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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Amou-os até o fim

 


Amou-os até o fim

Rubio | Itália.

Quinta feira Santa:

- Filhos prediletos, vivei comigo este dia de quinta feira santa, recolhidos no Cenáculo do Meu Coração Imaculado.

- É o dia da vossa Páscoa.

- É o dia do vosso Sacerdócio.

- Hoje o recordais, reunidos ao redor dos vossos Bispos, na concelebração da Eucaristia, durante a qual renovais as promessas que fizestes no dia da Ordenação Sacerdotal.

- São as promessas da vossa fidelidade a Cristo e a Sua Igreja.

- São as promessas da vossa disponibilidade e da vossa obediência.

- São as promessas do vosso amor total e exclusivo, que vos compromete a amar Jesus e as almas que vos foram confiadas por Ele.

- Todas elas são promessas de vida;

são compromissos de amor.

“Jesus, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13, 1-15)

- É assim que João, o Apóstolo predileto, introduz no seu Evangelho a narração da Instituição da Eucaristia, do Novo Sacrifício e do Novo Sacerdócio.

- Jesus amou-os até o fim.

-Amou-os até o fim, isto é, até o fim de Sua vida, porque a Última Ceia corresponde também a última noite da sua existência humana vivida entre vós:

“Desejei ardentemente comer esta minha Páscoa convosco, antes de padecer”

-Amou-os até o fim, isto é, até ao cume de toda a possibilidade de amor, porque Jesus torna hoje perpétuo o Sacrifício realizado uma só vez no Calvário pela Salvação de todos.

“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por aqueles que ama”

-Amou-os até o fim, isto é, até a extrema exigência imposta pelo amor, que quer a presença da pessoa amada, porque na Eucaristia Jesus permanece sempre convosco, realmente presente com o Seu Corpo Glorioso e Sua Divindade, tal como está no Paraíso, ainda que oculto sob o véu das espécies Eucarísticas.

“Estou sempre convosco, até o fim dos séculos”

-Amou-os até o fim, isto é, até ao limite da vossa miséria e da vossa pobreza, porque no Sacramento da Eucaristia, Jesus, faz-Se uma só coisa convosco, torna-Se carne da vossa própria carne, Sangue do vosso próprio sangue, para vos comunicar a vós, criaturas terrenas, o Dom precioso de Sua Vida Divina.

“Eu Sou o Pão descido do Céu.

Quem comer deste Pão viverá e Eu o ressuscitarei no último dia”

-Amou-os até o fim, isto é, até o Fim dos Tempos, porque a presença entre vós de Cristo em estado de Vitima, em cada Sacrário da terra,

dá-vos segurança e confiança, alegria e esperança no Seu Glorioso retorno.

“Anunciamos, Senhor, a Vossa morte,

proclamamos a Vossa Ressurreição,

na espera de Sua vinda”

- Hoje é o dia do Novo Sacrifício e do Novo Sacerdócio.

- Hoje é o Grande Dia do Amor.

- O Seu Coração Divino abre-Se para vos dar o Seu Novo Mandamento:

“Dou-vos um Mandamento novo;

Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”

- Neste dia, filhos prediletos, peço-vos que renoveis o vosso compromisso de amor para com Jesus, presente na Eucaristia.

- Fazei da Santa Missa o centro de toda a vossa piedade,

o cume da vossa jornada Sacerdotal,

o coração da vossa ação apostólica.

- Celebrai-a com amor, com escrupulosa observância das leis litúrgicas;

vivei-a, participando pessoalmente no Sacrifício que Jesus renova por meio de vós.

- Rodeai de luzes e de flores o Sacrário, onde está custodiado Jesus Eucarístico.

- Ide frequentemente diante do Sacrário para os vossos encontros pessoais de amor com Jesus, que vos espera; que Ele Se torne para vós o único e precioso tesouro que atrai, como um imã, o vosso coração Sacerdotal.

- Voltai a expor Jesus Eucarístico no altar para as solenes horas de adoração e reparação pública, porque a Nova Era levará a um reflorescimento geral do culto Eucarístico em toda a Igreja.

- De fato, o Advento do Reino Glorioso de Cristo coincidirá com o maior esplendor do Seu Reino Eucarístico entre vós.

- Jesus Eucarístico derramará todo o Seu poder de amor, que transformará almas, a Igreja e toda a humanidade.

- Assim, a Eucaristia torna-se sinal de Jesus, que ainda hoje vos ama até o fim, porque vos conduz até o fim destes vossos tempos, para vos introduzir na Nova Era de santidade e de graça, para a qual vos encaminhais todos, e que começará quando Jesus tiver instaurado o Seu Reino Glorioso entre vós.

MSM-Movimento Sacerdotal Mariano / Padre Stefano Gobbi / 12.04.90

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Eucaristia, invenção do Amor

Nova Era

Quando o Filho do Homem voltar

 “Senhor, que vosso Amor, Sofrimento e Sangue derramado,

não tenha sido em vão pelas nossas almas e

pelas almas dos Vossos Sacerdotes, Filhos Prediletos de Nossa Senhora.”

domingo, 17 de setembro de 2017

Da Prisão a Flagelação de Jesus


A prisão e o sacrário
- Contempla-Me na prisão onde passei grande parte da noite.
- Ali vinham os soldados insultar-Me com palavras e ações, escarnecendo de Mim, ultrajando-Me, batendo-Me na cabeça e sobre o Meu Corpo.
- Fartos de Mim, abandonaram-Me sozinho e amarrado, num lugar úmido e escuro.
- Deram-Me uma pedra por assento onde o Meu Corpo dolorido se sentiu transido de frio.
  • Comparemos aqui a prisão com o coração daqueles que Me recebem.
- Na prisão, passei apenas parte da noite.
  • Mas no sacrário... quantos dias, quantas noites?
- Na prisão fui insultado e maltratado pelos soldados que eram Meus inimigos.
  • Mas no sacrário... quantas vezes não o sou por almas que Me chamam de Pai... mas não se comportam como filhos.
- Na prisão, sofri frio e sono, fome e sede, tristeza, vergonha e abandono.
  • E vi, no decorrer dos séculos, tantos tabernáculos onde Me faltaria o abrigo do amor... tantos corações gelados que seriam para Meu Corpo chagado, como a pedra da prisão.
Senhor, quero suavizar sua tristeza
- E quantos dias esperarei que tal alma ou tal outra, venha visitar-Me no sacrário e Me receber no seu coração.
- Quantas noites passadas a desejar sua vinda:
  • Mas ela se deixa dominar por suas ocupações, por sua moleza, pelo medo de prejudicar a saúde... e não vem.
  • Esperava-te para saciar Minha sede e para consolar Minha tristeza, alma querida, e não vieste.
- Quantas vezes terei fome das almas, de sua fidelidade, de sua generosidade:
  • Saberão elas aplacar esta fome ardente com aquela pequenina vitória sobre si mesmas, ou aquela leve mortificação?
  • Saberão aliviar Minha tristeza com sua ternura e compaixão?
  • Saberão, quando vier um momento mais doloroso a natureza?
  • Saberão, quando tiverem que suportar um sofrimento qualquer?
  • Um esquecimento?
  • Um desprezo?
  • Uma mágoa de coração ou de família?
- E com tudo isso, dizer-Me do fundo da alma:
“Isto será para suavizar Vossa tristeza,
para Vos acompanhar na Vossa Solidão”
- Ah, se soubessem unir-se a Mim com que paz atravessariam a dificuldade, como sua alma sairia dali fortificada e como Meu Coração seria consolado e aliviado.

