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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Maria, Motivos da Devoção

§135. Primeiro motivo, que nos mostra a excelência desta consagração de si mesmo a Jesus Cristo pelas mãos de Maria.
- Na Terra não se pode conceber ofício mais elevado que o serviço de Deus, e o menor dos servos de Deus é mais rico, mais poderoso e mais nobre que todos os reis e imperadores do mundo, se estes não servem a Deus. Então, quais não serão as riquezas, o poder e a dignidade do fiel e perfeito servo de Deus, que se dedique inteiramente ao seu serviço, sem reservas, tanto quanto possível! Tal é o fiel e amoroso escravo de Jesus por Maria, que entregou-se todo ao serviço deste Rei dos reis pelas mãos da sua Santa Mãe, e nada reservou para si:
todo o ouro da Terra e as belezas do Céu são insuficientes para o pagar.

§136. As outras congregações, associações e confrarias erigidas em honra de Nosso Senhor e de sua Santa Mãe, que fazem grande bem para o Cristianismo, não nos levam a dar tudo sem reserva. Apenas prescrevem aos seus associados a obrigação de certas práticas e ações, mas deixam-lhes livres todos os outros atos e momentos da vida. Mas esta Devoção de que falamos faz-nos dar incondicionalmente a Jesus e a Maria todos os pensamentos, palavras, ações, sofrimentos e instantes da nossa vida: assim, quer velemos, quer durmamos, quer bebamos ou comamos, quer façamos grandes ou pequeninas coisas, poderemos sempre dizer que tudo o que fazemos, embora nisso não pensemos, pertence a Jesus e a Maria em virtude do nosso oferecimento (1 Cor 10, 31), a não ser que o tenhamos expressamente revogado. Que consolação!

§137. Além disso, como já ficou dito, não há nenhuma outra prática que nos liberte mais facilmente dum certo espírito de propriedade que penetra imperceptivelmente nas melhores ações. O nosso bom Jesus concede esta grande graça em recompensa do ato heróico e desinteressado que se fez, àquele que, pelas mãos de sua Mãe, cedeu-lhe todo o valor das boas obras. - Se Ele dá cem por um, mesmo neste mundo (Mt 19,29), àqueles que por seu amor deixam os bens exteriores, temporais, perecedouros, que recompensa não dará àqueles que lhe sacrificarem mesmo seus bens interiores e espirituais?!

§138. Jesus, o nosso grande amigo, deu-se-nos sem reserva, corpo e alma, virtudes, graças e méritos: “Ele ganhou-me todo, dando-se todo a mim”, diz São Bernardo. Não é um dever de justiça e de reconhecimento que lhe demos tudo o que nos for possível dar? Ele foi o primeiro a ser liberal para conosco. Sejamo-lo também para com Ele, e o veremos cada vez ainda mais liberal, durante a nossa vida, na hora da morte e por toda a eternidade:
Ele será generoso para com aqueles que são generosos para com Ele (Sl 17, 26).

Esta Devoção nos faz imitar o exemplo dado por Jesus Cristo e por Deus mesmo, e praticar a humildade
§139. Segundo motivo, que nos mostra ser justo, em si mesmo, e vantajoso para o cristão o consagrar-se inteiramente a Maria Santíssima com esta prática, com o fim de ser consagrado mais perfeitamente a Jesus Cristo.
- Este bom Mestre não recusou encerrar-se no seio da Santíssima Virgem como um cativo e escravo de amor, nem ser-lhe submisso e obedecer-lhe durante trinta anos. E aqui, repito, que o espírito humano se perde, ao refletir seriamente sobre esta maneira de proceder da Sabedoria Encarnada. – Embora o pudesse fazer, não quis dar-se diretamente aos homens, mas fê-lo pela Virgem Santíssima. Não quis vir ao mundo na idade de homem perfeito, independente de outrem, mas antes como uma pobre e pequenina criança, dependente dos cuidados e sustento de sua Mãe. Esta Sabedoria Infinita, que tinha um desejo imenso de glorificar a Deus, seu Pai, e de salvar os homens, não achou meio mais perfeito nem mais rápido para o fazer do que submeter-se à Santíssima Virgem. E era uma submissão em todas as coisas, não somente durante os oito, dez ou quinze primeiros anos da sua vida, como as outras crianças, mas durante trinta anos.
- E deu mais glória a seu Pai durante esse tempo de sujeição e dependência da Virgem Santíssima, do que lhe teria dado empregando esses trinta anos a fazer prodígios, a pregar por toda a Terra, a converter todos os homens, do contrário, Ele o teria feito. Oh! Como glorifica altamente a Deus quem se submete a Maria, seguindo o exemplo de Jesus!
- Tendo diante dos olhos um exemplo tão visível e conhecido de todos, seremos tão insensatos para julgar possível encontrar um meio mais perfeito e mais direto de glorificar a Deus, do que a sua submissão a Maria, a exemplo de seu Divino Filho?

