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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Amou-os até o fim

 


Amou-os até o fim

Rubio | Itália.

Quinta feira Santa:

- Filhos prediletos, vivei comigo este dia de quinta feira santa, recolhidos no Cenáculo do Meu Coração Imaculado.

- É o dia da vossa Páscoa.

- É o dia do vosso Sacerdócio.

- Hoje o recordais, reunidos ao redor dos vossos Bispos, na concelebração da Eucaristia, durante a qual renovais as promessas que fizestes no dia da Ordenação Sacerdotal.

- São as promessas da vossa fidelidade a Cristo e a Sua Igreja.

- São as promessas da vossa disponibilidade e da vossa obediência.

- São as promessas do vosso amor total e exclusivo, que vos compromete a amar Jesus e as almas que vos foram confiadas por Ele.

- Todas elas são promessas de vida;

são compromissos de amor.

“Jesus, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13, 1-15)

- É assim que João, o Apóstolo predileto, introduz no seu Evangelho a narração da Instituição da Eucaristia, do Novo Sacrifício e do Novo Sacerdócio.

- Jesus amou-os até o fim.

-Amou-os até o fim, isto é, até o fim de Sua vida, porque a Última Ceia corresponde também a última noite da sua existência humana vivida entre vós:

“Desejei ardentemente comer esta minha Páscoa convosco, antes de padecer”

-Amou-os até o fim, isto é, até ao cume de toda a possibilidade de amor, porque Jesus torna hoje perpétuo o Sacrifício realizado uma só vez no Calvário pela Salvação de todos.

“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por aqueles que ama”

-Amou-os até o fim, isto é, até a extrema exigência imposta pelo amor, que quer a presença da pessoa amada, porque na Eucaristia Jesus permanece sempre convosco, realmente presente com o Seu Corpo Glorioso e Sua Divindade, tal como está no Paraíso, ainda que oculto sob o véu das espécies Eucarísticas.

“Estou sempre convosco, até o fim dos séculos”

-Amou-os até o fim, isto é, até ao limite da vossa miséria e da vossa pobreza, porque no Sacramento da Eucaristia, Jesus, faz-Se uma só coisa convosco, torna-Se carne da vossa própria carne, Sangue do vosso próprio sangue, para vos comunicar a vós, criaturas terrenas, o Dom precioso de Sua Vida Divina.

“Eu Sou o Pão descido do Céu.

Quem comer deste Pão viverá e Eu o ressuscitarei no último dia”

-Amou-os até o fim, isto é, até o Fim dos Tempos, porque a presença entre vós de Cristo em estado de Vitima, em cada Sacrário da terra,

dá-vos segurança e confiança, alegria e esperança no Seu Glorioso retorno.

“Anunciamos, Senhor, a Vossa morte,

proclamamos a Vossa Ressurreição,

na espera de Sua vinda”

- Hoje é o dia do Novo Sacrifício e do Novo Sacerdócio.

- Hoje é o Grande Dia do Amor.

- O Seu Coração Divino abre-Se para vos dar o Seu Novo Mandamento:

“Dou-vos um Mandamento novo;

Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”

- Neste dia, filhos prediletos, peço-vos que renoveis o vosso compromisso de amor para com Jesus, presente na Eucaristia.

- Fazei da Santa Missa o centro de toda a vossa piedade,

o cume da vossa jornada Sacerdotal,

o coração da vossa ação apostólica.

- Celebrai-a com amor, com escrupulosa observância das leis litúrgicas;

vivei-a, participando pessoalmente no Sacrifício que Jesus renova por meio de vós.

- Rodeai de luzes e de flores o Sacrário, onde está custodiado Jesus Eucarístico.

- Ide frequentemente diante do Sacrário para os vossos encontros pessoais de amor com Jesus, que vos espera; que Ele Se torne para vós o único e precioso tesouro que atrai, como um imã, o vosso coração Sacerdotal.

- Voltai a expor Jesus Eucarístico no altar para as solenes horas de adoração e reparação pública, porque a Nova Era levará a um reflorescimento geral do culto Eucarístico em toda a Igreja.

- De fato, o Advento do Reino Glorioso de Cristo coincidirá com o maior esplendor do Seu Reino Eucarístico entre vós.

- Jesus Eucarístico derramará todo o Seu poder de amor, que transformará almas, a Igreja e toda a humanidade.

- Assim, a Eucaristia torna-se sinal de Jesus, que ainda hoje vos ama até o fim, porque vos conduz até o fim destes vossos tempos, para vos introduzir na Nova Era de santidade e de graça, para a qual vos encaminhais todos, e que começará quando Jesus tiver instaurado o Seu Reino Glorioso entre vós.

MSM-Movimento Sacerdotal Mariano / Padre Stefano Gobbi / 12.04.90

Clique aqui e veja também:

Eucaristia, invenção do Amor

Nova Era

Quando o Filho do Homem voltar

 “Senhor, que vosso Amor, Sofrimento e Sangue derramado,

não tenha sido em vão pelas nossas almas e

pelas almas dos Vossos Sacerdotes, Filhos Prediletos de Nossa Senhora.”

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Fim dos Tempos

 

Fim dos Tempos

- Jesus disse:

“Naquele tempo haverá uma grande tribulação,

tal como nunca houve desde o principio do mundo até agora,

nem tornará a haver jamais.

E se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma vida se salvaria.

Mas, por causa dos eleitos, aqueles dias serão abreviados.”  Mateus 24, 21-22

- Nós temos vivido tempos considerados difíceis, ou seja, tempos em que uma confusão foi instalada em nosso meio, não nos entendemos mais, os governos estão mais corruptos do que nunca, não confiamos em mais ninguém, sempre ouvimos murmúrios de guerra aqui ou ali, as ideologias estão devastando a fé de nossos filhos, a perda da fé está cada vez mais comum (apostasia), etc...

- Daí chegamos a conclusão que estamos vivendo o “Final dos Tempos”.

- Porém, jamais saberemos se estamos vivendo o “Final dos Tempos” ou não.