Minha prisão e a frieza das almas
- Na prisão quantas palavras obscenas proferidas contra Mim Me haviam de cobrir de confusão:
  • E essa dor aumentava ainda lembrando-Me que semelhantes palavras cairiam um dia de lábios muito amados.
- Na prisão, enquanto aquelas mãos imundas descarregavam pancadas e bofetões sobre Meu Corpo:
  • Eu Me via espancado e esbofeteado pelas almas que Me receberiam sem delicadeza e Me acabrunhariam sob golpes repetidos de pecados habituais e consentidos.
- Depois, quando Me empurraram e Me deixaram cair por terra, atado e sem forças:
  • Vi muitas almas preferirem suas satisfações e acorrentarem-Me por suas ingratidões , repelirem-Me e renovarem Minha dolorosa queda, prolongando Minha solidão.
- Ó almas escolhidas, aproximai-vos de Vosso Esposo na prisão, comtemplai-O durante essa noite de padecimento:
  • E vede-A prolongar-se na solidão de tantos sacrários e na frieza de tantas almas.
Quereis dar-Me prova de vosso amor?
- Quereis dar-Me prova de vosso amor?
  • Deixai-Me vosso coração para que dele faça minha prisão.
  • Atai-Me com as cadeias do vosso amor.
  • Cobri-Me com as vossas delicadezas.
  • Saciai-Me a fome com a vossa generosidade.
  • Dai-Me de beber com o vosso zelo.
  • Consolai a Minha tristeza com a fidelidade de vossa companhia.
  • Tirai-Me esta dolorosa confusão com a vossa pureza e a vossa reta intenção.
- Quereis que Eu repouse em vós?
  • Preparai-Me um leito com vossos atos de mortificação.
  • Sujeitai a vossa imaginação.
  • Acalmai os tumultos de vossas paixões.
- Então, no silêncio de vossa alma, dormirei tranquilo e ouvireis a Minha Voz dizendo suavemente:
v  Ó Esposa Minha, que és agora o Meu Descanso, Eu serei o teu na eternidade.
v  Já que, com desvelo e amor, Me guardaste na prisão do teu coração, Minha recompensa não terá limites e nunca te arrependerás dos sacrifícios que por Mim fizeste durante a tua vida.

- Paremos aqui, Josefa, deixa-Me passar o dia de hoje na prisão de tua alma. Haja nela profundo silêncio para escutares as Minhas Palavras e responderes aos desejos que Eu te confiar.

Almas fieis imitadoras de Meu Coração
- Depois de ter passado a maior parte da noite na prisão úmida, escura e sórdida.
- Depois de ter suportado os ultrajes e os escárnios da criadagem curiosa acerca do que Me sucederia, quando já Meu Corpo estava exausto com tantos tormentos...
- O que Me consumia de amor e avivava em Mim nova sede de dores, era o pensamento de muitas almas que Eu atrairia mais tarde a seguir-Me os passos.
- Eu as via, como fiéis imitadoras de Meu Coração, aprendendo de Mim, não apenas mansidão, paciência e serena aceitação dos sofrimentos e dos desprezos, mas até o amor daqueles que as perseguiriam.
- Vi-as chegarem ao ponto de se sacrificar por eles, como Eu próprio Me sacrificava pela salvação dos que Me maltratavam.
- Vi-as:
  • amparada por Minha Graça,
  • responderem ao apelo Divino,
  • abraçarem o estado de perfeição,
  • mergulharem na solidão,
  • amarrarem-se, elas mesmas nas cadeias do amor,
  • renunciarem a tudo que amavam legitimamente,
  • suportarem com coragem as revoltas da sua própria natureza,
  • deixarem-se julgar,
  • aceitarem desprezos, difamação e mesmo serem tidas por loucas,
  • guardarem, apesar de tudo, seu coração, intimamente unido a seu Deus e Senhor.
- Assim, no meio de ultrajes e tratamentos infames, o Amor Me consumia em desejos de cumprir a Vontade do Pai e Meu coração, estreitamente unido a Ele nas horas de solidão e de dor, oferecia-se para reparar a Sua Glória.

- Também, almas religiosas que permaneceis na prisão escolhida pelo Amor e que, mais de uma vez passais aos olhos das criaturas, por inúteis e quiça prejudiciais... não temais:
  • Nas horas de solidão e dor deixai revoltar-se o mundo contra vós.
  • Una-se vosso coração mais intimamente a Deus, único Objeto de vosso amor.
  • Reparai Sua Glória ultrajada por tantos pecados.
Amanheceu
- Ao amanhecer do dia seguinte, Caifaz ordenou que Me conduzissem a Pilatos a fim de que pronunciasse contra Mim a sentença de morte.
- Pilatos interrogou-Me com sagacidade, com a esperança de descobrir um verdadeiro motivo de condenação, mas, não encontrando nenhum, sentiu logo a consciência perturbada a vista da injustiça que ia cometer. Então, para se desembaraçar de Mim, mandou-Me conduzir a Herodes.

Alma de Pilatos
- Pilatos é o tipo das almas que, balouçadas entre os impulsos da Graça e os das paixões, se deixam dominar pelo respeito humano e pelo amor excessivo de si mesma.
- Encontram-se diante de tentação ou de ocasião perigosa? Tornam-se voluntariamente cegas e raciocinam até ficarem persuadidas de que não há nisso mal nem perigo algum... que elas tem juízo bastante para decidir, e não precisam de conselho... receiam parecer ridículas aos olhos do mundo... faltam de energia para vencerem a si próprias e, passando ao lado da graça, caem de uma ocasião em outra e acabam como Pilatos, entregando-Me a Herodes.
- Quando é uma alma religiosa, não haverá talvez ocasião para ofensa grave.
- Mas, para resistir, seria preciso aceitar uma humilhação, suportar uma contrariedade.
- E se, longe de obedecer ao movimento da graça e de descobrir lealmente sua tentação, a alma consultar sua própria razão e se convencer de que não há motivo para afastar tal perigo ou recusar tal satisfação, cairá brevemente em perigo maior.
- Como Pilatos, cegará seus próprios olhos, perderá a coragem para agir com retidão e, pouco a pouco, senão rapidamente, também ela Me entregará a Herodes.

