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sábado, 9 de setembro de 2017

Getsêmani e seus ensinamentos


- Vamos ao Getsêmani e enche tua alma com os sentimentos de tristeza e amargura que inundaram a Minha.

Aprendei de Mim (Mateus 11,28)
- Depois de ter pregado as multidões, curado doentes, restituído vista aos cegos, ressuscitado mortos...
- Depois de ter vivido três anos no meio de meus Apóstolos para forma-los e ensinar-lhes Minha Doutrina...
- Acabei finalmente por lhes mostrar com Meu exemplo, a se amarem e a se suportarem mutuamente, a praticarem caridade uns para com os outros, lavando-lhes os pés e tornando-Me seu alimento.

Entrega e Sacrifício
- Era chegada a hora em que o Filho de Deus feito homem, Redentor do gênero humano, ia derramar o Sangue e dar a Vida pelo mundo.
- Foi então que quis pôr-Me em oração e entregar-Me a Vontade de Meu Pai.
- Almas caríssimas, Aprendei de Mim, Vosso Modelo, que a única coisa necessária, quaisquer que sejam as revoltas da natureza, é entregar-vos e sacrificar-vos humildemente com um ato supremo da vontade, ao cumprimento da Vontade de Deus, seja em que circunstância for.

Oração antes da ação
- Aprendei de Mim que toda ação importante deve ser precedida de oração e por ela vivificada, pois é na oração que a alma alcança fortaleza para as horas difíceis.
- É pela oração que Deus se comunica, aconselha e inspira, mesmo sem que a alma o sinta.
- Retirei-Me ao Jardim de Getsêmani, isto é, a solidão.
- Assim a alma há de procurar a seu Deus, longe de tudo, dentro de si mesma.
- Para O encontrar há de impor silencio a todas as agitações da natureza, tantas vezes em luta contra a graça.
- Há de fazer calar os raciocínios do amor próprio ou da sensualidade, que procuram abafar as inspirações da graça e se opõem ao encontro de Deus.

- Tomei comigo Três dos meus Discípulos para ensinar que as Três Potências da Alma devem acompanhar-vos na oração:
  • Recorde-vos a Vossa Memória as Perfeições e os Benefícios de Vosso Deus, Sua Misericórdia, Seu Amor, Seu Poder, Sua Bondade.
  • O Vosso Entendimento procure os meios de corresponder a tantas graças maravilhosas que multiplicou para vós.
  • A Vossa Vontade fortaleça-se com o desejo de fazer mais e melhor por Ele... de trabalhar pela salvação das almas, quer no labor apostólico, quer no silencio e na oração de uma vida humilde e oculta.
- Submetei a Vossa Vontade a Vontade de Deus... Adorai Seus Desígnios para convosco, sejam quais forem... e todo o vosso ser se prostre como convém a criatura diante do Criador.
- Foi assim que Eu Me ofereci para realizar a Obra da Redenção do mundo.

Agonia sem morte (Lucas 22,44)
- No mesmo instante vi cair sobre Mim todos os tormentos da Minha Paixão, as calunias e os insultos, os açoites e a coroa de espinhos, a sede, a cruz.
- Todas estas dores se acumularam diante de Meus olhos e ao mesmo tempo a multidão de ofensas, de pecados e de crimes que se cometeriam no decurso dos séculos.
- Não somente Os vi, mas senti-Me revestido de todos esses horrores.
- E sob este fardo de ignomínias, apresentei-Me a Meu Pai Santíssimo para implorar Misericórdia.
- Então senti precipitar-se sobre Mim a cólera de um Deus ofendido e irritado e ofereci-Me como fiador. Eu, Seu Filho, para aplacar Sua ira e satisfazer a Sua Justiça.
- Mas, sob o peso de tantos crimes, experimentei na Minha natureza humana tal angústia e tão mortal agonia que todo o Meu corpo ficou coberto com um suor de Sangue.
- Oh! Pecadores, que Me fazeis sofrer assim. Dar-vos-á este Sangue salvação e vida? Ou ficará perdido para vós?
- Como exprimir Minha dor, pensando neste suor, nestas angústias, nesta agonia, neste Sangue, inúteis para tantas e tantas almas.
  
Consolar e ser consolado
- Venho revelar-te os sentimentos de Meu Coração, mas também repousar-Me no meio de vós.
- Ah, que alegria Me dão as almas que sabem receber-Me com júbilo... porque as visito ora para consolá-las, ora para nelas procurar consolo. Mas elas nem sempre Me reconhecem, mormente quando tem que sofrer.
“Quando sofres, é Meu consolo e Meu repouso.
Quando repousas, Sou Eu que te guardo” (182)