- Se voltarmos na história, veremos 2 grandes guerras que aconteceu e exterminou milhões de pessoas

- Imagine se estivéssemos vivido naqueles tempos, não pensaríamos a mesma coisa que hoje?

Tempo da Misericórdia

- Só saberemos do “Final dos Tempos” depois que acontecer os eventos preliminares que predizem as profecias, porque Deus quer que todos se salvem e graças a oração de muitos o “Tempo da Justiça” de Deus pode ser adiado de acordo com sua misericórdia:

“Como vós outrora fostes desobedientes a Deus e agora obtivestes misericórdia... assim também eles agora são desobedientes... a fim de que eles também obtenham misericórdia no tempo presente. Deus encerrou todos na desobediência para a todos fazer misericórdia” Romanos 11, 30

Tempo dos sinais

- Dentre alguns “Sinais” que Jesus indica como sendo a proximidade do “Final dos Tempos”; Ele sinaliza a Apostasia, ou seja, perda da fé:

“Quando o Filho do Homem voltar, encontrará fé sobre a terra?” Lucas 18, 8

E se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma vida se salvaria.

Mas, por causa dos eleitos, aqueles dias serão abreviados.” Mateus 24, 21-22

- Nossa Senhora também nos alerta a anos sobre diversos acontecimentos que estão acontecendo e que nos coloca a pouco tempo do fim:

Clique aqui e veja: As duas asas da grande águia

O número dos eleitos de Deus

- De acordo com alguns textos, Deus haverá de aguardar o número dos eleitos se completar:

“E se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma vida se salvaria.

Mas, por causa dos eleitos, aqueles dias serão abreviados” Mt 24,22

“Até quando, ó Senhor santo e verdadeiro, tardarás a fazer justiça,

Vingando nosso sangue contra os habitantes da terra?

A Cada um deles foi dada, então, uma veste branca e foi-lhes dito, também, que repousassem por mais um pouco de tempo, até que se completasse o número dos seus companheiros e irmãos, que iriam ser mortos como eles” (Ap 6, 10-11) 

Tempo das Tribulações

- As tribulações haverá de ser para todos, crentes e descrentes.

- A diferença está na consciência de cada um:

·         O Crente crê na Palavra de Deus, aguarda seu retorno e na renovação de todas as coisas, sofre as demoras de Deus com paciência e perseverança.

·         O Descrente acredita que o mundo vai acabar por meio de catástrofes naturais ou através de uma Terceira Grande Guerra, o sofrimento é motivo de blasfêmia a Deus, culpando-O de todas as misérias que vivemos.

A paciência e a fé dos santos no “Tempo da Tribulação”

- Nos tempos de tribulação não devemos resistir, mas mantermo-nos fieis aos 10-mandamentos de Deus e não violarmos nenhum deles:

“Se alguém tem ouvidos, ouça.

Se alguém está destinado a prisão, irá para a prisão;

Se alguém deve morrer pela espada, é preciso que morra pela espada.

Aqui está a paciência e a fé dos santos.” Ap 13, 09-10 (Cf. 14,11-12; Sl 5,11; Jr 15,2; Mt 26,52)

Testemunho dos que nos antecederam:

“Deixai-me ser pasto das feras, pelas quais eu chegarei a Deus... Sou trigo de Deus moído pelos dentes das feras” Santo Inácio de Antioquia

“Lá na arena haverá outro dentro de mim que sofrerá por mim, porque é por causa d’Ele que estou sofrendo” Santa Felicidade

Clique aqui de veja também: Constância dos Santos

Refugio físico e espiritual no “Tempo da Tribulação”

- O Apocalipse indica que nos eventos da Grande Tribulação o povo de Deus deve “Sair” da grande cidade “para não serdes cumplices dos seus delitos”.

“E ouvi outra voz do céu, que dizia:

Saí dela, povo meu, para não serdes cúmplices dos seus delitos,

e para não serdes atingidos pelas suas pragas.” Ap 18,4

“Quando, portanto, virdes a abominação da desolação, de que fala o Profeta Daniel, instalada no lugar santo –que o leitor entenda- então,

os que estiverem na Judeia fujam para as montanhas,

aquele que estiver no terraço, não desça para apanhar as coisas da sua casa.

E aquele que estiver no campo não volte atrás para apanhar a sua veste.

Aí daquelas que estiverem grávidas e estiverem amamentando naqueles dias.

Pedi para que a vossa fuga não aconteça no inverno ou num sábado.

Pois naquele tempo haverá uma Grande Tribulação, tal como não houve desde o principio do mundo até agora, nem tornará a haver jamais.” Mateus 24, 15-22

- Na medida do possível seria bom se tivermos para onde nos refugiar, porque, naqueles tempos, haverá fome, guerras, catástrofes naturais e perseguições.

Enquanto estamos vivendo o “Tempo dos Sinais” o que devemos fazer?

1º Mantermos fieis a Santa Igreja Católica Apostólica Romana.

2º Fieis aos 10-Mandamentos de Deus no seguro refúgio do Imaculado Coração de Maria.

3º Mantermo-nos em estado de Graça; Sacramentos em dia.

Principalmente a Virtude da Pureza.

Clique aqui para ler: Pureza e Impureza

4º Não permitir a marca na mão ou na fronte.

Clique aqui para ler A marca na fronte e na mão

5º Consagrar-se no refúgio seguro do Imaculado Coração de Maria

Clique aqui para ler: “Oração de Consagração ao Imaculado Coração de Maria e Renovação das Promessas Batismais.”

 

segunda-feira, 24 de março de 2014

Maria na Eucaristia

Modo de praticar a “Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem Maria” na Comunhão Eucarística.