Meu Reino não é deste mundo (João 18,36)
- A todas as perguntas de Pilatos nada respondi, mas quando Me disse:
“És tu o Rei dos Judeus?”
- Então com gravidade e na plenitude de Minha responsabilidade, respondi:
“Tu o disseste, Sou Rei, mas Meu Reino não é deste mundo”
- Assim deve a alma responder com energia e generosidade, quando se apresentar ocasião de vencer o respeito humano, de aceitar algum sofrimento ou humilhação aos quais lhe seria fácil escapar.
- “Não, Meu Reino não é deste mundo” eis porque não procuro o favor dos homens.
- Vou para a minha verdadeira pátria onde me espera repouso e felicidade.
- Aqui na terra não devo fazer caso da opinião do mundo mas cumprir fielmente o meu dever.
- Se para isso precisar atravessar humilhação e sofrimento, não recuarei; escutarei a Voz da Graça.
- Se não for capaz de o conseguir sozinha, buscarei socorro e pedirei conselho, pois bem sei que o amor próprio e a paixão tentam cegar a alma para enveredá-la pelo mau caminho.
- Pilatos, pois, dominado pelo respeito humano e o receio de arcar com tamanha responsabilidade, ordenou que Me levassem a Herodes.
- Era este um homem perverso que só procurava satisfazer suas paixões desordenadas.
- Regozijou-se vendo-Me comparecer a seu tribunal, esperando divertir-se com Minhas Palavras e Meus Milagres.

“Para os puros, todas as coisas são puras;
mas para os impuros e descrentes; nada é puro:
tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas” Tito 1, 15
- Considerai, almas queridas, a repulsão que experimentei na presença daquele homem viciado e cujas perguntas, gestos e movimentos Me cobriram de confusão.
- Almas puras e virginais, vinde cercar vosso Esposo.
- Escutai os falsos testemunhos que se levantam contra Mim.
- Vede a implacável sede dessa multidão ávida de escândalos e da qual Me tornara joguete.

Quando Deus se cala
- Herodes espera que Eu responda as suas perguntas sarcásticas para Me justificar e Me defender; mas Meus Lábios não se abrem e guardo diante dele o mais profundo silêncio.
- Este silêncio era a maior prova que lhe podia dar da Minha dignidade.
- As suas palavras obscenas não mereciam cruzar-se com as Minhas puríssimas.

União intima do Coração de Jesus com o Pai eterno, eu me uno a Vós
- Durante esse tempo Meu Coração estava intimamente unido a Meu Pai Celeste.
- Consumia-Me em desejo de dar, pelas almas, que tanto amo, o Meu Sangue até a última gota.
- O pensamento de todas as almas, que um dia Me seguiriam, conquistadas pelos Meus exemplos e pela Minha liberalidade, inflamava-Me em amor.
- E não só regozijava-Me durante aquele terrível interrogatório mas desejava ao suplicio da Cruz.
- Depois de ter suportado as piores ignominias no mais perfeito silêncio, deixei que Me tratassem como louco e, coberto com veste branca sinal de zombaria e irrisão, por entre gritos da multidão, fui levado novamente ao tribunal de Pilatos.
- Vê como esse homem está aturdido e apavorado.
- Não sabe que fazer de Mim e para ver se acalma a sede daquele povo que pede a Minha morte, ordena que Me flagelem.

Discernir entre ‘ser tentado’ e ‘consentir’ na tentação CIC 2847
- Assim faz a alma que não tem coragem e generosidade para romper energicamente com as exigências do mundo, da sua natureza ou das suas paixões.
- Em vez de afrontar a tentação e cortar pela raiz, como lhe pede a consciência, o que ela sabe que não vem do espírito bom:
  • Ora cede a um pequeno capricho.
  • Ora concede a si mesma alguma leve satisfação.
  • Se tenta vencer-se num ponto, capitula diante de outro que lhe custaria maior esforço.
  • Se mortifica alguns desejos, hesita em muitos outros em que deveria, para ser fiel a Graça ou obedecer a regra privar-se de muita coisa que alimenta a sensualidade e agrada a natureza.
  • Concede a si mesma a metade de um capricho, a metade do que exige a paixão, e pacifica assim o remorso da consciência.
Paixão não mortificada
- Tratar-se-á por exemplo, de divulgar uma falta que ela crê descobrir no próximo?
- Não é nem caridade fraterna, nem desejo do bem, mas uma paixão oculta, um secreto movimento de inveja que lhe inspiram essa ideia.
- A Graça e a consciência lançam então dentro dela um grito de alarme e a previnem do espírito que a guia e da injustiça que vai cometer.
- Haverá, de certo, na alma, um primeiro instante de luta, mas a paixão que ela não mortificou priva-a brevemente de luz e de coragem para repelir a ideia diabólica.
- Então inventa um meio para só calar uma parte do que sabe, mas não tudo; e ela se desculpa diante de si mesma:
“É preciso que se saiba... só direi uma palavra...”
- Assim é que Me abandonas, como Pilatos para ser flagelado.
- Dentro em pouco, essa paixão te obrigará a terminar sua obra.
- Não penses acalmar assim tua sede.
- Hoje deste um passo, amanhã irás mais longe.
- E, tendo cedido numa pequena ocasião, com quanto mais razão cederá diante de grave tentação.

A Flagelação
- E agora, contemplai, almas caríssimas a Meu Coração, como Me deixei conduzir com mansidão de cordeiro, ao terrível suplicio da flagelação.
- Sobre Meu Corpo, moído de pancadas e alquebrado de cansaço, os verdugos descarregam cruelmente açoites e chicotes.
- Todos os Meus ossos são abalados com a mais terrível dor, feridas sem conta Me estraçalham.
- De Minha Carne Divina lá se vão pedaços arrancados pelos açoites.
- O Sangue jorra de todos os Meus Membros e em breve fico reduzido a tão lastimável estado que não tenho mais aparência de homem.
- Ah, como podeis contemplar-Me neste oceano de amargura sem que vosso coração se compadeça de Mim?
Não pertence aos algozes consolar-Me,
mas a vós, almas escolhidas, para aliviar a Minha Dor.
- Contemplai as Minhas feridas e vede se tem quem tenha sofrido tanto para vos provar seu amor.

O instrumento contempla Jesus Flagelado
- E, dirigindo-se a Josefa, Jesus continua:
“Contempla-Me nesse estado de ignominia”
- Jesus se cala e ela ergue os olhos para o Mestre.
- Ali está, diante dela, naquele lamentável estado em que o pusera a flagelação, Ele a mantém longo tempo diante da dolorosa contemplação como que para lhe imprimir para sempre na alma.
  • “Dize-Me se Minhas Feridas não te darão força para te venceres e resistires a tentação”
  • Dize-Me se não te encontrarás generosidade para te sacrificares e te entregares totalmente a Minha Vontade”
  • “Sim, olha para Mim e deixa-te guiar pela graça e pelo desejo de Me consolares neste estado de vitima.”
  • “Não temas. Teu sofrimento jamais igualará ao Meu e Minha Graça te assistirá em tudo o que Eu te pedir.”
  • “Adeus. Conserva-Me assim em teus olhos.”
Os efeitos da Mensagem de Amor e da contemplação
- Então o Senhor desaparece. Josefa continua imóvel, com os olhos fechados e uma indizível emoção gravada no rosto.
- Envolve-a impressionante silêncio.
- Pouco a pouco volta a si... não pode falar... com a mão trêmula, escreve:
- Mostrou-se no estado em que O deixaram depois da Flagelação, e esta visão me encheu de tanta compaixão que me parece que ora em diante terei coragem para sofrer o que for até o fim de minha vida.
- Dor nenhuma chegará perto sequer da Sua Dor.
- O que mais me impressionou foram Seus Olhos que são habitualmente tão belos e cujo Olhar tanto me fala a alma... hoje, estavam fechados, muito inchados e ensanguentados, principalmente o Olho direito.
- Os Cabelos cheios de Sangue caiam-lhe sobre o Rosto, sobre os Olhos e sobre a Boca.
- Estava em Pé mas curvado e atado a alguma coisa, mas eu não via senão a Ele.
- Suas Mãos estavam amarradas uma a outra, a altura da cintura e cobertas de Sangue.
- Seu Corpo sulcado de feridas e manchas roxas com as veias dos braços inchadas e quase pretas.
- Do Ombro esquerdo pendia um pedaço de Carne s destacar-se e também de várias outras partes do Corpo.
- As Vestes estavam a Seus Pés rubras de Sangue.
- Uma corda muito apertada segurava a altura da Cintura um pedaço de pano Ensanguentado que não se lhe podia ver a cor.
- Não posso dizer em que estado O vi... não sei exprimi-lo.