Desperta, tu que dormes (Efésios 5,14)
- Aproxima-Te de Mim e quando Me vires submerso num oceano de tristeza, vem comigo procurar os três discípulos que deixei a alguma distância.
- Tinha-os escolhido para repousar ao pé deles, associando-os a Minha prece e a Minha Angústia.
- Como dizer o que sofreu o Meu Coração quando, indo procurá-los os encontrei adormecidos?  Que mágoa para quem ama, ver-se só e sem poder confiar nos seus.
- Quantas vezes Meu Coração sofre com esta dor, e quantas vezes procurando alívio junto de suas Almas escolhidas, as encontra adormecidas.
- Em vão tento despertá-las, arrancá-las a si mesmas e as preocupações pessoais, aos entretenimentos inúteis e frívolos. Muitíssimas vezes respondem-Me, com atos, se não com palavras:
  • Agora não posso, tenho muito que fazer, estou muito cansada, preciso de um pouco de sossego.
- Então, insistindo suavemente, digo a essa alma:
  • Vem um momento, vem orar comigo, agora é que tenho necessidade de ti, não receies sacrificar esse descanso por Mim, pois serei Eu tua recompensa.
- Recebo a mesma resposta.
- Pobre alma adormecida, que não pode velar uma hora comigo.
  
É vão o socorro humano (Salmo 107, 13)
- Aprendei de Mim, almas queridas, como é inútil e vão procurar alívio junto das criaturas.
- Ao pé delas, muitas vezes não encontrareis senão acréscimo de sofrimento, pois estão dormindo e não respondem nem a vossa expectativa, nem ao vosso amor.

Meu Pai
- Voltando depois a Minha oração, prostei-Me de novo, adorei o Pai e implorei-Lhe socorro.
- Não Lhe disse: “Meu Deus” mas “Meu Pai”.
- Quando o vosso coração sofre mais, deveis também chamar a Deus Vosso Pai.
- Suplicai-Lhe que vos ajude, expondo-Lhe os vossos sofrimentos, os vossos temores, os vossos desejos, e, com os gemidos da vossa dor, recordai-Lhe que sois sua filha, seu filho.
- Dizei-Lhe:
  • que vosso corpo está extenuado,
  • que vosso coração está opresso até a morte,
  • que vossa alma parece experimentar o suor de sangue.
- Orai com confiança de filha e esperai tudo dAquele que É Vosso Pai.
- Ele próprio vos consolará e vos dará a força necessária para atravessar a tribulação ou o sofrimento, seja este vosso ou das almas que vos são confiadas.
- Minha alma, triste e desamparada ia sofrer angústia ainda mais mortal, pois sob o peso das iniquidades dos homens e em troca de tanto padecimento e de tanto amor só via Eu ultrajes e ingratidões.

Sangue Divino! Méritos infinitos!
- O Sangue que escorria por todos os Meus poros e que daí a pouco havia de jorrar de todas as minhas feridas seria inútil para muitíssimas almas, muitas se perderiam, outras, em maior número, Me ofenderiam, e grandes multidões nem sequer Me conheceriam.
- Eu derramaria Meu Sangue por todas e Meus Méritos seriam oferecidos a cada uma; Sangue Divino! Méritos infinitos! Inúteis entretanto para tantas e tantas almas.
- Sim, por todas derramaria Meu Sangue e todas seriam amadas com grande Amor:
·         Mas para algumas quanto seria mais terno, mais delicado, mais ardente este Amor. Dessas almas escolhidas esperava Eu mais consolo e amor, mais generosidade e abnegação; em uma palavra, mais correspondência as Minhas Bondades.
·         Mas ai! Quantas vi, naquele momento, desviarem-se de Mim; fecharem umas os ouvidos a Minha voz; outras ouvirem-na sem a seguirem; outras, corresponderem por algum tempo, com certa generosidade mesmo, ao Apêlo de Meu Coração, depois adormecerem pouco a pouco, e um dia chegarem a dizer-Me por sua obras:
o   Já trabalhei bastante, fui fiel aos pormenores de minhas obrigações, dominei minha natureza, vivi na abnegação; agora preciso de um pouco mais de liberdade, já não sou criança. Tantas privações, tanta vigilância, não são mais necessárias, bem posso largar tal coisa que me incomoda, etc...
- Pobre alma! Começas a adormecer?
- Dentro em pouco voltarei e, no teu sono, não me ouvirás.
- Virei oferecer-Te Minha Graça e não a receberás.
- Terás algum dia força para despertar?
- Não é para temer que, tendo ficado por longo tempo sem alimento, te enfraqueças e não possas mais sair de tua letargia.
- Almas que amo, sabei que muitos foram surpreendidos pela morte no meio de profundo sono.
- Onde e como acordaram?
- Tudo isso estava diante de Meus olhos e de Meu Coração.
- Que fazer?
- Recusar?
- Pedir ao Pai que Me livrasse dessa angústia?
- Representar-Lhe a inutilidade de Meu Sacrifício para tantas almas?
- Não!
- Submeti-Me novamente a Sua Vontade Santíssima, aceitei o Cálice para esgotá-lo até as fezes.
  
Não recuse o sofrimento
- Assim procedi para ensinar-Vos a não recuar diante do sofrimento.
- Nunca julgueis inútil, mesmo se não virdes o seu resultado:
  • Submetei o vosso juízo e deixai que a Vontade Divina opere e se cumpra em vós.
- Eu não quis recuar nem fugir, e, sabendo que ali naquele Jardim viriam prender-Me os inimigos. De lá não arredei o pé.