Antes da Comunhão
§266. 1º. Humilhar-te-ás profundamente diante de Deus;
2º. Renunciarás ao teu fundo todo corrompido e às tuas disposições, embora o teu amor próprio as faça parecer boas;
3º. Renovarás a tua consagração dizendo: “Todo Vosso sou, ó querida Mãe, e tudo o que tenho é Vosso!(Tuus totus ego sum, et omnia mea tua sunt!);
4º. Suplicarás a esta boa Mãe que te empreste o seu Coração, para n'Ele receberes seu Filho com as disposições d'Ela. Dir-lhe-ás que a glória de seu Filho exige que não seja recebido num coração tão manchado como o teu e tão inconstante, que não tardará a privá-lo da sua glória ou a perdê-lo.
- Mas, se Ela quiser vir habitar no teu coração para receber seu Filho, poderá fazê-lo pelo domínio que tem sobre os corações.
- E seu Filho será assim bem recebido, sem mancha nem perigo de ser ultrajado ou perdido. “Deus não sofrerá nada dentro d'Ela” (Sl 45, 6). Dir-lhe-ás confiadamente que tudo o que lhe ofereceste dos teus bens é bem pouca coisa para honrá-la, mas que desejas dar-lhe, pela Santa Comunhão, o mesmo presente que o Pai Eterno lhe deu, e que, deste modo, Ela será mais honrada do que se lhe oferecesses todos os bens do mundo.
- Finalmente podes dizer-lhe que Jesus a ama muito particularmente, e que ainda quer ter n'Ela as suas complacências e o seu repouso, mesmo que agora seja na tua alma, mais suja e pobre que o estábulo, onde Jesus não pôs dificuldades em vir, porque Ela lá se encontrava.
- Pedir-lhe-ás o seu Coração com estas ternas palavras:
Tomo-Vos como toda a minha riqueza.
Dai-me o Vosso Coração, ó Maria!

Durante a Comunhão
§267. Quando estiveres para receber Jesus Cristo, depois do “Pai-Nosso”, dirás três vezes:
Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo!”
A primeira vez será para dizer ao Pai Eterno que não és digno de receber seu Filho Unigênito, por causa dos teus maus pensamentos e ingratidões para com um Pai tão bom. Mas eis que Maria, a Serva do Senhor, está contigo, representa-te e dá-te uma confiança e esperança singulares junto da Divina Majestade. “Porque me deste uma esperança singular” (Sl 4,10).

§268. A segunda vez dirás ao Filho: “Senhor, eu não sou digno...
- Dir-lhe-ás que não és digno de recebê-lo por causa das tuas inúteis e más palavras, por causa da tua infidelidade ao seu serviço. Entretanto, suplica-lhe que tenha piedade de ti, porque o introduzirás na casa da sua própria Mãe e tua. Diz-lhe que não o deixarás partir sem que venha morar em casa d'Ela:
Detive-o e não o deixarei até o introduzir na casa de minha
Mãe e no quarto daquela que me gerou” (Ct 3, 4).
- Pedir-lhe-ás que se erga e venha descansar no lugar do seu repouso, na arca da sua santificação: “Levantai-Vos, Senhor, entrai no Vosso repouso, tu e a arca da tua santidade” (Sl 131, 8).
- Dir-lhe-ás que não pões nenhuma confiança nos teus méritos, nas tuas forças e preparação, como Esaú, mas nas mãos de Maria, tua querida Mãe, como o jovem Jacó nos cuidados de Rebeca.
- Embora pecador e Esaú que és, ousas aproximar-te da sua santidade apoiado e revestido dos méritos e virtudes de sua Santa Mãe.

§269. A terceira vez dirás ao Espírito Santo: “Senhor, eu não sou digno...” Dir-lhe-ás que não és digno de receber a obra prima da sua caridade, por causa da tibieza e iniquidade das tuas ações e das tuas resistências às suas inspirações, mas que toda a tua confiança está em Maria, sua Fiel Esposa. E dirás com São Bernardo:
“Ela é a minha grande confiança,
é toda a razão da minha esperança!”
- Podes mesmo rogar-lhe que venha mais uma vez a Maria, sua esposa inseparável; que seu seio é tão puro e seu Coração tão abrasado como sempre; e que sem que Ele desça à tua alma, Jesus e Maria nela não poderão ser nem bem formados, nem bem alojados.

Depois da Comunhão
§270. Depois da Santa Comunhão, estando interiormente recolhido,
com os olhos fechados, introduzirás Jesus Cristo no Coração de Maria.
- Tu O darás à sua Mãe, que O receberás amorosamente, O instalará honorificamente, O adorará profundamente, O amará perfeitamente, O abraçará com amor e Lhe tributará, em espírito e verdade, várias homenagens que nos são desconhecidas, a nós, envoltos nessas densas trevas.

§271. Ou então, conservar-te-ás profundamente humilhado no teu coração, na presença de Jesus residindo em Maria. Ou conservar-te-ás como um escravo à porta do palácio do Rei, onde Ele está a falar com a Rainha. E, enquanto Eles falam, sem precisar de ti, irás em espírito ao Céu e pela Terra inteira pedir a todas as criaturas que agradeçam, adorem e amem Jesus em Maria, por ti. “Vinde, adoremos, vinde!” (Sl 94, 6).

§272. Ou então tu mesmo pedirás a Jesus, em união com Maria, a vinda do seu Reino sobre a Terra, por intermédio de sua Santa Mãe. Ou pedirás a Sabedoria Divina, ou o Amor Divino ou o perdão dos teus pecados, ou qualquer outra graça, mas sempre por Maria e em Maria.
- Então dirás, considerando-te com desconfiança: Senhor, não olheis para os meus pecados, mas que os Vossos olhos só vejam em mim as virtudes e os méritos de Maria.
E, recordando-te dos teus pecados, acrescenta: “Foi o inimigo que fez isto!” (Mt 13, 28). Eu mesmo sou o maior inimigo com que tenho de lutar; fui eu que fiz estes pecados. Ou então: “Livrai-me, Senhor, do homem iníquo e doloso!” (Sl 42, 1). “Meu Jesus, é necessário que cresçais na minha alma e que eu diminua!” (Jo 3, 30). Ó Maria, é necessário que cresçais em mim, e que eu seja menor que nunca! “Crescei e multiplicai-vos” (Gn 1, 28): Ó Jesus e Maria, crescei em mim, e multiplicai-Vos fora de mim nos outros.