17.março.1923 (397-409)
“Apelo ao Amor” A mensagem do Coração de Jesus ao Mundo e Sua Mensageira Irmã Josefa Menéndez da Sociedade do Sagrado Coração.

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terça-feira, 29 de agosto de 2017

Eucaristia e os Votos Religiosos


Eucaristia e os Votos Religiosos
- Na Eucaristia as almas consagradas:
  • acham sua morada permanente, seu amor e sua vida,
  • ali procuram também a imagem dos Votos Religiosos, laços sagrados e benditos que as unem inseparavelmente ao Esposo Divino.
- Sim, almas consagradas, achareis perfeito símbolo de vosso Voto de Pobreza na pequenina Hóstia redonda e fina, lisa e leve.
- Assim deve ser a alma que fez Voto de Pobreza, nela não há ângulos, isto é, não tem afeições mesquinhas, nem aos objetos de que se serve, nem ao oficio que exerce, nem a família ou a pátria. Está sempre pronta a deixar, largar, mudar. Nada a prende a terra, é um coração livre, sem apegos secretos.

- Isso não quer dizer, porém, que esse coração deva ser insensível; não.
- Quanto mais amar, tanto mais integralmente saberá guardar o Voto de Pobreza.
- O essencial para a alma religiosa é:
  • nada possuir sem permissão ou aprovação dos Superiores,
  • nada ter para amar sem que esteja disposta a tudo deixar, tudo abandonar ao primeiro sinal.

- Poderão descobrir também na pequenina Hóstia branca, imagem perfeita do Voto de Castidade.
- Sob as espécies de Pão e Vinho esconde-se aí a Presença Real de um Deus. Sob esse véu aí estou todo inteiro, Corpo, Sangue, Alma e Divindade.

- Assim a alma consagrada a Jesus Cristo pelo Voto de Virgindade deve cobrir-se com um véu de modéstia e de simplicidade, de modo que, sob aparências humanas, se esconda pureza semelhante a dos anjos.

- E compreendei bem, almas que formais a Côrte do Cordeiro Imaculado, a glória que assim Me dais sobrepuja incomparavelmente a que Me rendem os Espíritos Angélicos.
- Pois eles não conheceram as fraquezas da natureza humana e não tiveram que lutar nem que vencer para se conservarem puros.

- Vós vos aparentais também a Minha Mãe, criatura mortal, mas no entanto de pureza sem mácula; sujeita a todas as misérias humanas e, no entanto, Imaculada em todos os instantes de sua vida.
- Ela sozinha Me glorificou mais que todos os Espíritos Celestes; e o próprio Deus, atraído por essa pureza, nela se fez carne e habitou na sua criatura.

- Mai ainda, a alma que Me é consagrada pelo Voto de Castidade torna-se semelhante a Mim, seu criador, tanto quanto é possível a criatura, pois, tendo-Me revestido da natureza humana com as suas misérias vivi sem a menor sombra de mancha.

- É assim que, pelo Voto de Castidade, a alma se torna Hóstia branca e pura que dá incessantemente glória a Majestade Divina.

- Almas religiosas, achareis enfim na Eucaristia modelo para o vosso Voto de Obediência.
- Aí estão escondidos e aniquilados a grandeza e o poder de um Deus.
- Aí podeis contemplar-Me como que sem vida, Eu que Sou a Vida das almas e o sustentáculo do mundo.
- Aí não Sou mais capaz de ir ou de ficar, de estar só ou rodeado:
  • Sabedoria, Poder, Liberdade, tudo desaparece sob essa Hóstia.
- As espécies do Pão são laços que Me encadeiam e o véu que Me encobre.
- Assim o Voto de Obediência é para a alma religiosa a corrente que a prende e o véu sob a qual deve desaparecer, a fim de não ter mais nem vontade, nem juízo, nem escolha, nem liberdade senão o Beneplácito de Deus manifestado por seus superiores.

Josefa:
(Nosso Senhor se detém, afinal, depois desse longo ditado e Josefa deixa falar o coração. De manhã houve a cerimônia da Primeira Comunhão e lembrei-me o consolo que devia ter encontrado nas alminhas puras e inocentes. O Coração parecia dilatar-se com esta lembrança.)

- Sim, é nestas almas e nas almas de Minhas Esposas que Me refúgio para esquecer as ofensas do mundo.
- As crianças são para Meu Coração como flores em botão em que procuro abrigo.
- Quanto as Minhas Esposas, escondo-Me e repouso nelas, pois são as rosas abertas que Me defendem com seus espinhos e Me consolam com seu amor.

- Tu, Josefa, florinha fragilíssima, dá-Me esse amor, prepara-te para acompanhar-Me ao Getsêmani.
- Ali te ensinarei a sofrer e te fortificarei com o suor de Sangue que os pecados das almas extraíram de Mim.
- Por enquanto, consola-Me com o desejo de Me esconder em teu coração.
- Repararás assim a comunhão que perdeu a dois dias.

- Adeus, não te esqueças de Mim.
- Deseja-Me como Eu te desejo.
- Ama-Me como Eu te amo.
- Procura-Me como Eu te procuro.
- Vês que nunca te abandono.


“Apelo ao Amor” A mensagem do Coração de Jesus ao Mundo e Sua Mensageira Irmã Josefa Menéndez da Sociedade do Sagrado Coração. 07 a 11.março.1923

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Eucaristia e o Sacerdote


Eucaristia e o Sacerdote
- Escreve o que sofreu o Meu Coração naquela hora em que não podendo conter o fogo que Me consome, inventei esta maravilha de Amor que é a Eucaristia.
- Comtemplando então todas as almas que se alimentariam do Pão Divino, vi ao mesmo tempo as ingratidões de tantas almas consagradas, de tantos sacerdotes, e que tristeza para Meu Coração.
- Vi as que pouco a pouco, se haviam de abandonar a rotina e pior ainda ao fastio, ao tedio e a tibieza.