Os traidores
- Depois de ter sido reconfortado pelo Enviado de Meu Pai (Lucas 22,43), vi que se aproximava Judas, um dos Meus Doze Apóstolos e atrás dele vinham os que haviam de apoderar-se de Mim.
- Estavam armados com bordões e pedras, traziam correntes e cordas para Me prender e amarrar.
- Levantei-Me e indo-lhes ao encontro, disse-lhes: “A quem procurais?”
- Então Judas, pondo as mãos sobre os Meus ombros, beijou-Me!
- Ah! Judas, que fazes e que significa este ósculo?
- A quantas almas não posso Eu dizer também. Que fazeis? Por que Me atraiçoais com um ósculo?

Reuniões perigosas
- Alma que amo, que acabas de Me receber, que Me repetes os protestos do teu amor; mal sais da Minha presença, logo Me entregas aos Meus inimigos?
- Bem sabes que nessa reunião que te atrai, há conversas que Me ferem e tu, que Me recebeste pela manhã e Me receberás talvez no dia seguinte, perdes ali a brancura preciosa de Minha Graça.

Negócios ilícitos
- Porque levas adiante esse negócio que te enegrece as mãos? Direi a outra.
- Não sabes que não é licito o modo por que adquires essa fortuna, como te elevas a essa posição e como procuras esse bem estar?
- Tu Me recebes e Me beijas como Judas, depois, dai a alguns instantes, ou quando muito, daí a algumas horas, és tu mesmo que dás sinal aos Meus inimigos para que me reconheçam e se apoderem de Mim.
  
Amizade perigosa
- Também Me dirijo a ti, alma Cristã, que Me atraiçoas com essa amizade perigosa.
- Não só Me acorrentas e Me lapidas, mas és causa de que outra Me atraiçoe também.
- Por que Me entregas assim? Tu que Me conheces e que mais de uma vez te tens gloriado da tua piedade e da tua caridade?
- Sem dúvida, poderias recolher com elas grande mérito mas na realidade, que são senão véu que encobre tua malícia?

Almas escolhidas
- Amigo, por que vieste?
- Judas! Com um beijo traiste o Filho de Deus, Teu Mestre e Teu Senhor. Aquele que te ama e está pronto a te perdoar ainda... tu, um dos Meus Doze... um dos que se sentaram a Minha Mesa e aos quais lavei Eu próprio os pés.
- Quantas vezes posso e devo falar assim as almas mais caras a Meu Coração.
- Alma querida! Porque te deixas arrastar por esta paixão?
- Porque lhe deixas campo livre?
- Não está sempre em teu poder te livrares dela, mas só te peço combate-la, lutar e resistir-lhe.
- Que são os prazeres momentâneos? Senão os trinta dinheiros por que Judas Me vendeu e que só serviram para perdição?
- Quantas almas Me te vendido e Me venderão ainda pelo preço vil de um deleite passageiro.
- Ah! Pobres almas. A quem procurais?
- A Mim? A este Jesus que conheceis e que amáveis?

Vigiai e orai (Mateus 26,41)
- Sim, trabalhai sem descanso a fim de que vossos defeitos e vossas más inclinações não cheguem a se transformar em hábitos.
- A erva dos campos dever ser ceifada todos os anos e, até mesmo, em cada estação.
- É preciso lavrar a terra para fortifica-la e arrancar incessantemente as ervas daninhas.
- Do mesmo modo, a alma deve vigiar e endireitar com cuidado as suas tendências defeituosas.
- Nem sempre é uma falta grave que abre caminho a desordens piores.
- O ponto de partida das maiores quedas é frequentemente pouca coisa:
  • Um pequeno gozo;
  • Um momento de fraqueza;
  • Um consentimento, talvez licito, mas pouco mortificado;
  • Um prazer legitimo em si, mas que não convém.
- Tudo isso aumentando e multiplicando-se, a alma vai caindo na cegueira, a graça tem menos preponderância, a paixão se fortifica e afinal triunfa.
- Ah! Como é triste para o Coração de Deus, cujo Amor é infinito, ver tantas almas aproximarem-se insensivelmente no abismo.

Balança do Amor
- Toma a Cruz e nada temas.
- Nunca ultrapassará tuas forças, pois Eu a medi e a pesei na Balança do Amor.
- Ah! Sabes quanto te amo e quanto amo as almas. É por elas que Me sirvo de ti, pois embora sejas muito pequena e pouco valhas, utilizo tua pequenez conservando-te unida a Meus Méritos e a Meu Coração.
- Fica com Minha Cruz e sofre pelas almas e por amor de Mim.

Pecado, arma contra Deus
- Como as almas que Me ofendem gravemente, Me entregam aos inimigos a fim de que Me levem a morte, ou antes, são elas que se tornam inimigas e a arma de que se servem contra Mim é o pecado.