§273. Há uma infinidade de pensamentos que o Espírito Santo fornece; e te fornecerá, se fores interior, mortificado e fiel a esta Grande e Sublime Devoção que acabo de te ensinar. Mas recorda-te de que quanto mais deixares agir Maria na tua Comunhão, mais Jesus será glorificado. E deixarás agir tanto mais Maria por Jesus e Jesus em Maria, quanto mais profundamente te humilhares e os escutares em paz e silêncio, sem procurar ver, gostar ou sentir. Pois o justo vive, em tudo, da Fé, e particularmente na Sagrada Comunhão, que é um ato de fé: “O meu justo viverá da Fé!” (Hb 10, 38).
Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem Maria

São Luis Maria Grignion de Monfort

sexta-feira, 7 de março de 2014

Eucaristia

Sequencia da postagem “Meditação”
A Eucaristia
            26. O quarto meio para se chegar a perfeição e perseverar na graça de Deus é a comunhão frequente.
- Não se pode fazer nada mais agradável a Jesus Cristo do que recebe-lo muitas vezes na Eucaristia.

- S.Tereza: Não há melhor meio para se chegar a perfeição do que a comunhão frequente. Oh, como o Senhor a vai aperfeiçoando de um modo admirável!
- Falando de uma maneira geral, as pessoas comungam com mais frequência geralmente são mais avançadas na perfeição. Nos mosteiros onde se frequenta ,as a comunhão, ali existe mais amos. Eis porque os santos padres louvaram e incentivaram a comunhão frequente e até diária.
- Concilio de Trento: a comunhão liberta-nos das faltas diárias, protege-nos dos pecados mortais.

- S.Bernardo: diz: A comunhão reprime os movimentos da ira e sensualidade, as duas paixões que mais fortemente e mais vezes nos assaltam. A comunhão destrói as tentações do demônio, dá-nos uma grande inclinação para as virtudes e agilidade em pratica-las, uma grande paz, tornando-nos assim mais fácil e agradável o caminho da santificação.
- De modo especial, nenhum outro sacramento faz crescer tanto o amor de Deus nas almas, como a Eucaristia, onde Jesus se dá todo para nos unir inteiramente a ele através de seu amor.

- S.João Ávila: Quem se afasta da comunhão frequente faz o papel do demônio, porque o demônio tem ódio da Eucaristia, onde as pessoas recebem grande força para progredir no amor de Deus.

            27. Para comungar bem, é preciso fazer uma conveniente preparação. A primeira preparação para se poder comungar bem todos os dias ou muitas vezes durante a semana é:
1.      Evitar toda falta deliberada, isto é, cometida de olhos abertos.
2.      Praticar muita meditação.
3.      Mortificar os nossos sentidos a paixões.
- A preparação mais próxima para a comunhão é tudo isso, mais todas as orações que se fazem antes da comunhão.

            28. Para tirar grandes frutos da comunhão é conveniente fazer depois a ação de graças. O tempo que segue a comunhão é “tempo de ganhar muitas graças de Deus”.

- S.Maria Madalena Pazzi: O tempo mais apropriado para crescermos no amor de Deus é aquele que segue após a comunhão.
- S.Tereza: Não percamos tão boa ocasião de negociar com Deus! Ele não costuma pagar mal a hospedagem, se o recebemos bem.

Fuga da Comunhão
            29. Certas pessoas tímidas, aconselhadas pelo seu confessor a comungar com mais frequência, costumam responder: eu não sou digna.
Não sabes que quanto menos comungas mais indigna te tornas, porque sem a comunhão terás menos força e cairás em mais faltas?
- Obedece ao confessor, deixa-se guiar por ele!  As faltas, quando não plenamente voluntárias, não impedem a comunhão. Das tuas faltas, a maior é a de não obedecer ao teu confessor.

            30. Mas, dirá ainda: Mas eu levei uma vida má no passado!
- Não sabes que tem mais necessidade do médico e dos remédios justamente a pessoa que está mais doente? Jesus na Eucaristia é médico e remédio.
- S.Ambrósio: Eu, que sempre peco, preciso sempre do remédio ao meu alcance. Este pão do céu requer que se tenha fome, ele quer ser DESEJADO. Este pensamento: “Hoje eu comunguei, amanhã eu vou comungar” nos torna atentos pata fugir do pecado e fazer a vontade de Deus!
            Mas eu não sou fervoroso.
- Se falas do fervor sensível, isso não é necessário e Deus nem sempre o dá até mesmo as pessoas mais piedosas. Basta que tenha o fervor de ima vontade resolvida a ser toda de Deus e a progredir no amor de Deus.
- Gerson diz que quem deixa a comunhão por não sentir a devoção que DESEJARIA sentir, faz como aqueles que não se achegam ao fogo porque sentem frio.

            31. Quantas pessoas deixam de procurar a comunhão para não se sentirem obrigadas a viver com maior recolhimento e maior desapego das coisas desta terra. Esse é o motivo verdadeiro porque muitos não comungam com maior frequência. Sabem que a comunhão diária não pode estar junto com o DESEJO de aparecer, com a vaidade no vestir, com o apego aos prazeres da gula, as comodidades, as conversas maldosas. Sabem que deveria haver mais oração, praticar mais mortificações internas e externas, maior recolhimento. É por isso que se envergonham de aproximar mais vezes da comunhão. Sem dúvida, tais pessoas fazem bem em deixar a comunhão frequente enquanto se acham neste estado lastimoso de tibieza. Mas deve sair dessa situação de tibieza quem se sente chamado a uma vida mais perfeita e não quer pôr em perigo a própria salvação eterna.