- E no entanto estou no tabernáculo; toda noite espero essa alma.
- Desejo ardentemente:
  • que Me venha receber,
  • que Me exponha suas penas, suas tentações, seus sofrimentos,
  • que Me peça conselho e solicite a graça de que precisa para sí ou para outrem.
- Talvez tenha ela a seu cargo ou na sua família almas em perigo e afastadas de Mim?

- Vem, digo-lhe; fala-Me de tudo com inteira confiança.
- Interessa-te pelos pecadores?
- Oferece-te para reparar.
- Promete-Me que hoje não Me deixarás sozinho!
- Depois pergunta se Meu Coração não deseja alguma coisa mais de ti para O consolar.

- Eis o que Eu esperava dessa alma e de muitas outras.
- Mas, ao receber-Me, mal Me diz uma palavra, está distraída, cansada, absorvem-na os negócios, preocupa-a a família, o próximo a importuna, a saúde a aflige, e não sabe o que Me dizer; está fria, aborrece-se e tem pressa em retirar-se.

- É assim que Me recebes, Alma que Eu escolhi e que esperei durante a noite inteira?
-Sim, esperava-a para nela repousar e aliviar-lhe as inquietações.
- Tinha-lhe preparado novas graças; mas ela nem sequer as deseja.
- Nada Me pede, nem conselho, nem força, queixa-se, mas sem se dirigir a Mim.
- Parece que só veio cumprir uma formalidade ou por costume, porque nenhuma falta grave a impede de vir.
- Não é o amor que a impele nem o verdadeiro desejo de se unir intimamente a Mim.
- Não, esta alma não tem as delicadezas que Meu Coração dela esperava.

- E aquele Sacerdote?
- Ah, como hei de dizer o que espero de cada um de meus sacerdotes?
- Revesti-os com Meu Poder a fim de que perdoassem as almas, pus-Me a disposição deles:
  • Obedeço a sua palavra que Me fez descer do céu a terra.
  • - Entrego-Me nas suas mãos, para Me encerrarem no Tabernáculo ou para Me darem na Comunhão.
- São, por assim dizer, Meus dispensadores:
  • confio-lhes almas a fim de que pela pregação, pela direção e sobretudo pelo exemplo as guiem e as conduzam pelo caminho da virtude.
- Correspondem todos a este apelo?
- Desempenham todos a sua missão de Amor?
- Hoje, ao altar, o Meu Padre:
  • Saberá confiar-Me as almas de que o encarreguei?
  • Reparar as ofensas que recebo e que ele ouviu em confissão?
  • Pedir-Me força para cumprir santamente seu ministério?
  • Zelo para trabalhar na Salvação das almas?
  • Saberá sacrificar-se hoje mais que ontem?
  • Dar-Me-á todo o amor que dele espero?
  • Poderei Eu repousar nele como no Meu caro e bem amado discípulo?
- Ah, que dor aguda para o Meu Coração quando Me sinto forçado a dizer:
  • As almas do mundo ferem-Me as Mãos e os Pés e mancham-Me a Face.
Mas...
  • As almas escolhidas, as Minhas Esposas, os Meus Sacerdotes despedaçam e rasgam Meu Coração.
- Quantos Sacerdotes depois de terem restituído a graça a muitas almas, estão, eles próprios, em estado de pecado.
- Quantos, assim celebram, assim Me recebem, vivem e morrem assim.

- Esta foi a dor que Me traspassou no momento da Ceia quando vi, entre os Doze, o primeiro Apóstolo infiel, e por detrás dele, tantos outros, na sequência dos séculos.

- A Eucaristia é invenção do Amor:
  • É Vida e Força das almas,
  • Remédio para todas as fraquezas,
  • Viático para a passagem do tempo a eternidade.
- Na Eucaristia:
  • os pecadores encontram Vida para suas almas,
  • os tíbios calor verdadeiro,
  • os fervorosos, repouso e saciedade para seus desejos,
  • os perfeitos, asas para se elevarem a maior perfeição,
  • as almas puras, mel dulcíssimo e o mais delicado alimento.
- Na Eucaristia as almas consagradas:
  • acham sua morada permanente, seu amor e sua vida,
  • ali procuram também a imagem dos Votos Religiosos, laços sagrados e benditos que as unem inseparavelmente ao Esposo Divino.

“Apelo ao Amor” A mensagem do Coração de Jesus ao Mundo e Sua Mensageira Irmã Josefa Menéndez da Sociedade do Sagrado Coração. 07.março.1923

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Eucaristia e as almas escolhidas


Eucaristia e as almas escolhidas
- No momento de instituir a Eucaristia vi todas as almas privilegiadas que se haviam de alimentar do Meu Corpo e do Meu Sangue e aí encontrariam, umas, remédio a sua fraqueza; outras, o fogo para consumir suas misérias e inflamá-las de amor.

- Todas unidas com um mesmo fim, seriam como que um jardim fechado, onde cada uma produziria sua flor e Me recrearia com seu perfume. Eu aqueceria as que precisassem de calor e Meu Corpo Sagrado seria o Sol que as animaria. Iria a umas para Me consolar; a outras para Me esconder; e até junto de outras, para repousar.
Se soubésseis, almas muito amadas,
como é fácil consolar, esconder e dar repouso a um Deus.

- Este Deus que vos ama infinitamente, depois de vos libertar da escravidão do pecado, semeou em vós a graça incomparável do Seu Apelo e de maneira misteriosa ATRAIU-VOS ao Jardim das suas delicias:
o Deus que é Vosso Redentor constituiu-se Vosso Esposo.

- Alimenta-vos, Ele mesmo, com Seu Corpo puríssimo e vos dessedenta com Seu Sangue.

- Se estais doente, é Vosso Médico; vinde a Ele para ser curado.
- Se tendes frio, vinde a Ele para aquecer-se.
- Nele achareis descanso e felicidade.
- Não vos afasteis, pois, D’Ele que é a Vida; e quando Vos pedir consolo, não O magoeis com recusas.

- Ah, que amargura ver tantas almas inundadas de graças de eleição tornarem-se para Meu Coração motivo de tristeza.

- Não Sou Eu sempre o mesmo?
- Acaso mudei para vós? Não, Meu Amor é imutável e até o fim dos séculos Vos amarei com predileção.

- Se estais cheias de miséria, já o sei e Meu Terníssimo Olhar não se aparta de vós; pelo contrário, espero com ânsia que venhais a mim, não só para aliviar as vossas misérias mas para vos encher de novos benefícios.

- Se vos peço Amor, não o recuseis: é tão fácil amar Aquele que é o próprio Amor.
- Se exijo alguma coisa que custe a vossa natureza, dou-vos ao mesmo tempo a graça e a força necessária para vos vencerdes.