§140. Recorde-se aqui, como prova da dependência que devemos ter para com a Mãe de Deus, o que acima disse, apontando os exemplos que o Pai, o Filho e o Espírito Santo nos dão da sujeição que devemos à S. Virgem.
- O Pai não deu nem dá seu Filho senão por Ela, não suscita novos filhos senão por Ela, e não comunica as suas graças senão por Ela.
- Deus Filho não foi formado para todos em geral senão por Ela; não é formado e gerado todos os dias (nas almas), em união com o Espírito Santo, e não comunica os Seus méritos e virtudes, a não ser por Ela.
- O Espírito Santo não formou Jesus Cristo senão por meio d'Ela, e não forma os membros do seu Corpo Místico, a não ser por Ela; não dispensa os Seus dons e favores senão por Ela.
- Poderemos, sem uma extrema cegueira, depois de tantos e tão insistentes
exemplos da Santíssima Trindade, passar sem Maria, não nos consagrar a Ela e nem depender d'Ela para irmos a Deus e nos sacrificarmos a Deus?

§141. Eis algumas passagens dos Padres, que escolhi para provar o que acabo de dizer:
“Maria tem dois filhos, um Homem-Deus e o outro homem puro. Do primeiro é Mãe corporalmente e do segundo espiritualmente” (São Boaventura e Orígenes).
“Esta é a vontade de Deus, que quis recebêssemos tudo por Maria.
Se, pois, temos alguma esperança, alguma graça, algum dom salutar, saibamos que nos vem d'Ela”. “Porque eras indigno de receber as graças divinas, elas foram dadas a Maria, a fim de que recebas por Ela tudo o que venhas a possuir” (São Bernardo).
“Todos os dons, virtudes e graças do Espírito Santo são distribuídos pelas mãos de Maria, a quem Ela quer, quando, como e na medida que Ela quer” (São Bernardino).

§142. Deus - como diz São Bernardo - vendo que somos indignos de receber as graças diretamente das suas mãos, dá-as a Maria, a fim de que por Ela recebamos tudo o que Ele nos quis dar. E Deus encontra também a sua glória em receber, pelas mãos de Maria, o reconhecimento, o respeito e o amor que lhe devemos pelos Seus benefícios. É, pois, muito justo, que imitemos o procedimento de Deus, “para que a graça regresse ao seu Autor pelo mesmo canal por onde veio”, segundo o mesmo São Bernardo.
- É precisamente o que fazemos por esta Devoção: oferecemos e consagramos tudo o que somos e tudo o que possuímos à Santíssima Virgem, para que Nosso Senhor receba por seu intermédio a glória e o reconhecimento que lhe devemos.
- Reconhecemo-nos indignos e incapazes de nos abeirarmos da sua Majestade infinita só por nós mesmos, e por isso servimo-nos da intercessão da Santíssima Virgem.

§143. Além disso, trata-se aqui de um ato de profunda humildade, virtude que Deus ama acima de todas as outras. Uma alma que se eleva, rebaixa a Deus; uma alma que se humilha, eleva a Deus (Jo 3, 30). Deus resiste aos soberbos e dá a sua graça aos humildes (Tg 4, 6). Se nos humilharmos, julgando-nos indignos de comparecer perante Deus e de nos aproximar d’Ele, Deus desce, abaixa-se para vir a nós, para se comprazer em nós e nos elevar, apesar da nossa miséria. Mas, pelo contrário, quando alguém se aproxima ousadamente de Deus, sem querer medianeiros, Deus esquiva-se, e não podemos chegar até Ele. Oh! Como Ele ama a humildade de coração! - É a tal humildade que leva a prática desta Devoção, pois ensina a nunca nos aproximarmos de Nosso Senhor por nós mesmos, por mais doce e misericordioso que Ele seja, mas a servir-nos sempre da intercessão de Maria, para comparecer diante de Deus, seja para lhe falar, seja para simplesmente estreitar a proximidade, seja para lhe oferecer alguma coisa, seja para unir-nos e consagrar-nos a Ele.
Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem Maria / São Luis Maria Grignion de Monfort