            32. É também muito bom para se manter com fervor espiritual, fazer frequentemente a “Comunhão espiritual”, louvada pelo Concílio de Trento, que exorta os fiéis a pratica-la. Ela consiste num fervoroso DESEJO de receber a Jesus Cristo na Eucaristia.
- Por isso os santos a faziam varias vezes ao dia.
- O modo de faze-la é este:
“Meu Jesus creio que estais no sacramento da Eucaristia. Amo-vos e DESEJO vos receber; vinde a minha alma. Uno-me a vós e vos peço que não permitais que nunca me separe de vós”.
- Ou então, simplesmente:
“Meu Jesus, vinde a mim, eu quero vos receber para que vivamos intimamente unidos e não vos separeis de mim”

- Este tipo de comunhão espiritual pode ser feito varias vezes ao dia, quando se reza, ou se faz uma visita ao Santíssimo Sacramento ou também na missa quando não se pode comungar.
- A Bem aventurada Agueda da Cruz costumava dizer:
“Se não me tivessem ensinado este modo de comungar muitas vezes ao dia, não sei como poderia viver”


A Prática de amor a Jesus Cristo Cap VIII– Santo Afonso Maria de Ligório

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Cristo, Ama-lo na Eucaristia

1. Nosso Salvador, sabendo ter chegado a hora de partir deste mundo, antes de morrer por nós, quis deixar-nos a maior prova possível de seu amor. Foi precisamente este dom do Santíssimo Sacramento. Diz S. Bernardino: “As provas de amor que se dão na hora da morte ficam mais firmemente na memória e se prezam mais”. Dai o costume de os amigos, ao morrer, deixarem algum presente, uma peça de roupa, um anel, às pessoas que amaram na vida, como recordação de sua amizade.
- Mas vós, Jesus, partindo deste mundo, o que nos deixastes em memória de vosso amor?
Não uma veste, um anel, mas o vosso corpo, o vosso sangue, a vossa alma, a vossa divindade, vós mesmo, todo, sem reservas. “Deu-se todo não reservando nada para si” diz S. João Crisóstomo.

2. Neste dom da Eucaristia –Diz o Concilio de Trento- Cristo quis derramar todas as riquezas do amor que reservava para os homens. Ele quis fazer esse presente aos homens precisamente na noite em que os homens lhe preparavam a morte. Como diz S. Paulo: “Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e depois de dar graças, partiu-o e disse: isto É o meu corpo que é entregue por vós” (ICor 11, 23-24).
- Diz S. Bernardino de Sena que Jesus Cristo, abrasado de amor por nós e não satisfeito de preparar-se para dar sua vida pela nossa salvação, foi constrangido pelo excesso de seu amor a fazer uma obra maior: dar-nos, como alimento o seu próprio corpo.

3. S. Tomás chama este sacramento “Sacramento de amor, prova de amor”.
- Sacramento de amor, porque só o amor o levou a dar-se todo nele.
- Prova de amor para que nós, se alguma vez duvidarmos de seu amor, tenhamos neste sacramento uma prova.
- É como se nos dissesse o Redentor quando nos deixava este dom:
            Homens, se algum dia duvidarem de meu amor, eis que eu lhes deixo a mim mesmo neste sacramento. Com tal garantia na mão, não podem ter dúvidas de que eu os amo e os amo muito!
- S. Bernardo chama este sacramento: “Amor dos amores”. É que este dom compreende todos os outros que o Senhor nos fez: a criação, a redenção, o destino ao céu.
- A Eucaristia não é só garantia do amor de Jesus Cristo, mas é também garantia do paraíso que ele nos quer dar... no qual, nos é dada a garantia da glória futura, diz a Igreja.
- Por isso S. Felipe Neri não sabia chamar a Jesus Cristo na Eucaristia senão com o nome de “amor”. Quando lhe foi levado o viático, ouviram-no exclamar: “Eis o meu amor, dai-me o meu amor”.

Invenções de Deus
4. O Profeta Isaias queria que se manifestassem a todos s invenções encontradas por Deus para fazer-se amar pelos homens (12,4). E quem teria imaginado se ele mesmo não o tivesse feito, que o Verbo Encarnado se esconderia sob as espécies do pão para se fazer nosso alimento? Não parece uma loucura, diz S. Agostinho, dizer: comei minha carne, bebei o meu sangue?
- Quando Jesus Cristo revelou a seus discípulos esse sacramento, que nos queria deixar, eles não puderam acreditar. Retiraram-se dizendo: “Como pode ele nos dar a comer sua carne? Esta palavra é dura; quem pode escuta-la? (Jo 6, 53.61)
- Mas o que os homens não podiam pensar nem acreditar, pensou-o e o fez o grande amor de Jesus Cristo. “Tomai e comei” –disse aos discípulos e por eles a todos nós, antes de morrer!
- “Tomai e comei!” Mas que alimento será esse, ó Salvador do mundo, que, antes de morrer nos quereis dar?
- “Depois de dar graças, partiu-o e disse: isto É o meu corpo, que é entregue por vós”. Este alimento não é terreno, sou eu mesmo que me dou todo a vós!

Disposições e Efeitos
12. O Concilio de Trento nos ensina que a comunhão é o remédio que nos livra dos pecados veniais e nos preserva dos mortais: “Remédio pelo qual somos livres das falhas cotidianas e preservados dos pecados mortais”
- Diz-se que somos livres das falhas cotidianas porque, segundo S. Tomás, por meio deste sacramento, o homem é estimulado a fazer atos de amor e por eles se apagam os pecados veniais. Somos preservados dos pecados mortais, porque a comunhão confere o aumento da graça que nos preserva das culpas graves. Por isso escreveu Inocêncio III:
“Jesus Cristo com sua Paixão nos livrou do poder do pecado,
mas com a Eucaristia nos livra do poder de pecar”.
13. Além disso, este sacramento inflama de modo especial as pessoas no amor de Deus: “Deus é amor”. 
- É fogo que consome todos os afetos terrenos em nossos corações: “É fogo devorador”.
- O Filho do Homem veio precisamente acender este fogo de amor em cada um de nós. “Vim trazer fogo a terra, e que DESEJO, senão que ele se acenda?” (João 4,8). Que chamas de amor acende Jesus Cristo em todo aquele que devotamente o recebe neste sacramento!
- S. Catarina de Sena imaginava Jesus Sacramentado nas mãos do sacerdote como se fosse um globo de fogo e a santa admirava-se de não ficarem abrasados e consumidos todos os corações dos homens.
- S. Rosa de Lima, depois da comunhão impressionava a todos que dela se aproximavam por sua grande piedade e recolhimento.
- Conta-se também que S. Venceslau ao visitar as Igrejas, onde estava o Santíssimo Sacramento, transformava-se exteriormente a ponto de chamar atenção de quem o seguia. Por isso diz S. João Crisóstomo: “O Santíssimo Sacramento é o fogo que nos inflama  de modo que, retirando-nos do altar, espargimos tais chamas de amor que nos tornam terríveis ao inferno.”