Almas de eleição
- Não se trata porém sempre de grandes quedas.
- Há também almas, e almas de eleição que Me atraiçoam por:
·         suas faltas habituais,
·         suas más inclinações não combatidas,
·         suas condescendências com a natureza imortificada,
·         suas faltas de caridade, de obediência, de silêncio, etc...
- E se Meu Coração sofre com os pecados e a ingratidão do mundo, quanto mais, se são ofensas vindas de almas muito amadas.
- Se o beijo de Judas Me causou tanta dor, foi justamente por ser dos Meus Doze e que dele, como dos outros, esperava Eu mais amor, mais consolo, mais delicadeza.
- Ó vós, que escolhi para lugar de Meu repouso e Jardim das Minhas Delicias, de vós também espero muito mais amor, ternura, delicadeza, que de outras que não Me são tão intimamente unidas.
- Sêde o bálsamo que cicatriza as Minhas feridas, enxugai Minha Face manchada e desfigurada.
- Ajudai-Me a esclarecer as almas cegas que, na escuridão da noite, Me prendem e Me amarram para Me conduzirem a morte.

Sou Eu, aquele que te ama
- Não Me deixeis só.
- Acordai e vinde, porque se aproximam os Meus inimigos.
- Quando os soldados avançaram para Me prender, disse-lhes:
  • Sou Eu! É a palavra que repito a alma que se acerca do perigo e da tentação; Sou Eu sim, Sou Eu! Tu vens para Me trair e Me entregar.
- Não importa!
- Vem, Sou Teu Pai e se quiseres, ainda estás a tempo:
  • Perdoar-te-ei; e ao invés de Me amarrares tu, com teus pecados; Eu é que te prenderei com os laços do Meu Amor.
- Vem, Sou Aquele que te ama. Aquele que derramou todo o Sangue por ti.
- Tenho compaixão de tua fraqueza e espero-te, com desejo ardente de te acolher em Meus Braços.
- Vem, alma Minha Esposa, Meu Sacerdote, Sou a Misericórdia infinita.
- Não te hei de castigar, não te hei de repelir, mas abrir-te-ei Meu Coração e Te amarei com mais ternura ainda.
- Lavarei tuas manchas no Sangue de Minhas Chagas.
- Tua beleza recobrada causará admiração ao céu e Meu Coração repousará em ti.

Apelo as almas
- Ah! Que tristeza, quando, depois de um apelo destes a almas cegas e ingratas, elas Me ligam e Me conduzem a morte.
- Depois de Me ter dado o beijo da traição, Judas saiu do Jardim e compreendendo o alcance de seu crime, caiu em desespero.
- Quem poderá calcular a Minha Dor quando vi Meu Apostolo correr para a perdição eterna?
- Entretanto soara a hora e, dando inteira liberdade aos soldados, entreguei-Me com docilidade de cordeiro.
- Arrastaram-Me logo a casa de Caifaz onde fui recebido com zombarias e insultos, onde um dos criados Me deu a primeira bofetada.
- A primeira bofetada.
- Compreende isto bem: Acaso Me fez sofrer mais que os golpes da flagelação? Não, mas nesta primeira bofetada, Eu vi o primeiro pecado mortal de tantas almas que tinham, vivido até então na Minha Graça.
- E depois do primeiro, quantos outros, e quantas almas arrastadas pelo exemplo ao mesmo perigo.
- Talvez a mesma desgraça: a desgraça de morrer em pecado.

“Apelo ao Amor” A mensagem do Coração de Jesus ao Mundo e Sua Mensageira Irmã Josefa Menéndez da Sociedade do Sagrado Coração 12 a 15.março.1923. (378)

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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Faculdades da Alma e Jesus Eucarístico

Faculdades da Alma e Jesus Eucarístico
- Conduzo-vos a uma habitual intimidade de vida, de amor, de adoração, de agradecimento e de reparação a Jesus, presente na Eucaristia.

- Com o impulso da fé que vos ilumina, com a chama de amor que vos consome, com a força de amantes sinceros, de sentinelas vigilantes, vós deveis ir além das aparências, para experimentar na alma a presença de Jesus na Eucaristia, porque, sob o alvo véu de cada Hóstia Consagrada, Jesus está realmente presente entre vós.
- Vós não O podeis ver; 
é como se estivésseis aqui e Ele estivesse atrás de uma porta fechada.
- Há entretanto este diafragma, que vos impede de vê-lo com os olhos, de escuta-lo com os ouvidos, de comunicar-vos com Ele, através dos sentidos externos do corpo.
- Vós deveis ir além das aparências, para entrar em comunhão com Jesus, através das Potências da Alma: Inteligência, Vontade, Amor.

- A inteligência vos faz ver Jesus no esplendor de seu corpo glorioso, como apareceu a Mim depois de sua ressurreição: 
todo luz, com o rosto encantador, com os cabelos dourados, com seus olhos de um azul intenso, com seus pés, que tanto caminharam por vós, ainda iluminados pelas chagas que os transpassaram, com um sorriso de uma bondade infinita e com o Seu Coração ferido, do qual brotava uma fonte luminosa de amor e de graça. 
- Vede-O com a luz do intelecto, no esplendor da Sua Divindade. 
- Jesus se vos revelará ainda mais, se comunicará muito mais convosco e, assim, O contemplareis de uma maneira mais bela do que se O pudésseis ver com os sentidos do corpo.