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Sacrifício Verdadeiro

- Quem seria suficientemente louco para crer que Deus necessita dos sacrifícios que lhe são oferecidos?
- O culto que se presta a Deus beneficia o homem e não a Deus.
- Não é a fonte que se beneficia quando dela se bebe, nem a luz quando a vemos.
- Não há senão um modo de compreender os sacrifícios oferecidos por nossos pais: eles eram o sinal daquilo que se cumpria em nós mesmos, isto é, nossa adesão a Deus.
- O sacrifício visível é o sacramento ou sinal sagrado do sacrifício invisível.

- O verdadeiro sacrifício é tudo aquilo que fazemos para estar unidos a Deus, para estar em comunhão com Ele.
- O próprio homem, quando consagrado ao nome de Deus e vivendo para Deus, é um sacrifício. E também nosso corpo, quando, por Deus, nós o dominamos pela temperança, quando não nos oferecemos ao mal, é um sacrifício.
- É a isso que nos conclama o apóstolo Paulo:
“Exorto-vos, portanto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais vossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus: esse é o vosso culto espiritual” Romanos 12, 1-2

- Dai deriva que todo o povo resgatado, isto é, a comunhão e a comunidade dos santos, é o sacrifício universal oferecido a Deus pelo sumo sacerdote, Ele que, em sua Paixão, se ofereceu a si mesmo por nós, para que nos tornássemos o seu corpo.
- Foi sua condição de homem que Ele ofereceu, é segundo essa condição humana que Ele é mediador, é nela que Ele é sacerdote, é nela que Ele é sacrifício.
- Eis portanto o sacrifício dos cristãos: todos juntos, um só corpo em Cristo. É esse o mistério que a Igreja celebra tão amiúde no sacramento do altar, onde lhe é mostrado que, naquilo que ela oferece, é ela que está sendo oferecida.

Santo Agostinho, Cidade de Deus X, 5-6

sábado, 16 de novembro de 2013

Reescrever minha história


O sonho de Deus
- Desde o começo, Deus tinha um sonho.
- Seu sonho era restaurar o homem à plena comunhão com Ele, o seu Criador.
- Jesus foi a resposta a esse sonho.
- Todos os homens piedosos que, ao longo dos séculos, escreveram a Bíblia, registraram vislumbres desse sonho, incluindo-os em seus escritos.
- Por isso, em toda a Bíblia –desde a criação até o nascimento de Jesus- podemos ver os autores bíblicos se referindo a esse sonho messiânico.

Jesus, então, é o tema central da Bíblia.
  • Abraão viu seu reflexo em Melquizedeque, Rei de Salém, ou Rei da Paz.
  • Jacó o chamou de Silo, o enviado.
  • Para Moisés Ele foi o Cordeiro da Páscoa, Aquele que seria levantado.
  • Para Josué Ele foi o Capitão da nossa Salvação.
  • Rute O viu como o Parente Resgatador.
  • Samuel O retratou como Nosso Rei.
  • Davi O chamou de Leão de Judá e Bom Pastor.
  • Para Salomão Ele é o Amado.
  • Esdras e Neemias O viram como o Restaurador.
  • Para Ester Ele é o nosso Advogado.
  • disse que Ele era o seu Redentor.
  • Isaías O descreveu como o Servo Sofredor.
  • Jeremias O viu como O Grande Oleiro.
  • Ezequiel O chamou de Filho do Homem.
  • Daniel O chamou de Príncipe e Pedra.
  • Oséias O comparou a um marido restaurando Sua esposa caída.
  • Para Joel Ele era o Restaurador.
  • Amós O viu como o Lavrador Celestial.
  • Para Abadias Ele era o Salvador.
  • Jonas O retratou como a Ressurreição e a vida.
  • Miquéias O chamou de Testemunha.
  • Para Naum Ele era Fortaleza no dia da angústia.
  • Habacuc O chamou de Deus da Minha Salvação.
  • Para Sofonias Ele era o Senhor Zeloso.
  • Ageu disse que Ele era o Desejado das nações.
  • Zacarias O denominou Renovo de Justiça.
  • Malaquias O chamou de Sol de Justiça.
  • João Batista, por fim, proclamou:
“Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.