14. Dizia a esposa em Cânticos: “Ele me introduziu numa adega”. Escreveu S. Gregório de Nissa que a comunhão é exatamente essa adega de vinho em que a pessoa fica inebriada do amor de Deus, de tal modo que esquece e perde de vista todas as coisas criadas. É aquele morrer de amor mencionado em Cânticos: Estou enferma de amor” (2, 4.5)
- Não comungo com frequência, dirá alguém, porque me vejo frio no amor de Deus. Responde Gerson: Porque você se sente frio, tanto mais você deve se achegar a este sacramento, se é que tem verdadeiro DESEJO de amar a jesus Cristo!
- S.Boaventura escreve: Ainda que friamente, aproxime-se confiando na misericórdia de Deus. Tanto mais uma pessoa precisa do médico, quanto mais se sente doente. Também dizia São Francisco de Sales: “Duas espécies de pessoas devem comungar com frequência: os perfeitos, para se conservarem na perfeição, e os imperfeitos para chegarem a perfeição.
- Mas, para comungar frequentemente é preciso, ao menos ter um grande DESEJO de fazer-se santo e crescer no amor a Jesus Cristo. “Quando você for comungar, DESEJE todo aquele amor que jamais um coração teve para comigo, e eu receberei este seu amor como você gostaria que fosse; é o que nos diz o Senhor (S. Matilde).

A Prática de amor a Jesus Cristo Cap II– Santo Afonso Maria de Ligório

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Sacramentos, disposições da alma

- Diretamente para a alma, deixei na Santa Igreja, os Sacramentos, eles são alimentos para a alma:
* Enquanto espirituais, os Sacramentos, se destinam a alma;
* Quando são recebidos apenas materialmente, não produzem a vida da graça.

- Os Sacramentos supõem que o homem os receba com disposições espirituais e desejo santo:
* O desejo santo não provem do corpo, mas da alma;
* Embora ministrados através do corpo, quem os recebe é o desejo da alma.

(O Diálogo-Santa Catarina de Sena, pg320)

OS SACRAMENTOS:
- São forças que saem do Corpo de Cristo, sempre vivo e vivificante;
- São ações do Espírito Santo operante no Corpo de Cristo, que é a igreja;
- São obras primas de Deus na Nova e Eterna Aliança. CIC 1116;1127;1129
Destinam-se:
- A santificação dos homens;
- A edificação do Corpo de Cristo;
- Ao culto a ser prestado a Deus;
- A instrução. CIC 1123
É:
- Sinal rememorativo daquilo que antecedeu – A Paixão de Cristo;
- Sinal demonstrativo daquilo que em nós é realizado pela Paixão de Cristo, a Graça;

- Sinal prenunciador da Glória futura. CIC 1130

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Faculdades da Alma e Jesus Eucarístico

Faculdades da Alma e Jesus Eucarístico
- Conduzo-vos a uma habitual intimidade de vida, de amor, de adoração, de agradecimento e de reparação a Jesus, presente na Eucaristia.

- Com o impulso da fé que vos ilumina, com a chama de amor que vos consome, com a força de amantes sinceros, de sentinelas vigilantes, vós deveis ir além das aparências, para experimentar na alma a presença de Jesus na Eucaristia, porque, sob o alvo véu de cada Hóstia Consagrada, Jesus está realmente presente entre vós.
- Vós não O podeis ver; 
é como se estivésseis aqui e Ele estivesse atrás de uma porta fechada.
- Há entretanto este diafragma, que vos impede de vê-lo com os olhos, de escuta-lo com os ouvidos, de comunicar-vos com Ele, através dos sentidos externos do corpo.
- Vós deveis ir além das aparências, para entrar em comunhão com Jesus, através das Potências da Alma: Inteligência, Vontade, Amor.

- A inteligência vos faz ver Jesus no esplendor de seu corpo glorioso, como apareceu a Mim depois de sua ressurreição: 
todo luz, com o rosto encantador, com os cabelos dourados, com seus olhos de um azul intenso, com seus pés, que tanto caminharam por vós, ainda iluminados pelas chagas que os transpassaram, com um sorriso de uma bondade infinita e com o Seu Coração ferido, do qual brotava uma fonte luminosa de amor e de graça. 
- Vede-O com a luz do intelecto, no esplendor da Sua Divindade. 
- Jesus se vos revelará ainda mais, se comunicará muito mais convosco e, assim, O contemplareis de uma maneira mais bela do que se O pudésseis ver com os sentidos do corpo.

- A vontade vos orienta a fazer sempre o seu divino querer. 
- Como uma bússola se direciona para o pólo norte, assim a vossa vontade é atraída pelo Seu querer irresistivelmente.
- Quando, alguma vez, disso vos afastais, quase sem perceber-vos existe em vós uma força que vos dirige na direção certa, porque a vossa vontade está absorvida por sua Divina Vontade.
- Então a vossa mente torna-se sempre mais iluminada, porque vós pensais como Ele pensa, quereis aquilo que Ele quer e, assim, viveis numa intimidade de vida com Jesus que, na vossa existência sacerdotal, cumpre ainda hoje a sua divina missão de fazer a vontade do Pai:
“Eu venho, ó Deus, para fazer a Tua Vontade. 
Não a minha, mas a tua Vontade seja feita.”
- No amor sois atraídos irresistivelmente pelo seu Coração Divino e Misericordioso.
- Filhinhos Meus, o vosso coração mergulhe completamente no seu Coração Eucarístico, para que possais entrar numa pessoal intimidade de vida com Ele.
- Assim, Jesus toma o vosso pequeno coração, abre-o, dilata-o, enche-o do Seu amor. 
- Ele ama em vós e vós amais n’Ele a assim estais sempre mais imersos no estupendo redemoinho da sua divina e perfeita caridade.
Movimento Sacerdotal Mariano, msm 31.03.88
Veja Também:

domingo, 8 de dezembro de 2013

Eucaristia, invenção de amor

- Para dar provas da Minha ternura e ficar com eles até a consumação dos séculos quis tornar-Me seu alimento, seu amparo, sua vida e seu tudo.
- Ah, quanto quereria dar a conhecer a todas as almas os sentimentos do Meu Coração e compenetrá-las do amor que Me abrasava quando no Cenáculo institui o Sacramento da Eucaristia.
- Vi, através dos séculos, todas as almas que se alimentariam do Meu Corpo, se desalterariam no Meu Sangue e os frutos Divinos que daí haveriam de colher...
- Em quantos corações este Sangue Imaculado seria semente de pureza e de virgindade...
- Em quantos outros Ele atearia a chama da caridade e do zelo...
- Quantos mártires de amor se agrupavam naquela hora diante dos Meus Olhos e no Meu Coração...
- Quantas almas, enfraquecidas por numerosos pecados e pela violência das paixões voltariam a Mim e recuperariam o seu vigor, nutrindo-se do Pão dos fortes.

- Quem poderá penetrar os sentimentos que transbordavam em Mim então? Sentimentos de alegria, de amor e de ternura!...Mas quem poderá compreender também a amargura que invadiu o Meu Coração.
- A Eucaristia é invenção de Amor. É Vida e força para as almas; Remédio para todas as fraquezas; Viático para a passagem do tempo a eternidade.
- Na Eucaristia os pecadores encontram vida para suas almas...os tíbios, calor verdadeiro;...os fervorosos, repouso e saciedade para seus desejos;...os perfeitos, asas para se elevarem a maior perfeição;...as almas puras, mel dulcíssimo e o mais delicado alimento.
De Jesus a Josefa da Sociedade do Sagrado Coração

no Livro “Apelo ao amor” página 363-377.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Sacrifício Verdadeiro

- Quem seria suficientemente louco para crer que Deus necessita dos sacrifícios que lhe são oferecidos?
- O culto que se presta a Deus beneficia o homem e não a Deus.
- Não é a fonte que se beneficia quando dela se bebe, nem a luz quando a vemos.
- Não há senão um modo de compreender os sacrifícios oferecidos por nossos pais: eles eram o sinal daquilo que se cumpria em nós mesmos, isto é, nossa adesão a Deus.
- O sacrifício visível é o sacramento ou sinal sagrado do sacrifício invisível.

- O verdadeiro sacrifício é tudo aquilo que fazemos para estar unidos a Deus, para estar em comunhão com Ele.
- O próprio homem, quando consagrado ao nome de Deus e vivendo para Deus, é um sacrifício. E também nosso corpo, quando, por Deus, nós o dominamos pela temperança, quando não nos oferecemos ao mal, é um sacrifício.
- É a isso que nos conclama o apóstolo Paulo:
“Exorto-vos, portanto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais vossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus: esse é o vosso culto espiritual” Romanos 12, 1-2

- Dai deriva que todo o povo resgatado, isto é, a comunhão e a comunidade dos santos, é o sacrifício universal oferecido a Deus pelo sumo sacerdote, Ele que, em sua Paixão, se ofereceu a si mesmo por nós, para que nos tornássemos o seu corpo.
- Foi sua condição de homem que Ele ofereceu, é segundo essa condição humana que Ele é mediador, é nela que Ele é sacerdote, é nela que Ele é sacrifício.
- Eis portanto o sacrifício dos cristãos: todos juntos, um só corpo em Cristo. É esse o mistério que a Igreja celebra tão amiúde no sacramento do altar, onde lhe é mostrado que, naquilo que ela oferece, é ela que está sendo oferecida.

Santo Agostinho, Cidade de Deus X, 5-6

O Espírito, Fogo do Céu

- O Corpo de Cristo é um “corpo espiritual”, o local de um Pentecostes perpétuo.
- Em Cristo, a Igreja é a Igreja do Espírito Santo.
- A Celebração Eucarística, que constitui a Igreja, está inteiramente estruturada com base na epiclese, essa súplica que o sacerdote –e com ele o povo- dirige a Deus para que Ele envie o seu Espírito Santo “sobre nós e sobre estes dons”, isto é, o pão e o vinho.
- E a primeira e original epiclese  é a do Senhor ressuscitado “elevando-se” a direita do Pai e intercedendo junto a Ele para que Ele envie o sopro e o fogo de Pentecostes a Igreja expectante.

Na medida em que a comunhão eucarística nos integra ao Corpo de Cristo, 
nós entramos no lugar –o único sem obstáculos- em que a
‘vida na morte’ se transforma em ‘vida no espírito’.
É como cantam os que acabam de comungar:
“Nós recebemos o Espírito Celestial!”

- Na liturgia siríaca, a eucaristia é chamada ‘espírito e fogo’.
- Viver em Cristo significa viver no Espírito e do Espírito, o “Espírito Vivificante”, (personificação) da vida mais forte do que a morte, no qual devemos: respirar, amar e conhecer, pacificar e unificar nossa existência, todas as nossas faculdades e até os nossos sentidos.

- Nessa perspectiva, “vida espiritual” não significa outra coisa do que “vida no Espírito Santo”.
- E é todo o nosso ser, até mesmo em sua forma corporal, que o Sopro deve vivificar.