- Escolhi-vos para encontrar em vós consolo.
- Deixai-Me pois, entrar em vossa alma e, se nada tendes que seja digno de Mim, dizei com humildade e confiança:
  • Senhor, conheceis as flores e os frutos de meu jardim. Vinde e dizei-me o que devo fazer para que desde já cresça a flor que desejais.
- A alma que assim Me falar com verdadeiro desejo de Me dar provas de seu amor, Eu responderei:
  • Alma caríssima, se queres que teu jardim produza a flor de que gosto:
    • deixa que Eu próprio o cultive,
    • deixa-Me lavrar essa terra,
    • deixa-Me arrancar as raízes que Me estorvam e que tu não tens coragem para tirar.
  • Se te peço sacrificares teus gostos ou teu caráter, tal ato de caridade, de paciência ou de abnegação, tal prova de zelo, de obediência ou de mortificação, isso é o adubo que fertilizará o solo, permitindo-lhe produzir flores e frutos:
    • A vitória que alcançares sobre ti mesma dará luz a um pecador.
  • Um aborrecimento suportado com alegria:
    • cicatrizará as feridas que ele Me causou, reparará sua ofensa e expiará sua falta.
  • Uma observação aceita com paz e até com alegria:
    • Obterá para as almas, cegas pelo orgulho, a graça de deixarem penetrar luz em si e de pedirem humildemente perdão.
- Farei isto em tua alma se nela me deixares em liberdade.
- Então, nela crescerão flores, rapidamente, e serás o consolo de Meu Coração.
- Estou a busca de consolo e quero encontra-lo em Minhas Almas Escolhidas.

Josefa diz:
- Senhor, bem sabeis que eu estava pronta a deixar-Vos fazer de mim tudo o que Vos aprouvesse; mas ai não sei como caí e Vos desagradei. Ainda me perdoareis, a mim que sou tão miserável e para nada posso servir?

- Sim, alma caríssima, as tuas próprias quedas servem para Me consolar.
- Não desanimes, pois o Ato de Humildade que a falta te obrigou a fazer consolou-Me mais do que se não tivesses caído.
- Coragem.
- Para frente, deixa-Me trabalhar em ti.

- Eis tudo o que vi no momento de instituir a Santa Eucaristia.
- O Amor inflamava-Me no desejo de ser alimento dessas almas, porque se estou com os homens não é só para viver com os perfeitos, mas para amparar os fracos e alimentar os pequenos.
- Fa-los-ei crescer e os fortificarei.
- Acharei consolo em seus bons desejos e repousarei nas suas misérias.

- Mas ai entre essas almas não haverá algumas que serão para Mim motivo de sofrimento?
- E perseverarão todas?
- Eis o brado de dor que escapa de Meu Coração, o gemido que quero fazer ouvir as almas.

“Apelo ao Amor” A mensagem do Coração de Jesus ao Mundo e Sua Mensageira Irmã Josefa Menéndez da Sociedade do Sagrado Coração. 06.março.1923

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Eucaristia, Invenção do Amor


Eucaristia, Pão dos fortes
- Aproximava-se a hora da Redenção do gênero humano.
- E o Meu Coração não pôde conter o seu amor pelos homens nem resolver-se a deixa-los órfãos.
- Então, para lhes dar provas da Minha ternura e ficar com eles até a consumação dos séculos quis tornar-Me seu Alimento, seu Amparo, sua Vida, e seu Tudo.

- Ah! Quanto quereria dar a conhecer a todas as almas os sentimentos do Meu Coração e compenetrá-las do amor que Me abrasava, quando no Cenáculo institui o Sacramento da Eucaristia.

- Vi através dos séculos, todas as almas que se alimentariam do Meu Corpo, se desalterariam no Meu Sangue e os frutos Divinos que daí haveriam de colher...

- Em quantos corações este Sangue Imaculado seria semente de pureza e virgindade.
- Em quantos outros, Ele atearia a chama da Caridade e do zelo...
- Quantos mártires de amor se agrupavam, naquela hora diante dos Meus Olhos e no Meu Coração.
- Quantas almas, enfraquecidas por numerosos pecados e pela violência das paixões, voltariam a Mim e recuperariam o seu vigor, nutrindo-se do PÃO DOS FORTES.

- Quem poderá penetrar os sentimentos que transbordavam em Mim então? Sentimentos de alegria, de amor e de ternura...
- Mas quem poderá compreender também a amargura que invadiu o Meu Coração.
  
Eucaristia, Invenção do Amor
- Quero revelar-lhes quanta amargura encheu Meu Coração no momento da Ceia.
- Porque se era grande a Minha alegria de Me tornar o Companheiro e o Alimento Divino dos homens até a consumação dos séculos, e se via quantos Me cercariam de adoração, reparação e amor... não foi menor a Minha tristeza ao ver tantos outros que Me abandonariam no Tabernáculo, ou não acreditariam na Minha Presença Real.

- Em quantos corações, manchados pelo pecado, deveria Eu entrar... e quantas vezes a Minha Carne e o Meu Sangue profanados só serviriam de condenação para essas almas culpadas?

Os sacrilégios, os ultrajes e as abominações sem nome que se cometem contra Mim, passaram-Me diante dos Meus Olhos naquele momento... Vi também quantas horas, dias e noites, ficaria sozinho no Tabernáculo, e quantas almas repeliriam os convites que lhes dirigiria desta morada.

- Ah! Josefa, deixa-te penetrar com os Sentimentos de Meu Coração.

É por amor as almas que Sou Prisioneiro da Eucaristia.
- Ali permaneço para que possam vir com todas as suas mágoas consolar-se junto do mais terno e melhor dos Pais e do Amigo que nunca as abandona.

A Eucaristia é invenção do Amor.
- E este amor que se esgota e se consome pelo bem das almas não encontra correspondência.

- Habito entre os pecadores para lhes ser Salvação, Vida, Médico e ao mesmo tempo Remédio em todas as doenças geradas pela natureza corrompida. Em paga, eles afastam-se, ultrajam-Me e desprezam-Me.

Ah, pobres pecadores, não vos afasteis de Mim.
- Noite e dia, espero-vos no Tabernáculo... Não vos censurarei os crimes cometidos, não vos lançarei em rosto. Mas vou lava-los no Sangue das Minhas Chagas... Não tenhais medo e vinde, não sabeis quanto Eu vos amo?

- E vós, almas queridas, porque sois tão frias e indiferentes ao Meu Amor?
- Sei que as necessidades de vossa família, de vossa casa, as exigências do mundo, vos solicitam incessantemente. Mas não tereis um instante para Me dar alguma prova de amor e gratidão?

- Não vos deixeis arrastar por mil preocupações inúteis e reservai um momento para visitar e receber o Prisioneiro de Amor.

- Quando está vosso corpo enfraquecido ou doente não encontrais tempo para ir ao médico que há de curar-vos?
- Vinde, pois, Aquele que pode dar a vossa alma força e saúde e dai uma esmola de amor a este Prisioneiro Divino que vos espera, chama e deseja.

- Todos estes sentimentos invadiram-Me na hora da Ceia, Josefa.
- Direi agora o que sentiu o Meu Coração, pensando nas minhas almas escolhidas: Minhas Esposas, Meus Padres...