- A vontade vos orienta a fazer sempre o seu divino querer. 
- Como uma bússola se direciona para o pólo norte, assim a vossa vontade é atraída pelo Seu querer irresistivelmente.
- Quando, alguma vez, disso vos afastais, quase sem perceber-vos existe em vós uma força que vos dirige na direção certa, porque a vossa vontade está absorvida por sua Divina Vontade.
- Então a vossa mente torna-se sempre mais iluminada, porque vós pensais como Ele pensa, quereis aquilo que Ele quer e, assim, viveis numa intimidade de vida com Jesus que, na vossa existência sacerdotal, cumpre ainda hoje a sua divina missão de fazer a vontade do Pai:
“Eu venho, ó Deus, para fazer a Tua Vontade. 
Não a minha, mas a tua Vontade seja feita.”
- No amor sois atraídos irresistivelmente pelo seu Coração Divino e Misericordioso.
- Filhinhos Meus, o vosso coração mergulhe completamente no seu Coração Eucarístico, para que possais entrar numa pessoal intimidade de vida com Ele.
- Assim, Jesus toma o vosso pequeno coração, abre-o, dilata-o, enche-o do Seu amor. 
- Ele ama em vós e vós amais n’Ele a assim estais sempre mais imersos no estupendo redemoinho da sua divina e perfeita caridade.
Movimento Sacerdotal Mariano, msm 31.03.88
Veja Também:

Faculdades da Alma e os Sentidos

Faculdades da alma e os Sentidos
- É admirável como os perfeitos trazem bem ordenados os sentidos, sob as ordens da vontade.
- Por estarem fechadas as portas externas da alma, a pessoa toda emite uma harmoniosa melodia.
- Sua vontade acha-se fechada ao egoísmo e aberta ao amor por mim e pelos homens;
- Sua inteligência, fechada aos prazeres, deleites e misérias do mundo, que constituem uma tenebrosa noite, mas aberta a Luz da Verdade;
- Sua memória recusa as recordações pecaminosas e lembra-se dos meus benefícios.
- Com tudo isso, a pessoa emite uma harmonia alegre, uníssona, prudente, iluminada, toda orientada para a Glória do Meu Nome.
- A essa harmonia das faculdades junta-se o som agudo dos sentidos corporais.
- Os imperfeitos emitem sons mortais quando acolhem os inimigos do homem;
- Os perfeitos emitem sons de vida, acolhem as virtudes, ressoam em boas obras.
- Cada um deles cumpre exatamente sua finalidade: 
os olhos ao enxergar; 
os ouvidos ao escutar; 
o olfato ao cheirar; 
o paladar ao saborear; 
a mão ao tocar e agir; 
os pés ao caminhar.
- Todos sentidos e faculdades- ressoam na mesma tonalidade:
  • para servir os homens,
  • para louvar-me e
  • para aperfeiçoar a alma com ações virtuosas.
- São instrumentos obedientes, 
por isso os perfeitos são pessoas agradáveis a mim, aos anjos e aos santos, 
que os aguardam alegremente no céu, para com eles partilhar a sua felicidade.
- De boa ou má vontade, até os pecadores admiram-nos e muitos deles 
–conquistados por semelhante harmonia interior- 
abandonam sua vida má e recuperam a vida da graça.
- Todos os santos conquistaram homens mediante tal instrumento da harmonia pessoal:
* O primeiro foi o Verbo Encarnado que, pela união da Natureza Divina com a Humana, emitiu agradável melodia do alto da cruz:
com ele redimiu a humanidade, 
derrotou o demônio e 
retirou-lhe o domínio que exercia depois do Pecado Original.
* Junto a tal Mestre todos vós deveis aprender semelhante harmonia, imitando: 
os apóstolos, que espalharam a Palavra de Cristo por todo o mundo, 
os mártires
os confessores
os doutores
as virgens, que também salvaram almas.
- Minha providência concede a todos o instrumento, a partitura e a maneira de tocar. 
- Tudo quanto permito nesta vida tem como finalidade aperfeiçoar tal harmonia no homem. 
- A condição imposta é que a pessoa se aproxime da luz, 
dela não se afaste pelo egoísmo em busca de prazer e gostos pessoais.
(O Diálogo-Santa Catarina de Sena, pg 336)
Veja também:

Faculdades da Alma na Oração

As Faculdades da alma na oração
- Tomei comigo três dos meus discípulos para ensinar que as três potências da alma devem acompanhar-vos na oração:
* Recorde-vos a memória as Perfeições e os benefícios de Vosso Deus, sua misericórdia, seu Amor, seu Poder, sua Bondade.
* O entendimento procure os meios de corresponder a tantas graças maravilhosas que multiplicou para vós.
* A vossa vontade fortaleça-se com o desejo de fazer mais e melhor por Ele... de trabalhar pela salvação das almas, quer no labor apostólico, quer no silêncio e na oração de uma vida humilde e oculta.
- Submetei vossa vontade a Sua... 
Adorai seus desígnios para convosco, sejam quais forem... 
e todo o vosso ser se prostre como convém a criatura diante do Criador.