Clement, La Douloureuse - Joie, 5-6

sábado, 9 de novembro de 2013

Jesus, Fiel Pelicano

Jesus, o bom Pelicano
- A figura do pelicano é baseada no fato de que, em tempos de fome, a mãe pelicano arranca suas penas do peito e alimenta seus filhotes com o próprio sangue. Esta figura é amplamente usada para representar o sacrifício expiatório de Cristo. Pois Cristo voluntariamente derramou seu sangue para nos dar perdão e salvação. O pelicano é o símbolo do sacrifício abnegado e da caridade universal.
- Jesus derramou e derrama todos os dias no sacrifício da missa, o seu sangue quando pelas palavras da instituição da Eucaristia, na consagração, o pão e o vinho se transubstanciam-se no seu corpo e no seu sangue para nos alimentar. Alimentar aqueles que têm fome e sede.
- Nosso Salvador, limpa no seu sangue todo o pecador!
- Dele uma só gota lava todo o mal, faz do mundo, lúcido cristal.
"Minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida".(Jo 6,55)
- "A devoção a Eucaristia é a mais nobre de todas as devoções, porque tem o próprio Deus por seu objeto; é a mais salutar, porque dá o próprio autor da graça; e é a mais suave, pois suave é o Senhor". (São Pio X, o Papa da Eucaristia)
- "A Eucaristia é o sacramento do amor, significa o amor, produz o amor." (São Tomás)
­ "O Senhor confiou-nos o seu Corpo e o seu Sangue em coisas tais que são reduzidas a unidade a partir de muitas outras, porque o pão é um, embora conste de muitos grãos, e o vinho é feito a partir de muitas uvas". (Santo Agostinho)
- "Pela virtude do Sacramento da Eucaristia a alma faz uma refeição espiritual por deleitar-se e inebriar-se pela doçura da bondade divina, segundo o Cântico dos Cânticos. Amigos, comei, bebei, inebriai-vos ó caríssimos". (Suma Teológica III a)
- A Eucaristia é Deus no meio de nós. É o Senhor Jesus presente nos sacrários de nossas Igrejas, com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
- É o verdadeiro "Emanuel" , isto é "Deus Conosco".(Mt.1,23)
- "Achareis tudo na Eucaristia: a palavra de conforto, a ciência, os milagres. Sim, até os milagres". (S.Pedro Julião Eymard)
- "Jesus, alimento das almas fortes, fortalecei-me, purificai-me, divinizai-me". (Santa Gema Galgani)
Fonte: Vários Eucaristia
  
Jesus: Pão da Vida Eterna
- Ao tomarmos consciência de nossa missão de cristãos, gostaria muito que voltássemos nossos olhos à Santa Eucaristia, até Jesus que, presente entre nós, tem-nos constituído como membros seus:
"Vós sois o corpo de Cristo e membros unidos a outros membros"
- Nosso Deus decidiu permanecer no Sacrário para alimentar-nos, para fortalecer-nos, para divinizar-nos, para dar eficácia à nossa tarefa e a nosso esforço. Jesus é simultaneamente o semeador, a semente e o fruto da terra: o Pão da Vida Eterna.
- Este milagre, continuamente renovado, da Sagrada Eucaristia, tem todas as características da forma de atuar de Jesus.
- Perfeito Deus e perfeito homem, Senhor dos Céus e terra, oferece-se como sustento, da maneira mais natural e ordinária. Assim espera nosso amor, desde até quase dois mil anos. É muito tempo e não é muito tempo: porque, quando há amor os dias voam.
- Vem a mim, memória una, encantadora poesia galega, uma dessas Cantigas de Afonso X, o Sábio.
- A legenda de um monge que, em sua simplicidade, suplicou à Santa Maria poder contemplar o céu, ainda que fosse por um instante apenas. A Virgem acolheu seu desejo, e o bom monge foi trasladado ao paraíso. Quando retornou, não reconhecia a nenhum dos moradores do monastério: sua oração, que a Ele lhe havia parecido brevíssima, havia durado três séculos. Três séculos não são nada, para um coração amante.
- Assim explico eu esses dois mil anos de espera do Senhor na Eucaristia. É a espera de Deus, que ama aos homens, que nos busca, que nos quer tal como somos – limitados, egoístas, inconstantes –, mas com a capacidade de descobrir seu infinito carinho e de entregar-nos inteiramente a Ele.
- Por amor e para ensinar-nos a amar, Jesus veio à terra e fez-se um entre nós na Eucaristia. "Amando os seus que viviam no mundo, amou-os até o fim"; com essas palavras, começa São João sua narração do que sucedeu aquela véspera da Páscoa, em que Jesus – refere-nos São Paulo –
"tomou o pão, e dando graças, o partiu e disse: tomai e comei; isto é o meu corpo, que será entregue por vós; fazei isto em memória de mim. E da mesma maneira o cálice, ao fim da ceia, dizendo: este cálice é o sangue da nova aliança; fazei isto quantas vezes o bebereis, em memória de mim".
Escritos de São Jose Maria Escrivá.

Música “Fiel Pelicano”
Fiel Pelicano milagre supremo de amor
Eucaristia meu Deus e Senhor
Banhado de sangue a Ti toda glória e eterno louvor
Glória, glória
Glória, glória
Um Deus que é tão grande se faz tão pequeno assim
Só por amor pra chegar até mim
Que seja assim que venha até mim
E eu vou Te dar glórias
Oração
Eu te adoro com afeto, Deus oculto, que te escondes nestas aparências.
A ti sujeita o meu coração por inteiro e desfalece ao te contemplar.

A vista, o tato e o gosto não te alcançam, mas só com o ouvir-te firmemente creio.
Creio em tudo o que disse o Filho de Deus, nada mais verdadeiro do que esta Palavra da Verdade.

Na cruz estava oculta somente a tua divindade, mas aqui se esconde também a humanidade.
Eu, porém, crendo e confessando ambas, peço-te o que pediu o ladrão arrependido.

Tal como Tomé, também eu não vejo as tuas chagas, mas confesso, Senhor, que és o meu Deus; faz-me crer sempre mais em ti, esperar em ti, amar-te.

Ó memorial da morte do Senhor, pão vivo que dás vida ao homem,
faz que meu pensamento sempre de ti viva, e que sempre lhe seja doce este saber.

Senhor Jesus, Terno Pelicano, lava-me a mim, imundo, com teu sangue, do qual uma só gota já pode salvar o mundo de todos os pecados.

Jesus, a quem agora vejo sob véus, peço-te que se cumpra o que mais anseio: que vendo o teu rosto descoberto, seja eu feliz contemplando a tua glória.

Amém.

Clique aqui e veja também:

Ato de Consagração ao Imaculado Coração de Maria

Tempo do Espírito Santo

Tudo já foi revelado

Anúncio dos três Anjos

“Senhor, que vosso Amor, Sofrimento e Sangue derramado,

não tenha sido em vão pelas nossas almas e

pelas almas dos Sacerdotes, Filhos Prediletos de Nossa Senhora.”