“Apelo ao Amor” A mensagem do Coração de Jesus ao Mundo e Sua Mensageira Irmã Josefa Menéndez da Sociedade do Sagrado Coração. 25. Fevereiro a 02.março.1923

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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Vícios: Impureza, Ganância e Poder

Julgamento falso e repreensões divinas
- Por causa dos vícios: Impureza, Ganância e Poder, os pecadores pronunciam um julgamento falso, como passo a explicar-te.
- Embora sejam retas as minhas ações e praticadas com amor e justiça, os pecadores continuamente se opõem a elas.
- Foi com semelhante falso juízo, envenenado ainda pela inveja e orgulho, que (os judeus) injustamente condenaram a atividade de meu Filho.
- Mentindo eles diziam: "Ele age na força de Belzebu" Mateus 12,24.
- Hoje os pecadores comportam-se da mesma maneira, cheios de egoísmo, impureza, orgulho, ganância e inveja.
- Baseados em interpretações falsas, impacientes e por outros defeitos, em tudo se opõem a mim e a meus servidores, que chamam de fingidos.
- Donos de um coração corrompido e de uma viciada percepção dos fatos, julgam más as coisas boas e vice versa.
- Ó cegueira humana, que nem respeitas a própria dignidade:
·         sendo grande, fazes-te pequena;
·         de senhora, tu fazes-te escrava do mais vil patrão, o pecado.
- Tornas-te semelhante aquele a quem serves e como o pecado é nada, a nada te reduzes. Perdes-te a vida, encontraste a morte.
- O Verbo Encarnado, meu Filho único e ponte de glória, deu aos homens vida e grandeza:
·         Eram escravos do demônio e ele os libertou.
·         Para que cumprisse tal missão, tornei-o servo;
·         para cobrir a desobediência de Adão, exigi que obedecesse;
·         para confundir o orgulho, humilhou-se até a morte de cruz.
- Por sua morte, destruiu o pecado; já ninguém, pode dizer: "Restou este ou aquele vício, que não foi remido com seus sofrimentos."
- No intuito de livrar a humanidade da morte eterna, fez de seu corpo uma bigorna (Cristo atrai a si todas as coisas) e usou todos os remédios.
- No entanto, os pecadores desprezam seu sangue, pisoteiam-no com um amor desordenado.
- Esta é a injustiça, este o julgamento falso a respeito do qual o mundo é e será repreendido até o dia do Juízo Final. A esse respeito, dizia meu Filho: "Mandarei o Paráclito; Ele repreenderá o mundo da injustiça e do julgamento falso." João 16,8.
- Tal repreensão começou quando enviei o Espírito Santo sobre os apóstolos. 

São três as repreensões:
1ª repreensão: A Voz da Igreja
- A primeira repreensão iniciou, com a vinda do Espírito Santo sobre os discípulos. Fortalecidos pelo Meu Poder, iluminados pela Sabedoria do amado Filho, receberam a Plenitude do Espírito Santo. Este, que é uma só coisa comigo e com meu Filho, repreendeu então o mundo pela boca dos apóstolos através da mensagem de Cristo.
- Por tal forma, eles e os sucessores que ouviram a Verdade, repreendem o mundo.
- É a mesma perene repreensão, sempre feita ao mundo pelas Escrituras Sagradas e pelos meus servidores.
- Coloco o Espírito em seus lábios e eles dizem a verdade, da mesma forma como o demônio se põe na boca dos seus asseclas, que pecaminosamente vão pelo rio do pecado.
- É a mesma doce e contínua repreensão realizada por mim com imenso amor pela salvação humana.
- Não se pode dizer: "Ninguém me chamou a atenção"!
A todos foi mostrada a verdade sobre o vício e a virtude,
sobre os frutos das virtudes e as conseqüências do pecado.
- Para que odiassem o mal e amassem o bem, a todos foi oferecido o amor e o santo temor.
- Nem foi um anjo a lhes revelar a mensagem da Verdade, de modo que pudessem escusar-se, dizendo: "O anjo é um espírito feliz, não padece, não sente as fraquezas da carne como nós ou o peso do corpo". Não, não podem falar assim, pois enviei-lhes o Filho, homem mortal como vós.
- E os demais servidores do meu Filho, como eram?
- Criaturas mortais e passíveis como vós, sujeitos as lutas da carne contra o espírito. Assim aconteceu com o glorioso apóstolo Paulo, assim com os outros santos.
- Cada um deles, a seu modo, sofreu as tentações da Sensibilidade. (14.2)
- Permiti e ainda permito essas dificuldades para o crescimento da graça e das virtudes nas almas. Como vós, os santos nasceram no pecado, nutriram-se do mesmo alimento (Eucaristia).
Também Eu Sou o mesmo Deus daquelas épocas;
Meu Poder não diminuiu.
Posso, quero e sei socorrer a quem deseja ser por mim socorrido.
- Assim os pecadores abandonam o Rio do Pecado e vão pela Ponte, vivendo a mensagem do meu Filho.

2ª repreensão: O Juízo particular
- Os pecadores não podem desculpar-se.
- Continuamente são por mim convidados ao Conhecimento da Verdade (conforme Catecismo da Igreja Católica §851).
- Não se corrigindo enquanto podem fazê-lo, uma segunda repreensão os condenará. Ela acontece no último instante da vida, quando meu Filho chamar:
"Levantai-vos, ó mortos, vinde para o julgamento"!
- Tu que morreste para a graça e morto chegas ao fim da vida terrena, levanta-te, aproxima-te do Supremo Juiz. Aproxima-te com tua maldade, com teus julgamentos falsos, com a lâmpada da fé apagada. No Santo Batismo, ela foi-te entregue acesa; tu a apagaste com o sopro do orgulho e da vaidade do coração, usados como velas enfunadas as ventanias contrárias a salvação.

- O amor da fama soprava teu amor próprio (egoísmo) e tu corrias alegre pelo rio dos prazeres mundanos; seguias a frágil carne, as incitações do demônio, as tentações. Tua vontade era um pano retesado e o diabo te conduziu pela estrada do mal, junto com ele, para a eterna condenação.
- Filha muito querida, esta segunda repreensão se dá no fim da vida, quando não há mais remédio.
- Ao chegar no instante da morte, o homem sente remorso.
- Já afirmei que ele é um verme cego por causa do egoísmo.
- No instante final, quando a pessoa compreende que não pode fugir das minhas mãos, esse verme recupera a visão e atormenta interiormente a pessoa, fazendo ver que por própria culpa chegou a tão triste situação.

- Se o pecador se deixar iluminar e se arrepender - não por medo dos castigos infernais, mas por ter ofendido a suma e eterna bondade - ainda será perdoado.
- Mas se ultrapassar o momento da morte nas trevas, no remorso, sem esperança no sangue ou, então, lamentando-se apenas pela infelicidade em que se acha - e não por ter me ofendido - irá para a perdição.
- Sobrevirá, pois, a Repreensão pela injustiça e Julgamento falso:
·         Em primeiro lugar, a Repreensão da injustiça e do Julgamento falso em geral, praticados no conjunto de suas ações;
·         depois, em particular, do último instante, quando o pecador considera seu pecado maior que minha misericórdia.
- Este (Mateus 12,32) é o pecado que não será perdoado, nem aqui nem no além. O desprezo voluntário da minha misericórdia constitui pecado mais grave que todos os anteriores. Neste sentido, o desespero de Judas desagradou-me e foi mais grave que a sua traição.
- Também para meu Filho! É por causa deste (último) Julgamento falso que o pecador sofre a repreensão, ou seja, porque acha que sua falta é maior que meu perdão. Este é o motivo da punição, indo sofrer eternamente com os demônios.