- Foi assim que Eu me ofereci para realizar a Obra da Redenção do mundo. 
- No mesmo instante vi cair sobre Mim todos os tormentos da minha Paixão, as calunias e os insultos... os açoites e a coroa de espinhos...a sede... a cruz... 
- Todas estas dores se acumularam diante dos meus olhos e ao mesmo tempo a multidão de ofensas, de pecados e de crimes que se cometeriam no decurso dos séculos. 
- Não somente os vi, mas senti-Me revestido de todos os horrores...
- E sob este fardo de ignomínias, apresentei-Me a Meu Pai Santíssimo para implorar Misericórdia. 
- Então senti precipitar-se sobre Mim a Cólera de um Deus ofendido e irritado e ofereci-Me como fiador. 
- Eu, seu Filho, para aplacar sua ira e satisfazer a sua Justiça.
(Apelo ao Amor - De Jesus a Santa Josefa , pg 379)
Veja também:

Faculdades da Alma e os Mandamentos de Deus

Faculdades da Alma e os Mandamentos de Deus
- Sabes que os Mandamentos da Lei se reduzem a dois; 
sem eles, nenhum outro é observado. 
São Amar-me sobre todas as coisas e amar o próximo como a ti mesmo.
- Eis o começo, o meio e o fim dos Mandamentos da Lei.
- Todavia esses ‘dois’ não se ‘reúnem’ em Mim sem os ‘três’, isto é, sem a unificação das três Faculdades da alma: a memória, a inteligência e a vontade.
* A memória há de recordar-se dos meus benefícios e da minha bondade;
* A inteligência pensará no amor inefável revelado em Cristo, pois ele se oferece como objeto de reflexão para manifestar a chama do meu amor;
* A vontade, unindo-se as duas faculdades anteriores, me amará e desejará como seu fim.
- Quando essas três Faculdades estão assim reunidas, acho-me presente entre elas pela graça. 
- E, como conseqüência, a pessoa vê-se repleta de amor por mim e pelo próximo, ‘na companhia’ de verdadeiras e múltiplas virtudes.
Em primeiro lugar, a vontade se dispõe a ter sede.
- Sede das virtudes, sede da minha glória, sede das almas.
- As demais sedes se apagam e morrem. 
- Tendo subido o primeiro degrau, da afeição, o homem caminha seguro de si, sem temor servil.
- Livre do egoísmo, a vontade se põe acima de si mesma e acima dos bens passageiros. 
- Se a pessoa quer possuir tais bens, ama-os e deles se serve de mim, com temor santo e verdadeiro, virtuosamente.
- Em seguida, passa-se ao segundo degrau, o da inteligência, no qual a pessoa, em cordial amor por mim, medita sobre Cristo Crucificado, enquanto mediador.
- Por fim a memória enche-se da minha caridade e alcança a paz e a tranquilidade.
- Um recipiente vazio, ao ser tocado, faz rumor; 
o recipiente cheio, nenhum som produz. 
- Da mesma forma, quando a memória está tomada pela luz da inteligência e pelo amor, a pessoa já não se perturba diante das adversidades ou atrativos do mundo;
está repleta da minha presença, como sumo bem; 
não sente falsas alegrias, nem impaciência.
- Quando o homem sobre os três degraus comuns (despojamento dos vícios, aquisição de virtudes e a paz), suas faculdades unificam-se, colocam-se sob o domínio da razão e ‘congregam-se’ em meu nome. 
- Uma vez reunidos os dois amores: 
–por Deus e pelo próximo- 
com as três faculdades: 
a memória para reter, 
a inteligência para refletir e 
a  vontade para amar 
encontra-se o homem na minha companhia, forte e seguro; 
está na companhia das virtudes; 
caminha seguro de si. 
- Estou presente nele.
- Parte, então, o cristão, inflamado de desejo santo, sequioso de ir pelo caminho da verdade, a procura da fonte da água viva. 
- É o desejo da minha glória, 
da salvação pessoal e 
da santificação alheia que incentiva a caminhar, 
pois é o único meio que possibilita alcançar a meta final.
(O Diálogo-Santa Catarina de Sena, pg122)

