no amor, pois sou eu a pureza suma e eterna; sou o fogo que purifica o homem.
- Quanto mais alguém se avizinhar de mim, mais puro será; quanto mais distante, mais impuro.
- Quem se une diretamente a mim participará da minha pureza.
- Há uma segunda coisa que deves fazer para atingir tal união e pureza: ao veres ou ouvires, de quem quer que seja, afirmações referentes a mim ou aos homens, não pronuncies julgamentos.
- Diante de um pecado evidente, procura extrair uma rosa de espinheiro. Em outras palavras: oferece tudo a mim com santa compaixão!
- Relativamente as ofensas cometidas contra ti mesma, lembra-te de mim, pois sou eu que permito tais coisas para experimentar tua virtude.
- Recorda-te de que o ofensor foi mero instrumento meu, e que ele age muitas vezes com reta intenção.
 Ninguém tem o direito de julgar o segredo do coração humano.
- Se uma ação não te parecer pecado mortal claro, evidente, não julgues interiormente além de quanto faço Eu, que estou presente naquelas pessoas; se notares um pecado certo, não condenes; procura apenas compadecer-te. Comportando-se deste modo, chegarás a pureza perfeita.
- Teu espírito não se escandalizará, nem por minha causa nem por causa dos homens.
- Quando julgais iníqua a vontade de alguém, como contrária a vós, sem perceber no acontecido um desígnio Meu, nasce em vós uma certa raiva contra aquela pessoa; tal raiva vos afasta de mim e prejudica vosso aperfeiçoamento. Em certos casos, chega a eliminar a graça, conforme a maior ou menor gravidade do rancor concebido contra o irmão no momento de condená-lo.
- Tal é Minha vontade, para vosso bem! Tudo quanto quero ou permito tem uma finalidade:  que atinjais a meta para a qual vos criei! Quem ama o próximo, sempre Me ama; quem Me ama, acha-se unido a Mim.
- Portanto, se desejas realmente atingir a Pureza, deves realizar três coisas principais:
* Unir-te a Mim no amor com a lembrança dos favores recebidos;
* Entender o inestimável amor que vos dedico;
* Não julgar má a vontade alheia, procurando ver nela a Minha vontade.
Eu Sou o Juiz; vós, não! Assim agindo, muito aproveitarás.

(O Diálogo-Santa Catarina de Sena, pg211)