- A Repreensão da injustiça acontece porque os pecadores sentem mais tristeza pelos próprios danos que por me terem ofendido.
- São injustos, no sentido de que não atribuem a mim o que me pertence e a si o que é deles.
- A mim deveriam oferecer o amor, a tristeza e contrição dos pecados cometidos. Mas agem no sentido oposto, só demonstrando auto compaixão e angústia pelo castigo que lhes merecem seus pecados. Como vês, são injustos. E por tal motivo são punidos por uma e outra coisa.
- Já que desprezaram meu perdão, com justiça mando-os ao castigo (Mateus 25, 41), juntamente com a Sensualidade e o tirano demônio, a quem na Sensualidade serviam.
- Já que solidariamente me ofenderam, juntos serão punidos e atormentados. Os próprios demônios, encarregados por mim de cumprir a sentença de justiça, atormentá-los-ão.
- Filha, tua linguagem é incapaz de descrever os sofrimentos, destes infelizes.
- Sendo três os seus vícios principais - egoísmo, medo de perder a boa fama e orgulho - os quais se acrescentam a injustiça, a maldade e vergonhosos pecados, no inferno os pecadores padecem quatro tormentos principais:
Primeiro tormento no inferno: a ausência da visão de Deus.
- Um sofrimento tão grande que os condenados, se fosse possível, prefeririam sofrer o fogo vendo-me, que ficar fora dele sem me ver.

Segundo tormento no inferno: o remorso.
- Como conseqüência, é o remorso que corrói interiormente o pecador privado de mim, longe da conversação dos anjos, a conviver com os demônios.

Terceiro tormento no inferno: visão do diabo.
- Ao vê-lo, duplica-se o sofrer.
- No céu os bem-aventurados exultam com minha visão e sentem rejuvenescer o prêmio recebido pelas fadigas amorosamente suportadas (no mundo);
- Da mesma forma, mas em sentido contrário, os infelizes danados vêem crescer seus padecimentos ao verem os demônios. Nestes, eles se conhecem melhor, entendendo que por própria culpa mereceram o castigo.
- Assim o remorso os martiriza e jamais cessará o ardor da consciência.
- Muito grande é este tormento, porque o diabo é visto no próprio ser; tão horrível é sua fealdade, que a mente humana não consegue imaginar.
- Se ainda o recordas, já te mostrei o demônio uma vez assim como ele é; foi por um átimo de tempo. Quando retornaste aos sentidos, preferias caminhar por uma estrada de fogo até o Juízo final que tornar a vê-lo.
- No entanto, apesar do que viste, ignoras sua fealdade. Especialmente porque, segundo a justiça divina, ele é visto mais ou menos horrível pelos condenados, segundo a gravidade das culpas.

Quarto tormento no inferno: fogo.
- Um fogo que arde sem consumir, sem destruir o ser humano.
- É algo de imaterial, que não destrói a alma incorpórea.
- Na minha justiça permito que tal fogo queime, faça padecer, aflija; mas não destrua.
- É ardente e fere de modo crudelíssimo em muitas maneiras, conforme a diversidade das culpas.
- A uns mais, a outros menos, segundo a gravidade dos pecados.

- Destes quatro tormentos derivam os demais: o frio, o calor, o ranger de dentes (Mateus 22,13).
- Como vês, repreendo os pecadores nesta vida por seus Julgamentos falsos e injustiças;
·         se não se corrigem, faço-lhes uma segunda repreensão na hora da morte;
·         pela ausência de esperança e arrependimento, sobrevem-lhes a morte eterna em indizível infelicidade.


3ª repreensão: O Juízo final
- Passo a tratar do Julgamento geral, quando a alma do condenado sentirá renovar-se o seu tormento, e mesmo aumentar, com a recuperação do corpo.
- Será um padecimento intolerável, acompanhado de muita confusão e vergonha. Quero que entendas quanto se enganam os pecadores (neste mundo).
- Por ocasião do Juízo final, o Verbo encarnado virá com divina majestade para repreender o mundo. Não mais se apresentará pobrezinho, na forma como nasceu da Virgem numa estrebaria, entre animais, para morrer depois no meio de ladrões.
- Naquela ocasião, ocultei nele o Meu poder e permiti que suportasse penas e dores como homem:
·         A natureza divina se unira a humana e foi enquanto homem que sofreu para reparar vossas culpas.
- No Juízo final, não será assim, pois virá com poder a fim de julgar:
·         As criaturas humanas estremecerão e Ele a cada um dará a sentença conforme o merecimento.
- Tua língua não consegue exprimir o que se sucederá aos condenados.
- Para os bons, Jesus será motivo de temor santo e alegria imensa.

- Em si mesmo, meu Filho não terá diferenças, pois sendo Deus, é imutável. Ele é uma só coisa Comigo.
- Pela gloria da ressurreição, até a natureza humana não padece mudanças.
- Mas os condenados não o verão assim:
·         Olhá-lo-ão com visão obscurecida e horrível, como lhes é próprio.
- O olho doentio, mesmo diante do sol, somente vê escuridão, ao passo que o olho sadio vê apenas luz. Não que o sol, em sua luz, transforme-se diante do cego ou daquele que possui bons olhos. o defeito está na cegueira.
- O mesmo acontece com os condenados:
·         Verão o Ressuscitado em escuridão, na confusão, no ódio.
Repito: não por imperfeição da Majestade divina, que virá julgar o mundo, mas por causa da própria cegueira.
- Grande é o ódio dos condenados, pois já não amam o bem. Blasfemam continuamente contra mim!
- Queres saber por que já não podem desejar o bem?
- É porque, no fim desta vida, vincula-se o Livre Arbítrio.
- Com o cessar do tempo, já não se merece mais.
- Quem termina esta existência no pecado mortal, por direito divino fica para sempre apegado ao ódio, obstinado no mal, a roer-se interiormente.
- Seus sofrimentos irão aumentando sempre, especialmente por causa das demais pessoas que por sua causa irão para a condenação:
- Tendes a respeito disto o exemplo do rico epulário (Lucas 16,27), que suplicava a Lázaro para que fosse até seus irmãos, no mundo, a fim de adverti-los sobre os futuros castigos.
- Ele não agia assim por amor e compaixão deles.
- Não tinha mais a virtude da caridade, nem poderia desejar-lhes o bem, seja querendo honrar-me ou salvar os irmãos.
- Já te disse anteriormente que os condenados ao inferno não podem fazer o bem:
·         eles só blasfemam contra mim, uma vez que suas vidas acabaram no ódio a todo bem.
- Porque então o rico epulário fala daquela maneira?
- Porque fora o mais velho dos irmãos e dera-lhes maus exemplos durante a vida:
·         Pessoalmente era causa de condenação para eles.
- Se viessem para a sua companhia, teria seus próprios tormentos aumentados.
O Diálogo | Santa Catarina de Sena 14.3