Faculdades da Alma na Vida Espiritual

Função das Faculdades da Alma na Vida Espiritual
- Todos os males procedem do egoísmo; 
é ele que obscurece a razão, na qual se encontra a iluminação da fé. 
- Quem perde uma dessas duas luzes, perde ambas.
- Ao criar o homem à minha imagem e semelhança, dei-lhe a memória, a inteligência e a vontade.
- Entre elas, a mais nobre é a inteligência
- Embora seja movida pela vontade, é a inteligência que alimenta a vontade
- Por sua vez, a vontade fornece a memória a recordação de mim e dos meus favores. 
- Essa recordação dará à pessoa solicitude e gratidão.
- Como vês, uma faculdade reabastece a outra, nutrindo o homem na vida da graça.
- Não vive o homem sem amor; 
ele sempre procura algo para amar.
Criei por amor, 
criei-o no amor.
- Assim, a vontade move a inteligência, quase dizendo-lhe:
“Quero amar; 
o amor é meu sustento”.
- Desperta-se então a inteligência e responde:
“Se queres amar, 
vou dar-te o bem para que o ames”!
- Reflete ela sobre a dignidade humana e sobre a indignidade proveniente do pecado:
  • na dignidade enxerga a bondade e o amor com que criei o homem;
  •  na indignidade percebe a misericórdia, graças à qual dou-lhe o tempo (de arrepender-se) e o liberto do mal.
- Diante dessas realidades, a vontade se alimenta de amor: 
sente o desejo santo, despreza a sensualidade, torna-se humilde e paciente, concebe interiormente as virtudes, pratica-as mais ou menos perfeitamente no próximo, de acordo com a perfeição atingida.
- Em sentido inverso, se o apetite sensível procura os bens materiais, a eles orienta-se a inteligência
e quando a mesma toma como objeto os bens passageiros, surgem o egoísmo, o desprezo pelas virtudes, o apego ao vicio e, como consequência, o orgulho e a impaciência.
- Por sua vez, a memória encher-se-á com tais elementos, fornecidos pelo afeto sensual, obscurecendo-se a inteligência, que não mais vê senão aparências de bem.
- Tais aparências ficam sendo, então, a única claridade mediante a qual a inteligência olha e a vontade ama todo objeto de prazer.
- Sem estas aparências, o homem não pecaria, pois, como tendência inata, ele só pode desejar o bem. 
- Peca, porque o mal toma colorações de bem.
- A inteligência não mais discerne ou reconhece a Verdade; 
por cegueira, engana-se e procura o bem e a satisfação onde eles não estão.
- Os prazeres mundanos são espinhos venenosos; 
engana-se a inteligência ao considerá-los; 
a vontade ao amá-los; 
a memória ao retê-los.
- Comporta-se a inteligência como uma ladra, apoderando-se do alheio;
igualmente a memória, conservando a contínua lembrança de realidades distantes de mim. 
- Com tudo isso, a alma se priva da minha graça.
- É muito estreita a união destas três faculdades. 
- Quando uma delas me ofende, as outras também o fazem; 
uma apresenta a outra o bem ou o mal, conforme agrada ao livre arbítrio. 
- Este se acha na vontade e a move como quer, em conformidade ou não com a razão.
- Possuís a razão 
–sempre unida a mim, a menos que o livre arbítrio a afaste mediante um amor desordenado- 
e tendes em vós uma lei perversa (conf. Rom 7,23), que luta contra o espírito.
- Tendes, então, duas partes em vós mesmos: A sensualidade a razão.
- A sensualidade foi dada ao homem como servidora, a fim de que as virtudes sejam exercidas e provadas através do corpo.
- O homem é livre, já que meu Filho o libertou com seu sangue. 
- Ninguém pode dominar a pessoa humana quanto à vontade, pois ela possui o livre arbítrio
- Este se identifica com a vontade, concorda com ela. 
- Fica, pois, o livre arbítrio entre a sensualidade e a razão, e inclina-se ora de um lado, ora de outro, conforme preferir.
- Quando a pessoa tenta livremente ‘congregar’ as Três Faculdades em mim, na maneira explicada, todas as atividades espirituais e corporais humanas ficam unificadas.
- O livre arbítrio se afasta da sensualidade, tende para o lado da razão e Eu me coloco no centro das faculdades, realizando a Palavra de Meu Filho: 
“Quando dois ou três se reunirem em meu nome, estarei no meio deles” (Mt 18,20). 
- Ninguém pode vir a Mim, senão por meio de Cristo.
(O Diálogo-Santa Catarina de Sena pg117)
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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Vontade: porta de entrada da alma

- A VONTADE, constitui como que a porta de entrada da alma, não permito que se abra ante os inimigos; seja os demônios como os demais adversários poderão penetrar por outros setores, mas não pela VONTADE, que é a porta principal da cidade da alma.
- Como defensor está o LIVRE ARBÍTRIO.
- Só ele pode deixar ou não que alguém passe.
- As portas que dão ingresso ao interior do homem são muitas.
- As principais são as três potências:
  • a MEMÓRIA,
  • a INTELIGÊNCIA, e
  • a VONTADE.
- Delas, somente uma abre quando quer e serve de defesa para as outras:
é a VONTADE.
- Com sua permissão, o primeiro inimigo a entrar é o EGOISMO.
- Os outros vêm depois:
  • a INTELIGÊNCIA se obscurece;
  • a MEMÓRIA dá acolhida ao ódio, que faz lembrar as ofensas recebidas e se opõe á caridade pelo próximo; a MEMÓRIA recorda, também, os prazeres ilícitos.

- Depois de abertas essas portas, escancaram-se os portões dos SENTIDOS (audição, visão, olfato, paladar, tato), que refletem em si o amor desordenado e as más ações:
- O OLHO ocupa-se em ver coisas que não deve; por sua volubilidade, vaidade, desonestidade e trejeitos, captam a morte para a própria pessoa e para os demais.
Ó olho infeliz! Eu te fiz para ver o céu, as belezas da criação, meus mistérios, e tu te fixas na lama, na baixeza, á procura da morte!

- O OUVIDO compraz-se em assuntos desonestos ou fica á espreita de noticias, a fim de emitir julgamentos.
No entanto, eu o dei ao homem para escutar minha palavra e tomar conhecimento das necessidades alheias.