- Estes acontecimentos foram refletidos e aprofundados.
- Os pais contavam a seus filhos, de geração a geração.
- Aos poucos, começaram a escrever; a Bíblia começou a ser formada.
- Aos poucos estes escritos foram colecionados; assim, hoje, temos um livro que nos conta a descoberta de Deus pelo povo da Bíblia.

- Temos na Bíblia a revelação de Deus. Deus nos fala por meio dela.
- A Bíblia ilumina os acontecimentos de hoje e nos ajuda a interpretá-los.
- A Bíblia foi escrita por muitas pessoas diferentes e há muito tempo, mas ela é sempre a Boa Nova, sempre o livro atual, seja no passado, presente ou futuro.

- Tudo o que se passou conosco está escrito em nosso livro de vida. Não podemos apagar nada. Talvez, até aqui não tenhamos escrito nada valoroso, apenas alguns rabiscos, mas nada profundo.
- Precisamos assumir: temos sido maus escritores e é necessário reescrever nossa história sem receio de assinar embaixo.
- Perdoar-nos por ter escrito a história da nossa própria vida de forma errada.

- A Bíblia nos ensina a reescrever nossa história, pois no tempo de nossa ignorância de conhecimento de Deus ficamos dispersos e fomos levados pelos “...joguetes das ondas, agitados por todo vento de doutrina, presos pela artimanha dos homens e da sua astúcia que nos induz ao erro.
MAS, seguindo a verdade em amor, cresceremos em tudo em direção àquele que é a cabeça, Cristo”.(Efésios 4,14s)

Colocando em prática
- É realmente surpreendente, até mesmo misterioso, considerar que o Deus transcendente do céu e da terra queira comunicar-se comigo, um minúsculo grão de areia neste imenso universo.
- Por mais incrível que pareça, é verdade.
- Deus quer falar conosco, especialmente através de Sua Palavra.
- Ele não grita, nem nos força a parar em nossa vida cheia de pressa.
- Ele apenas nos convida a reescrever nossa história n’Ele e com Ele:
“Levá-lo-ei ao deserto e falarei ao seu coração” (Oséias 2,16)

A Liturgia Diária é o ‘caminho ao deserto’; além dela poderá também exercitar-se nesta Palavra durante 7-dias:
  • 1º dia- Isaias 55, 1-3.10.11 A Palavra que sair de minha boca não voltará a mim sem fazer seu efeito.
  • 2º dia- Jeremias 7, 1-15-Enquanto Eu vos falava...vós não me escutastes.
  • 3º dia- Jeremias 23, 16-29 Não é Minha Palavra como fogo e como martelo?
  • 4º dia- Oséias 6, 1-6 Palavra punidora de Deus que quer amor e não sacrifícios.
  • 5º dia- Sabedoria 18, 14-16 Do alto do céu, a Vossa Palavra onipotente.
  • 6º dia- Salmo 8 Senhor, nosso soberano, quão admirável o Vosso Nome.
  • 7º dia- Salmo 19 Narram os céus a glória de Deus.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Sentido da vida

10º motivo que influenciaram a decisão de muitos no sentido de voltar a praticar a fé Católica:

Porque nós queremos um sentido para a vida
- Em meio à roda-viva em que todos nos vemos envolvidos nos dias de hoje, muitos de nós de repente percebem que a vida ficou sem um sentido ou um propósito.
É quando começamos a nos perguntar:
Qual o sentido da minha vida? Por que faço todas essas coisas?
- Nossa cultura ajuda a confundir conceitos como moral e verdade. A Igreja Católica oferece a luz que dá sentido à nossa existência e, se perseverarmos, nos leva à vida eterna.
Traduzido do site: www.catholicscomehome.org
Extraído do site: www.paraumavidamelhor.com.br

Quero ajudar aos outros

2º motivo que influenciaram a decisão de muitos no sentido de voltar a praticar a fé Católica:

Porque queremos ajudar aos outros
- No mundo secular, há inúmeras oportunidades para se atuar como voluntário. O que falta é aquela dimensão espiritual que a Igreja Católica oferece. É mais do que manter uma atividade que simplesmente faz a pessoa "sentir-se bem", trata-se de fazer parte dos maiores mandamentos (veja Mc 12,28), que são amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.

- Auxiliando o próximo, os voluntários Católicos tornam-se instrumentos do amor de Deus. A Igreja Católica proporciona a oportunidade de tocar as pessoas, estejam elas ao seu lado ou em qualquer parte do mundo.
Traduzido do site: www.catholicscomehome.org
Extraído do site: www.paraumavidamelhor.com.br