- Quanto a LÍNGUA, criei-a para anunciar a palavra, confessar as culpas e promover a salvação dos homens; mas dela serve-se a pessoa para reclamar de mim, seu criador, e para prejudicar o próximo. Murmura contra ele diz que suas ações são más e blasfemas, dá falso testemunho, põe em perigo a si mesmo e os demais com palavras desonestas, diz frases ofensivas que, como punhais, ferem os corações, provocando raiva. Como são numerosos os pecados - homicídios, desonestidades, rancores, ódio, perda de tempo – provocados pela língua.

- O OLFATO também peca por desordenado prazer em sentir em sentir perfumes; se for cheiro de alimento, dá origem à gula e à insaciável procura de comida, seja pela quantidade, seja pela qualidade, a fim de satisfazer o estômago. Quem abre este portão da alma, infelizmente não percebe que a gula incentiva a sensualidade e conduz à corrupção.

- AS MÃOS foram feitas para prestar serviço ao próximo e socorrê-lo com esmolas, mas são usadas para furtar e praticar ações desonestas.

- OS PÉS têm a função de conduzir o homem a lugares santos e úteis, seja para si como para os outros, com vistas a minha glória e louvor; no entanto são usados para ir-se a lugares escusos, onde conversas e divagações corrompem as pessoas.

- Recordei tudo isso, filha querida, para que possas chorar ao ver a cidade da alma em tão grave situação, a fim de chorar ao ver a cidade da alma em tão grave situação, a fim de que sintas o mal que entra no homem pela porta principal da vontade.
- Como disse antes, não permito que os males entrem livremente no homem pela vontade, mas podem fazê-lo pelas outras faculdades.
* Consinto que a inteligência seja invadida por pensamentos ruins;
* Que a memória pareça esquecer-se de mim, que todos os sentidos se vejam sacudidos por lutas diversas.
- As vezes, até o fato de olhar, ouvir, adorar e procurar coisas santas, estremece o homem com sentimentos de desonestidade e corrupção. Tudo isto, porém, não produz a morte da alma, de minha parte não quero tal morte; só mesmo se a pessoa a quiser, livremente.
- Todas essas sensações ficam na periferia da cidade da alma, não penetram em seu interior. A menos, repito, que a pessoa o queira.
- Qual o motivo por que deixo o homem cercado por tantos inimigos? Certamente, não para que perca a graça; mas para que veja quanto sou misericordioso.
- Quero que confie em mim, não em si mesmo; que se refugie em mim e não seja negligente.
- Sou seu defensor, o Pai Bondoso que deseja sua salvação.
- Quero recordar-lhe: de mim recebeu o ‘ser’ e os demais benefícios.
Sou a sua vida.

Dureza do coração
- Enquanto se acham nesta vida e possuem a liberdade, os duros de coração, poderão invocar o sangue do meu Filho e derramá-lo sobre o próprio coração; então Cristo o romperá e elas receberão o fruto do sangue.
- Mas se demorarem, o tempo oportuno se esgotará. Já não haverá remédio, porque não aproveitaram o dom que lhes dera eu através da:
* MEMÓRIA, para se recordarem dos benefícios recebidos;
* INTELIGÊNCIA, para conhecerem a Verdade;
* VONTADE, para me amarem como herança eterna.

- Sim, esse é o dom que vos entreguei e que deve voltar as minhas mãos paternas.
- Quando o homem vende ou dá ao demônio tal presente, então passa a caminhar com o maligno e leva consigo o que adquiriu na vida, ou seja:
* MEMÓRIA cheia de recordações desonestas, de orgulho, de amor-próprio, de ódio e desprezo pelos outros, qual perseguidor dos meus servidores fiéis.

(Diálogo-Santa Catarina de Sena, pg 34; 326 e msm 04.03.81; 16.03.85 e conforme Apocalipse 2 e 3; 2,23)

domingo, 8 de dezembro de 2013

Desejo de Deus

- Quando as almas não tem possibilidade, como desejariam, de ficar longas horas em Minha presença porque são obrigadas a tomar repouso ou a se entregar a ocupações que absorvem suas faculdades (Vontade, Inteligência e memória), nada lhes impede de fazer comigo uma convenção em que melhor provarão o seu amor do que no ardor da devoção livre e tranqüila.
- Então, vai descansar como deves, mas antes, encarrega as potências de tua alma (Vontade, Inteligência e memória) de Me renderem o culto de teu amor durante a noite inteira.
- Dá liberdade aos mais ternos afetos de teu coração a fim de que durante o sono dos teus sentidos (audição, visão, tato, paladar, olfato) eles não cessem de ficar na presença do único Objeto de teu amor.
- Basta um instante para Me dizeres:
“Senhor vou dormir, (ou trabalhar...), mas minha alma vos fará companhia. É sua atividade que descansará durante a noite (ou se empregará durante este trabalho), mas todas as minhas potências ficarão sob vosso domínio e meu coração vos conservará o amor mais constante e terno.
De Jesus a Josefa da Sociedade do Sagrado Coração

no Livro “Apelo ao amor” página 430.